Últimas indefectivações

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Jorge Jesus

"Já é por demais intrigante a não decisão sobre a continuidade de Jorge Jesus como treinador do Benfica. Ou, pelo menos, é misteriosa a razão de tanto silêncio, não sabendo nós se até a decisão já estará tomada, embora não anunciada. Também não se sabe de quem parte este hipotético nó: se do clube, se do treinador, se de ambos, se de nenhum. Ou se há outros argumentos (ou desejos) que complicam um caso que até pode não o ser.
Escrevo antes de jogos decisivos para o Campeonato e para a Liga Europa. Porque, independentemente do que deles advier, Jorge Jesus é, sem margem para dúvida, o treinador de que o projecto do Benfica continua a precisar.
Nestes quatro anos deu densidade competitiva ao futebol da Luz, foi capaz de manter um elevado nível e qualidade apesar da saída de jogadores fundamentais (Di Maria, Ramires, David Luíz, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Witsel, Saviola) e transformou jogadores de banais em excelentes. Deu estabilidade a um modo de jogar que chama público aos estádios, e até tem sabido emendar erros que naturalmente cometeu, o que demonstra sabedoria e sagacidade. Tem batido sucessivos recordes de que os benfiquistas tinham perdido o rasto em outros tempos de glória.
O certo é que o Benfica precisa de ter um Ferguson que permaneça o tempo suficiente para corporizar e enraizar uma ideia de jogo, um propósito de sucesso e um respeito no palco europeu. E para afastar, de vez, treinadores que fazem do Benfica um ponto de passagem, gerando a estabilidade da instabilidade.
O Benfica tem, pois, a melhor solução em casa. Independentemente do maior ou menor sucesso até ao fim da época."

Bagão Félix, in A Bola

1 comentário:

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!