"Uma frase ficou para a História de Portugal e da hipocrisia, que muitas vezes de confundem Foi proferida pelo infame Salazar depois do assassinato do general Humberto Delgado. Dizia ele na sua voz alquebrada de seminarista: 'A nós convinha que falasse; a outros haveria de convir mais o silêncio que só a morte poderia, com segurança, guardar...' Ah! Assustadora realidade! A quem convém o silêncio? Perguntem por aí. Mas perguntem alto. A quem convém que se calem as trampolinices, as barbaridades, as trafulhices? Quem deseja que o silêncio caia sobre visitas nocturnas de um árbitro a casa de um dirigente? Quem está verdadeiramente interessado em que gestos canalhas se percam no esquecimento?
Quem quer ocultar de uma vez por todas no limbo do oblívio os espancamentos a jornalistas, as ameaças anónimas, as litigâncias de má-fé, as viagens ao Brasil, os cheques, os envelopes, as prostitutas, os jantares armadilhados? Há por aí cada vez mais gente a exigir que tudo se enterre fundo nas areias movediças de um tempo que passou, como se fôssemos todos cegos e surdos e mudos, e, sobretudo, desonestos como eles. Gente que fala e gente que escreve. Canetas de aluguer condenadas à esterqueira de consciências macabras. E agora até se anunciam canais de televisão em cuja antena a verdade passará a ser outra e não mais a verdade suja que todos nós conhecemos. A quem convém tanto silêncio? A quem beneficiam as vozes que se calam? Quem são os infames hipócritas que mendigam a lavagem das palavras e dos gestos? Eu sei a quem convém o silêncio! Como todos os silêncios, convêm aos criminosos!"
"Este fim-de-semana a seco de futebol é péssimo para um Benfica que vinha jogando bem. Tanto pior quanto se trata de fim-de-semana com Taça de Portugal, e onde o adversário que jogará virá de escalão inferior. Jogar já para não apertar a agenda futura era muito melhor. Tenho sérias dúvidas nos resultados de paragens competitivas tão longas. Como exemplo os primeiros jogos pós Natal e Ano Novo são sempre de dificuldade acrescida.
Na próxima quarta-feira, se fosse treinador, poupava jogadores para o jogo de Alvalade. Com a Liga Europa assegurada falta ainda saber o desfecho do jogo de Glasgow. Jorge Jesus sabe que é no Campeonato que reside a ambição maior.
Mesmo com adversários a quem dá muito trabalho ter sorte, há condições para lutar pelo título.
Este FC Porto é mais colectivo, e joga muito melhor, que o outro, de um 'tolinho' a marrar contra defesas sem passar a bola a ninguém, mas este Benfica cria oportunidades de golo em série e dá prazer ver jogar futebol.
Esta equipa pode não ganhar, mas sabe jogar. Contra o Olhanense podiam ter sido seis, mas prefiro ver falhar golos do que não os ver criar.
Com um terço de Campeonato jogado, oito vitórias. Lembro que só senão foram dez, porque Soares Dias anulou um golo limpo na primeira jornada, e Xistra inventou dois penalties em Coimbra /era uma altura da época em que ainda os via). Seguimos em frente na esperança (pouca= que não seja sempre assim e na certeza de que vamos continuar a jogar bem e bonito.
Uma última palavra para Vítor Pereira, técnico portista que fustigado por perguntas de mau gosto sobre vencimentos e rankings de dinheiro, deu bela bofetada, com nível e categoria, para quem julga que na vida só o dinheiro conta ou só o dinheiro motiva. Numa sociedade com tantos a passar tão mal, só pode ser de mau gosto inventar atrito no ranking de privilegiados."
"Nesta última semana, lembrei-me por várias vezes do título “Os Trabalhos e os Dias” que o poeta grego Hesíodo (Séc. VIII a.C.) atribuiu a uma das suas obras mais marcantes. Antes de a jornada começar, Jorge Jesus, de forma certeira e incisiva, alertava para a sorte que o FCP costuma ter em Braga. Vítor Pereira respondia que a sorte dava trabalho e Carlos Xistra demonstrou na prática que, de facto, mais do que dias de sorte, há dias em que é preciso trabalhar muito para que se possa responsabilizar a aleatória sorte da condicionada incompetência.
A sorte do FCP foi não ter, nesse dia, apanhado com o mesmo árbitro que o Benfica teve de enfrentar recentemente, na quarta jornada, em Coimbra. Se o árbitro tivesse sido o mesmo, provavelmente, teria assinalado uma grande penalidade óbvia contra o FCP. Tinham o mesmo nome, foram nomeados pela mesma pessoa, foram dois jogos para a mesma competição, com critérios idênticos, mas, definitivamente, não foram apitados pelo mesmo Xistra. Conseguir uma sorte destas dá muito trabalho e, como ficou à vista de todos, este tipo de trabalho do Carlos Xistra depende dos dias. Há dias em que Xistra trabalha para a sorte dos adversários do Benfica e há dias em que Xistra trabalha para o azar dos adversários do FCP.
Deste modo, percebemos que ter, aparentemente, o mesmo árbitro, na mesma competição e em dias diferentes, resulta em sortes distintas, consoante os clubes em contenda. De facto, uma sorte destas não se consegue sem trabalho, muito trabalho, um trabalho feito de dias (lá volto eu a Hesíodo), de longos dias. Há até quem garanta que é um trabalho feito de largos dias que têm cem anos..."
"O campeonato seguia relativamente tranquilo até aos primeiros clássicos. Mas já se sabe que com os clássicos chegam também os nossos valorosos árbitros internacionais...
NO topo da classificação, no duelo entre o FC Porto e o Benfica não há quem descole. O campeonato ganha em brilho e em emoção no que respeita à discussão maior. O que os dois arquirivais demonstraram neste primeiro terço da época é que a distância entre eles é quase nada e que a distância deles para os outros todos é enorme, salvo prova em contrário.
A queda abrupta do Sporting de Braga para posições a que já não estava de todo acostumado é a novidade maior desta Liga de 2011/2012 quando falta pouco menos de um mês do Natal. Os analistas dados às forças do ocultismo dirão que o Sporting de Braga anda a penar com as alminhas desde que o seu presidente, António Salvador, lhe proclamou a ascensão ao estatuto de terceiro grande do futebol português.
A presunção estava lá toda. Faltou, no entanto, a água benta.
E como? E porquê?
Está aberta a época dos clássicos do futebol português, sejam os ditos clássicos de primeira, de segunda ou de terceira geração, precisamente como são estes a que me vou referir. Tomemos, assim, por exemplo os dois últimos desses clássicos, os que opuseram o Sporting de Braga ao Sporting, em Lisboa, e o mesmo Sporting de Braga ao FC Porto, em Braga, e que redundaram em duas derrotas que muito atrasam os minhotos na luta pelo topo da tabela.
Diga-se que o Sporting de Braga dominou como muito bem quis a segunda parte do jogo de Alvalade e, depois, jogou taco-a-taco com o FC Porto, quase anulando as diferenças entre os dois. Mas perdeu sempre porque lhe faltou água benta em ambas as ocasiões.
O campeonato português seguia relativamente tranquilo até à chegada dos primeiros clássicos do calendário. Mas já se sabe que com os clássicos chegam também os nossos valorosos árbitros internacionais e como não há belas sem senão... lá regressa em todo o seu esplendor o protagonismo de quem não devia.
O mau momento do Sporting é um exclusivo dos sportinguistas e não fica bem aos adversários (mais ou menos históricos) dos leões de Alvalade perorar soluções, apontar incompetências ou espicaçar ânimos e desânimos com graçolas cruéis.
Todos os clubes têm os seus problemas para resolver e, atendendo à conjuntura actual, são muitas e variadas essas contrariedades. A questão com o Sporting é que a somar aos óbices da conjuntura ainda tem de suportar a infeliz carreira da sua equipa de futebol. Deixamos, portanto, os nossos amigos sportinguistas tratarem do seu Sporting em paz. Não façamos aos outros o que n~´ao gostamos que nos façam a nós, um preceito antigo e sempre válido.
Grandeza é isto: não menosprezar jamais o grande adversário, não fanfarronar estupidamente a propósito da iminente visita a Alvalade e se é para falar do Sporting do momento presente só vale se for para apontar o que funciona bem, ou seja, as coisas boas. E há coisas boas e que funcionam bem em Alvalade.
O presidente, por exemplo.
A equipa de futebol saiu de Moreira de Cónegos mais longe de todos os seus objectivos e o treinador, mais um, saiu de rastos. Já o presidente saiu em grande e bastou atentar nas primeiras páginas dos jornais do dia seguinte para se concluir, de forma inapelável, que o responsável pela reviravolta no resultado no decorrer da segunda parte foi Godinho Lopes.
Não foi por ter sido rápido e codicioso nos três minutos que se viu a jogar contra 10, por impedimento físico de um jogador adversário a receber tratamento fora das quatro linhas, que o Sporting chegou ao empate em Moreira de Cónegos. Não, nada disso.
Foi porque o presidente ao intervalo, quando a equipa perdia por 2-0, e abanou energicamente os jogadores para que despertassem para os derradeiros 45 minutos que o milagre acabou por acontecer.
Com um presidente destes nem é preciso treinador.
DOIS dos emblemas mais ricos do mundo, certamente entre os mais esbanjadores dos últimos tempos, encontraram-se na tarde deste último domingo, um banalíssimo domingo londrino de chuva, e ofereceram um espectáculo sem grandes motivos de interesse posto que as duas equipas persistiram em jogar longe da baliza do adversário, aparentando maior medo de perder o jogo do que vontade de o ganhar, eis a triste conclusão a que se chegou quando o embate de Stamford Bridge chegou ao fim.
O resultado saldou-se num zero a zero desconcolador para quem esperaria que os incontáveis cabedais do russo do Chelsea e dos árabes do Manchester City e as respectivas colecções de vedetas em campo chegassem e sobrassem para produzir um duelo a transbordar de golos e de bom futebol. Pelo contrário, o jogo redundou num milionário aborrecimento.
Dinheiro a mais, futebol a menos. Às vezes também acontece.
No nosso futebol, à nossa medida, também há ricos e pobres. Chamamos-lhes grandes e pequenos, uma maneira simpática de colocar a premente questão das diferenças evitando falar de dinheiro.
O Vitória de Setúbal e o Rio Ave, com todo o respeito, fazem parte do campeonato dos pequenos o que não os impediu de apresentarem no domingo, no Bonfim, um agradável espectáculo de se ver, com 8 golos e com dois hat-tricks, um para cada lado, pelos inacreditáveis e veteranos goleadores das suas equipas. Já lá vão 10 jornadas da Liga e Meyong e João Tomás disputam taco a taco, sem complexos, com a superestrelas Jackson Martínez e Óscar Cardozo a corrida pela Bola de Prata.
No futebol há lugar para todos. Às vezes também acontece.
AS recentes eleições na Catalunha também meteram futebol ao barulho. Joan Lapaorta, o político catalão que foi presidente do Barcelona, sugeriu uma Liga ibérica onde o Barcelona pudesse competir com o mesmo estatuto independentista de alguns clubes portugueses de top.
Em Espanha, e na própria Catalunha, ninguém levou muito a sério esta ideia de Laporta. Em Portugal, felizmente, também não. Já cá temos problemas de sobra.
AO contrário do que já aconteceu e continua a acontecer com inúmeros colegas seus de origem sul-americana, o argentino Juan Iturbe tem vindo a falhar estrondosamente as suas legítimas tentativas para se impor na equipa principal do FC Porto.
É verdade que só podem jogar onze de cada vez mais também não deixa de ser uma evidência que esta deve ser uma situação totalmente estranha e inesperada para o jovem Iturbe, a quem na Argentina chamavam de o novo Messi e a quem em Portugal ninguém chama coisa nenhuma porque raramente é visto a jogar.
Ninguém lhe chama coisa nenhuma? Não é bem assim... Dá conta a imprensa da especialidade que, aproveitando mais uma folga, Juan Iturbe optou por se deslocar em passeio até à capital e, fazendo-se fotografar junto à Torre de Belém, divulgou a referida imagem pelas redes sociais. Diz que agora lhe chamam mouro e no que se foi meter.
DE uma entrevista antiga de Guilherme Espírito Santo, campeão de campeões no Benfica, 4 campeonatos de futebol, 3 Taças de Portugal, 147 golos em 207 jogos, e também recordista nacional do salto em altura, campeão nacional de salto em comprimento e de triplo salto:
-Naquele tempo, existiam alguns preconceitos racistas por causa dos jogadores de cor. Um dia, em 1947, num hotel da Madeira, queriam colocar-me num anexo por ser negro. Os jogadores do Benfica disseram que para onde eu fosse ele também iam. E acabámos todos a dormir no anexo.
"O valor a pagar pela UEFA ao vencedor da Champions poderá atingir 37,4 milhões de euros. A mesma UEFA transfere para o vencedor da Liga Europa 9,9 milhões, ou seja 26,4% da prova milionária. Uma é o filet mignon do futebol europeu, a outra são os coiratos à volta do apetecido e tenro lombo.
Claro que parte da diferença é justificada, pois é na Champions que jogam os campeões e vice-campeões os principais campeonatos. Um palco bem mais apelativo e gerador de mais receitas e espectáculo. No entanto, creio que a diferença de compensações uefeiras é manifestamente exagerada e desproporcional. Ainda aqui certamente se vê o peso e influência das principais Ligas e dos mais influentes clubes. Quem pode, dita a cobrança. E quem cobra, dita o poder.
Pus-me a fazer estas contas por causa do que pode acontecer ao Benfica, na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Julgo eu - e julgara a maioria - que a conjugação de factores para continuar naquela competição não é impossível mas será muito difícil. Desportivamente, não me incomoda muito passar para a liga de honra europeia. Pelo menos teoricamente, pode-se chegar muito mais longe do que na Champions. O problema é o financeiro. Voltei a fazer as continhas e - imagine-se! - mesmo sendo eliminado logo nosm oitavos de final encaixam-se 3,5 milhões na Liga dos Campeões, valor só superado na modesta Liga Europa atingindo-se a respectiva final (se semifinalista derrotado são apenas 2 milhões!). Eis o dilema: continuar ou mudar. Se é que perante o Barcelona alguma equipa se pode dar ao luxo de falar em dilema..."
Jogo agradável, com algumas dificuldades de entrada, mas depois... Estranhamente a meio do jogo, numa situação superioridade numérica, 'obrigámos' o nosso Ricardo Silva a muito trabalho!!!
O tirar o 'patim' nos últimos minutos era desnecessário... apesar disso gostei de rever o Gaidão a jogar e a marcar (!!!), mesmo com o patim!!!
" «Sinto-me como um adolescente a desfrutar da profissão»: assim disse Luisão no final do seu primeiro jogo na Liga após a suspensão de dois meses. De uma forma tão sucinta quanto expressiva, o jogador do Benfica juntou paixão pela profissão, afecto pelo clube e entusiasmo pelo regresso. Luisão é o jogador do plantel encarnado com mais anos no clube. Dez com esta temporada. Trata-se de um atleta que alia uma compleição física de eleição a um uso criterioso da sua larga experiência. Não é um superdotado, mas não deixa de constituir uma trave-mestra que qualquer treinador gosta de ter. Aos 31 anos chegou à idade em que, no futebol, se é definitivo. No melhor e no pior.
Volto à adolescência. Que, nas suas entranhas, transporta o sonho às vezes ainda por sonhar e o tempo que se crê infinito na evolução natural do adolescer. Por isso, gostei da frase de Luisão. E do seu enamoramento (adolescente) pelo clube que representa.
Porque o jogador é, antes de mais, pessoa. E, enquanto tal, com a sensibilidade, a percepção, a vontade, o discernimento, o coração que não são, nem podem ser visíveis num qualquer cartão de cidadão ou passaporte. A confissão do jogador foi sobretudo a confissão do homem que sonha e brusca. Com a impressiva cor da adolescência revisitada num dia curiosamente outonal. Quase com o sorriso da criança que, por certo, continuará a existir dentro do homem. Porque, já Miguel Torga escrevera: «Não desisto de ser criança. É o que me vale».
O seu golo do regresso é o presente que deu aos benfiquistas, dois dias após o Thanksgiving Day. De cabeça e com cabeça. Obrigado."
Se em alguns jogos marcámos nos últimos minutos, hoje, perdemos o jogo no último minuto, num lance onde por acaso estão dois jogadores do Atlético em fora-de-jogo, incluindo o marcador do golo... isto depois do Luís Martins ter sido expulso com duplo amarelo - o 1º cartão não percebi... -, se ainda na 1ª parte podia ter sido marcado um penalty contra o Benfica - apesar da repetição por trás da baliza, ter mostrado que o Bruno Varela tocou de raspão na bola... -, no resto do jogo, assistimos a uma daqueles jogos, onde só se marcava faltas a uma das equipas, e depois do Benfica ter ficado com 10, valia tudo!!! Já sabemos que os níveis de agressividade contra o Benfica são mais elevados, e quando temos permissividade dos apitadores , torna-se difícil contrariar... se juntarmos a isso, a experiência de jogadores que ao mínimo toque se atiram para o chão, facilitando os roubos do apitador, enquanto os nossos jovens demonstram ainda alguma inexperiência...
Hoje, sem o Cancelo - um dos principais dinamizadores do nosso ataque!!! -, e sem o Pimenta, com o regresso do André Gomes, a equipa voltou a sentir dificuldades em ter a bola, num relvado que com o decorrer do jogo, foi ficando impraticável... tivemos nos últimos minutos da 1ª parte os nossos melhores momentos, podíamos ter marcado... mas não o fizemos, no resto do jogo, até à expulsão do Martins o jogo esteve bloqueado, depois...
"Carlos Xistra adicionou em Braga mais um episódio à sua extensa lista de ‘não-penáltis’ contra o FC Porto.
Carlos Xistra adicionou em Braga mais um episódio à sua extensa lista de ‘não-penáltis’ contra o FC Porto. Oito meses depois do último encontro com os dragões, na Madeira, onde não conseguiu ver a falta de Álvaro Pereira sobre Neto, faltou-lhe agora a colaboração de um fiscal de linha suficientemente honesto para assinalar o corte ostensivo de Alex Sandro com o braço. Marcar penáltis contra os mais fortes é o maior pesadelo dos árbitros internacionais, que preferem falhar por omissão a responder pelo ónus de um erro com prejuízo de quem lhes protege a carreira. E Carlos Xistra excedeu largamente o seu plafond no recente Académica-Benfica."
PS: O Manha está mais uma vez enganado: o Xistra não exedeu nenhum plafond no Académica-Benfica, bem pelo contrário... os penaltis inventados contra o Benfica só ajudaram a 'dinamizar' a sua carreira, tal como o último jogo de Braga, e tal como muitos outros jogos dos Corrutpos, curiosamente quase todos em deslocações à Madeira...!!!
"Há pintos a mais na Casa Grande da Corrupção. E piam teimosamente no mesmo tempo. Monótono piar este que cheira a podre. Há um pinto chefe, ou pelo menos parece que há um pinto chefe, tão subservientes são os pintos que o procedem. E um pinto mofo. Como é sinistro esse pinto mofo! Há anos e anos e anos que se esconde por debaixo dos móveis e na orla das carpetes da casa ao fundo que tem uma luz, um pouco adiante da funerária. É de lá que salta para organizar homenagens ao Azeiteiro-da-Cabeça-d'Unto e seus colegas infames. Juntos, felizes, apintam... E a cada apinto há um infeliz que tomba, caído na guerra semanal contra aqueles que não dispensam a batota.
O pinto mofo é perigoso, profundamente fascista. Sabe estar atento ao pio do outro pinto. E vai atrás, piando cegamente à voz do dono. Reparem bem no pinto mofo: observem o seu bico recurvo de periquito doente. E os seus olhos juntos que piscam maldosamente. Tudo nele é repelente. Mas é preciso que exista, porque o pinto-mor exige que existam os seus sicários.
Custa a entender como é que um galináceo tão medíocre continua a ter espaço nos jornais, tempo de antena nas rádios e nas televisões. Ou talvez se compreenda. Recentemente fomos ameaçados em pseudo-editorial que vinha aí o canal que nos irá dar a verdade a que temos direito. Os pintos continuarão a piar as suas cretinizes Um após o outro. Serão adorados pelos seus escravos. Tentarão limpar as suas imagens escurecidas pela vergonha. Será possível vê-los mais importantes do que nunca. Nada fará frente à sua impunidade. Será, finalmente, um canal sem escutas..."
"O (baixo) nível do futebol português mede-se pelos (maus) resultados obtidos na Europa. Das seis equipas em prova, só o FC Porto tem garantida a permanência na Champions League enquanto o Benfica corre o sério risco de ser despromovido à Europa League (só a vitória sobre o Barcelona em Camp Nou o evitará). As outras quatro (Braga, Sporting, Marítimo, Académica) vão ser varridas do mapa. Nada de que não se estivesse à espera já que este é o fado que todos os anos se repete. Uns fogachos aqui e além, como os do Braga (com Lima) nos últimos anos, são excepções à regra. Como é possível que os romenos do Cluj com saldos das nossas equipas humilhem por duas vezes os guerreiros do Minho, inclusive no AXA? O que espanta é o frenesim e a azáfama com que se luta durante o campeonato para se atingir a dita zona UEFA. para quê? Para fazer esta triste figura? Conseguimos a proeza de classificar três equipas no último lugar do respectivo grupo! Pelo contrário, a Alemanha (que tem campeonato mais forte da Europa e que, dentro de dois-três anos será 1.º no ranking UEFA) classificará para a fase seguinte todas as sete equipas com que iniciou as competições. Mais: as três equipas que estão na Champions (Bayern, Borussia Dortmund e Schalke 04) ocupam o 1.º lugar no seu grupo. Além disso, a Bundesliga é a mais vista do Mundo ao vivo (média de espectadores por jogo: 44.293). Para alguns que julgariam que a Premier League era a mais apelativa (mediatismo à parte), isto será uma revelação. O grande problema que a Bundesliga poderá vir a ter (e que a Inglaterra soube corrigir a tempo e bem) é a violência, que em alguns jogos assume foros à Italiana."
Já quase tudo foi dito, portanto deixo as imagens explicar o que aconteceu em Braga, em mais uma Xistralhada (curioso como quando o Xistra apita o Benfica o adversário é sempre beneficiado, e quando apita dos Corruptos os erros flagrantes são sempre me beneficio dos Corruptos...!!!)... Tenho a certeza que o penalty não assinalado, teve influência no resultado, mas para manter o critério na Tabela sou obrigado a não atribuir um resultado sem Fruta!!!
Na Luz o Douradinho Rui Silva lá marcou um penalty a favor do Benfica!!! Mas foi demasiado permissivo tecnicamente e disciplinarmente com os jogadores do Olhanense!!!
Os Lagartos queixaram-se de um penalty em Moreira de Cónegos, mas sem razão...!!!
Anexos: Benfica 1ª-Braga(c) E(2-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos) 2ª-Setúbal(f) V(0-5), Jorge Sousa, Nada a assinalar 3ª-Nacional(c) V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar 4ª-Académica(f) E(2-2), Xistra, Prejudicados, (0-3), (-2 pontos) 5ª-Paços de Ferreira(f) V(1-2), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado 6ª-Beira-Mar(c) V(2-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado 7ª-Gil Vicente(f) V(0-3), Vasco Santos, Nada a assinalar 8ª-Guimarães(c) V(3-0), João Ferreira, Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado 9ª-Rio Ave(f) V(0-1), Bruno Esteves, Nada a assinalar 10ª-Olhanense(c) V(2-0), Rui Silva, Nada a assinalar
Sporting 1ª-Guimarães(f) E(0-0), Capela, Nada a assinalar 2ª-Rio Ave(c) D(0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar 3ª-Marítimo(f) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado 4ª-Gil Vicente(c) V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, (2-2), (+2 pontos) 5ª-Estoril(c) E(2-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-3), (+1 ponto) 6ª-Corruptos(f) D(2-0), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-0), Sem influência no resultado 7ª-Académica(c) E(0-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar 8ª-Setúbal(f) D(2-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar 9ª-Braga(c) V(1-0), Proença, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos) 10ª-Moreirense(f) E(2-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
Corruptos 1ª-Gil Vicente(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiado, Prejudicado, (1-1), Sem influência no resultado 2ª-Guimarães(c) V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicado, Sem influência no resultado 3ª-Olhanense(f) V(2-3), João Ferreira, Nada a assinalar 4ª-Beira-Mar(c) V(4-0), Manuel Mota, Nada a assinalar 5ª-Rio Ave(f) E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar 6ª-Sporting(c) V(2-0), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-0), Sem influência no resultado 7ª-Estoril(f) V(1-2), Capela, Nada a assinalar 8ª-Marítimo(c) V(5-0), Cosme, Nada a assinalar 9ª-Académica(c) V(2-1), Hugo Pacheco, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos) 10ª-Braga(f), V(0-2), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
Braga 1ª-Benfica(f) E(2-2), Soares Dias, Beneficiado, Prejudicado, (3-2), (+ 1 ponto) 2ª-Beira-Mar(c) V(3-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar 3ª-Paços de Ferreira(f) D(2-0), Pedro Proença, Nada assinalar 4ª-Rio Ave(c), V(4-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar 5ª-Guimarães(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado 6ª-Olhanense(c), E(4-4), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar 7ª-Marítimo(f), V(0-2), Benquerença, Nada a assinalar 8ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar 9ª-Sporting(f) D(1-0), Proença, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto) 10ª-Corrutpos(c) D(0-2), Xistra, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
"Em Novembro, as papoilas tomam conta das camisolas dos clubes de Inglaterra. Talvez Gilbert Becaud não tivesse razão. Talvez o mais importante não seja a rosa e sim a papoila...
Já devem ter reparado: no segundo fim-de-semana de Novembro as papoilas saltitam nos campos de Futebol de Inglaterra. Não são as 'Papoilas Saltitantes' das camisolas berrantes nos campos a vibrar, de que falava Paulino Gomes Húnior e que cantava Luís Piçarra. São as papoilas da Flandres. E também elas têm uma chama imensa.
Houve quem apelidasse o acontecimento de 'The Poppy Apeal', o apelo da papoila. É coerentemente solene.
Se ainda não repararam, eu chamo a atenção. De há três ou quatro anos a esta parte, as equipas inglesas surgem em campo com uma papoila incrustada no equipamento, enquanto os seus treinadores colocam a flor na lapela. O fenómeno dá à luz em meados de Novembro - a data precisa deveria ser o 11 do 11, mas já não há datas precisas em Futebol. Não é nenhuma homenagem ao Benfica, que me parece ter, pelo que eu sei, o monopólio da alcunha de papoilas para um Clube de Futebol. Mas não deixa de ser uma proximidade curiosa. E, como é óbvio, não se resume ao Futebol. Mas é do Futebol que falamos por ora.
O apelo da papoila surgiu em 1921. Procurava angariar fundos para sustentar o trabalho caritativo da Royal British Legion na ajuda às damílias dos combatentes caídos durante a Guerra de 1914/18. A ideia surgiu de um poema: 'In Flanders Fields', do tenente-coronel John McRae - 'In Flanders fields the poppies blow / Between the crosses, row on row'. E assim, com uma papoila na lapela se homenageavam os soldados que combateram na Flandres. Ora, muitos desses soldados eram portugueses, e muito provavelmente grande número deles adeptos do Benfica que já era, na altura, uma grande força desportiva nacional.
Um tal de soldado Milhões
Lys é uma ribeira da Flandres Francesa. 9 de Abril de 1918: dia da Batalha de La Lys. Dos 7500 portugueses presentes no acampamento de Levantie, morreram mais de mil. Isto é: La Lys somou, num só dia, metade das baixas portuguesas na I Grande Guerra.
Numa altura em que os soldados portugueses caíam como tordos, houve um que não esteve pelos ajustes: Aníbal Augusto Milhais. Pegou na metralhadora e começou a despejar carregadores, cobrindo a fuga dos camaradas sobreviventes. Foi tamanha a sua decisão que o comandante, Ferreira do Amaral soltaria, mais tarde, uma tirada à António Silva num filme de Cotinelli Telmo:
-Ò homem! Você pode chamar-se Milhais, mas vale Milhões!
Ficou conhecido como Milhais Milhões. Mas sobreviveu. Não ficou reduzido a uma papoila na lapela como muitos dos seus camaradas.
Hoje, no mês de Novembro, em Inglaterra, todas as equipas da I Liga exibem a papoila nos seus equipamentos. Mas o primeiro clube a lembrar-se disse foi o Leicester City, em 2003, chegando mesmo o seu maneger, Micky Adams, a propor que jogassem sempre com a papoila. A razão era simples: enquanto jogou com a papoila, não perdeu.
O Benfica, claro, não precisa de papoilas na camisola. Pelo que diz a canção, são as próprias camisolas que são papoilas. O seu autor, letra e música, foi Paulino Gomes Júnior, director do Jornal 'O Benfica'. A estreia pública de 'Ser Benfiquista' teve lugar no dia 16 de Abril de 1953, no Pavilhão dos Desportos, na ocasião de um sarau que tinha como objectivo angariar verbas para a construção do Estádio da Luz.
Luís Piçarra - de seu nome completo Luís Piçarra Valterazzo y Ribadanayra - foi, muito provavelmente, o maior cantor lírico português de todos os tempos. Nessa noite, a sua voz arrebatou a multidão presente no pavilhão e provocou uma euforia e uma manifestação clubista raramente vista. Paulino Gomes Júnior foi forçado a abandonar o piano, no qual tocara a canção, e a tomar a batuta do maestro, Vítor Bonjour, dirigindo a orquestra na repetição de número musical. O encore foi sublinhado com um entusiasmo ainda maior. As papoilas tomavam conta do Benfica em forma de canção... Talvez Gilbert Becaud estivesse enganado. Talvez o mais importante não seja a rosa. Talvez seja a papoila..."
"Em 17 jogos oficiais realizados esta temporada, o Benfica sofreu apenas 11 golos, sendo que no campeonato nacional a baliza das águias já não é violada há 446 minutos. Uma marca muito interessante de uma equipa, que ao contrário de anos anteriores, se tem destacado mais pela coesão defensiva que apresenta do que pelo poder ofensivo com que subjuga os adversários.
Aliás, fazendo uma ronda pelos principais campeonatos europeus e pelos respectivos líedres percebe-se facilmente que as águias são uma das defesas menos batidas, embora também sejam o conjunto que tem menos jogos disputados na principal prova interna. O Barcelona leva 15 golos sofridos, o Manchester United 18 e o PSG 10, isto só para citar alguns exemplos. O registo dos lisboetas ganha ainda mais importância se tivermos em linha de conta que o comandante do sector mais recuado, Luisão, esteve afastado das opções de Jesus durante dois meses devido a castigo disciplinar.
Na ausência do capitão, a defesa foi liderada por Ezequiel Garay, um dos jogadores que está a realizar uma temporada ao mais alto nível, dando de resto continuidade à boa forma que já tinha patenteado na época passada. O argentino conseguiu relançar por completo a carreira na Luz e está a confirmar todo o seu potencial, sendo, nesta altura, um dos centrais mais fiáveis do futebol europeu. Só mesmo o Real Madrid, em mais uma medida desastrosa, conseguiu deixar sair um jogador, que nesta altura seria titular de caras no emblema da capital do país vizinho, podendo assim Sergio Ramos jogar na direita no lugar de Arbeloa.
Ezequiel Garay é um daqueles centrais como há poucos actualmente no Velho Continente: é fortíssimo no posicionamento defensivo, muito difícil de bater no jogo aéreo, sagaz nos duelos individuais e muito assertivo nas decisões que toma. Sabe jogar feio quando é necessário, limpando o perigo por completo mas tem, igualmente, uma classe superior na hora de sair com a bola controlada. Aliás, Garay possui uma grande qualidade técnica de passe, a curta e, principalmente a longa distância. Não são raras as vezes que o argentino corta um lance de perigo e, de imediato, inicia o processo ofensivo da equipa colocando a bola jogável nos companheiros.
Em suma, um defesa completo, que é titular absoluto na selecção argentina e que poderá a breve trecho representar um grande encaixe financeiro para o Benfica, porque não acredito que os grandes europeus estejam desatentos. Certo é que o internacional alviceleste vai continuar a evoluir ainda mais e com isso ganha o Benfica, até porque agora Jesus já tem a sua dupla predilecta de volta."
"É uma bandeira que transportamos com orgulho incontido. A bandeira de ecletismo. O Benfica é Futebol, muito Futebol, mas não é só Futebol. O Benfica, ao longo do seu historial centenário, jamais se demitiu da abrangência desportiva. As modalidades não são, nunca foram, filhas menores do Clube, apesar da sua especial aptitude para o mais popular dos jogos.
Que dizer de José Maria Nicolau, notável ciclista? Que dizer de António Livramento, maior hoquista mundial de todos os tempos? Que dizer de Carlos Lisboa, basquetebolista sem paralelo entre nós? Que dizer de tantos outros? Que dizer dos vários campeões, na paisagem da actualidade, que vestem a camisola rubra?
O Benfica, nos últimos anos, deu um enorme salto qualitativo nas modalidades. Multiplicam-se os títulos colectivos, proliferam as proezas individuais. Nos tempos que correm, difícil é que o nosso emblema, a despeito da modalidade em causa, não lute pela conquista das respectivas competições em que se envolve.
O trabalho tem sido notável. Dirigentes, técnicos e atletas demonstram um apego militante e sem limites à causa vermelha. Não se pense que erguer um edifício assim, nas suas múltiplas inerências, é um empreendimento de fácil consecução. Muito pelo contrário, obriga a um apego inexcedível, obriga a engendrar soluções quase miraculosas, obriga a cultivar um entusiasmo inaudito. O Benfica, no domínio das modalidades, tem dado gozo, tem dado prazer aos adeptos. Tem criado uma onda de afeição e alvoroço que fazem avolumar o alicerce anímico de todos nós. Para além de Futebol, consabidamente há mais Benfica, há cada vez melhor Benfica."
"Hóquei em Patins: Campeões Nacionais, vencedores da Supertaça, líderes do Campeonato sem derrotas, vencedores de duas competições europeias nas últimas três temporadas.
Basquetebol: Campeões Nacionais, vencedores da Supertaça, líderes do Campeonato só com vitórias, vencedores do Troféu António Pratas, três vezes Campeões Nacionais nas últimas quatro épocas.
Futsal: Campeões Nacionais, vencedores da Taça de Portugal e da Supertaça, cinco vitórias em seis jogos no Campeonato, Campeões Europeus em 2010.
Andebol: Vencedores da Supertaça, líderes isolados do Campeonato com 11 vitórias em 11 jogos, apurados para a terceira eliminatória da Taça EHF, finalistas europeus há duas épocas.
Voleibol: Duplos vencedores da Taça de Portugal e da Supertaça, vice-campeão nacionais nas últimas três temporadas, líderes isolados do Campeonato com dez vitórias em dez jogos, 112 vitórias nos últimos 127 jogos.
Atletismo: Bi-Campeões Nacionais, com o único Campeão Olímpico português dos últimos quinze anos na nossa equipa.
Nas cinco modalidades de pavilhão em 2012/2013, o balanço é até ao momento de 52 vitórias, três empates e duas derrotas (uma fora do País), em 57 partidas oficiais realizadas. Seis troféus foram já arrecadados. Para além do Futebol, estamos presentes em importantes competições europeias de mais quatro modalidades.
Há ainda a acrescentar presenças em modalidades como Râguebi, Ténis de Mesa, Bilhar, Judo, Boxe, Artes Marciais, etc.
Perante tão eloquente panorama, como é possível alguém ousar discutir ecletismo connosco?
Houve um Joaquim Agostinho (que ainda me lembro de ver brilhar no Tour ao serviço de equipas francesas). Houve um Carlos Lopes.
Mas são nomes (grandes, é certo) do passado. Não há, hoje, qualquer comparação possível entre a força desportiva do Benfica, entendida em toda a sua diversidade, com a de qualquer outro clube português. A diferença é avassaladora, e só quem não tiver a noção do ridículo a pode ignorar ou pretender subverter."
"1. Voltei a gostar do Benfica que se apresentou no campo do Moreirense. Uma equipa de mangas arregaçadas e... bom futebol. Gostei particularmente da atitude, lutadora, agressiva (no bom sentido), não deixando o adversário passar do meio-campo. Falta concretizar mais (continuamos a perder demasiadas oportunidades de golo) e... aguentar essa pressão até final (depois de mais um 'apagão', a equipa não foi a mesma). Mas estamos no bom caminho e espero a confirmação frente ao Celtic (escrevo antes do jogo).
2. O Sporting sempre se queixou muito dos árbitros. Dias da Cunha, faça-se-lhe justiça, ainda tentou lutar contra o Sistema, não temendo afrontar Pinto da Costa e Valentim Loureiro. Mas os seus sucessores preferiam prestar vassalagem ao FC Porto a alinhar contra o Sistema e, por vezes, sofreram as consequências. Este ano, porém, apesar de sucessivas lamentações, o Sporting não pode queixar-se... antes pelo contrário. A avaliar pela classificação do insuspeito Record, que considera as pontuações alteradas pelas decisões graves dos árbitros, o Sporting está não a meio da tabela mas... em último lugar da classificação, isolado, a dois pontos dos penúltimos. Já saiu beneficiado em nada menos de cinco pontos das decisões dos árbitros neste Campeonato. Refira-se que o Benfica (tal como o FC Porto), segundo esta mesma tabela, tem já um prejuízo de quatro pontos.
3. Já admirava Paulo Bento como homem e como treinador (para além de jogador, claro). A sua resposta da semana passada a Pinto da Costa está na linha do homem sério, frontal e sem medo que me habituei a admirar. Poderia ter ficado calado, como muitos outros. Mas não. Respondeu e... calou o presidente do FC Porto!
4. Não sei quem tem razão no diferendo entre a Olivedesportos e a Liga. Mas há uma clara diferença entre o passado a que nos habituámos - a empresa de Joaquim Oliveira a 'salvar' os clubes, avançando com verbas (e, claro, novos contractos) - e a actualidade, ao que parece com dinheiros em atraso, com ou sem justificação.
5. Apenas milhar e meio de espectadores, se tanto, nas bancadas do campo do Nacional, frente ao FC Porto. Na véspera, estiveram umas seis mil no campo do Moreirense, a larga maioria benfiquista. 'Pequenas' diferenças..."
Deixou-nos hoje, um dos grandes atletas do Sport Lisboa e Benfica. Praticou futebol, atletismo e ténis ao mais alto nível nacional, um verdadeiro atleta de eleição... Era até hoje, o futebolista do Benfica, mais velho entre nós... Como atleta, ou pessoalmente, foi sempre conhecido pelo seu desportivismo, boa disposição, e educação... Com uma história de vida muito rica, vai ficar para os livros como um dos símbolos eternos do Sport Lisboa e Benfica.
A 15 minutos do fim estava 18-18 !!! Estes minutos finais podem ter ditado o resultado da eliminatória... já se sabia que o Nantes era favorito, mas...
Após uma longa paragem, devido ao Campeonato do Mundo, numa deslocação difícil, o Benfica não deu facilidades, vitória importante.
Não vi o jogo todo, no final houve muita contestação à arbitragem pelos adversários, daquilo que vi, perto do final da partida, o Gonçalo teve uma entrada perigosa sobre um adversário e como já não é a primeira vez, deixo aqui a minha opinião: o Gonçalo já tem idade para ter juízo, como capitão tem responsabilidades acrescidas, não se pode esquecer que é jogador do Benfica. Tenho dito!!!
Apesar de mais um festival do desperdício, acabou por ser um jogo tranquilo, jogado num terreno em bom estado, mas pesado depois de tanta chuva. Quatro dias depois de um jogo complicado da Liga dos Campeões - veja-se a derrota do Real Madrid com o Bétis!!! -, não se esperava muita velocidade, e assim foi, mesmo assim, domínio total, e só a falta de eficácia, principalmente nas bolas paradas, evitou uma cabazada - merecida!!!
Destaque óbvio para o regresso do Carlos Martins, desta vez aparentemente sem qualquer lesão!!! Mas para mim, o Matic continua a jogar barbaridades!!! Mais um bom jogo o Ola John e do Maxi... Luisão e Garay muito bem, o Melga melhorou na 2ª parte, o Cardozo pouco activo, o Rodrigo demasiado ansioso. O Artur esteve bem dentro dos postes, mas tem que melhorar a comunicação com o Luisão... Já aqui fui criticado, mas mantenho o que tenho dito sobre o Salvio: está demasiado complicativo, não está ao nível do início da época, precisa de melhorar...
Todos os suplentes entraram bem na partida - Lima, Enzo, Almeida -, isto apesar da paragem cerebral do Enzo no último minuto!!!
PS:Para a turma dos petardos: vão levar no cú...!!! Para quem alegar que nos jogos nacionais, não existe risco de interdição, recordo que o Benfica em todas as partidas nacionais, paga a multa máxima por mau comportamentos dos seus adeptos, cerca de €2000, é só multiplicar pelo número de jogos... Obrigar o Clube a pagar, o comportamento destes seres invertebrados é crime.
É verdade que temos vários jogadores lesionados (Franklin, Andrade, Gentry), mas com 9 jogadores seniores disponíveis, temos obrigação de vencer estes jogos com menos sofrimento... Quando se tem mais 20 ressaltos que o adversário (51-31), e depois por falta de concentração, 'oferecemos' mais 10 turnover's que o adversário (18-8), corremos o risco de perder o jogo!!!
"O jogo do Benfica com o Celtic não era apenas decisivo para a sua permanência na Champions. Também se jogava ali uma decisão da UEFA de interditar ou não o Estádio da Luz.
Cabia ao clube, como organizador do espectáculo garantir a ordem dentro do estádio. Mas, mais uma vez, um petardo foi usado. Quando tal aconteceu, houve uma reacção pouco habitual dos adeptos benfiquistas: uma monumental vaia.
Este episódio é um excelente retrato de como as coisas se devem passar. Onde há mais de algumas dezenas de pessoas há sempre gente destituída de inteligência e bom senso. O mal que a sua estupidez causa pode ser contido por todos. Pelas estruturas que regulam qualquer actividade É o que a UEFA faz. Pelo clube, a quem cabe controlar o que entra e não entra no estádio. E por todos os presentes, que não podendo nem devendo fazer justiça pelas suas próprias mãos, sinalizam o seu desagrado e criam a necessária pressão social sobre os prevaricadores.
Se olharmos para o que aconteceu a 14 de Novembro em frente à Assembleia da República encontramos um paralelo. A lei existia, uma minoria de idiotas violou-a e a maioria dos que lá estavam demarcou-se daquele comportamento. A diferença é que, à falta de organizador claro, a quem cabia impedir que uns poucos estragassem o dia de todos era à polícia.
A diferença é que não faltou quem exigisse que fossem os próprios manifestantes a intervir ou a abandonar o evento. E a diferença é que a punição foi colectiva, não para uma instituição concreta, mas para todos os presentes, através de bastonadas. E isso não é justiça. Ainda assim, todos podemos aprender um pouco com aqueles adeptos da Luz: talvez tenhamos de ser mais ruidosos com quem desrespeita os direitos dos outros. Não evita nada. Mas fica clara a injustiça de pagar o justo pelo pecador."
PS: Não concordo com a totalidade da coluna de opinião - a parte da Assembleia da República... -, mas o Daniel Oliveira é um dos poucos Sportinguistas que escreve sobre futebol, sem anti-Benfiquismo, e só por isso merece destaque!!!
O Daniel não se recorda, mas não é a primeira vez no Estádio da Luz, que houve uma vaia destas... no famoso jogo com o Liverpool, com dois petardos a rebentarem dentro do relvado, a vaia foi muito maior, e tenho a convicção que o Benfica só não teve o Estádio da Luz interditado dessa vez, por causa da reacção da grande maioria dos adeptos do Benfica, ao acto parvo dos vermes do costume, e desta vez com o Celtic provavelmente também não vamos ter o Estádio interditado, mas vamos pagar uma multa gigantesca...
E hoje com o Olhanense voltámos a ter a prova que esta gentalha tem que ser expulsa do Estádio da Luz, a sinfonia de petardos durante todo o jogo, foram claramente uma provocaçãozinha dos filhos-da-puta... Repito: identifique-se rapidamente os autores materiais.
Quem assistiu com cuidado às exibições do André Almeida na época anterior - os poucos minutos que teve direito -, praticamente todos a defesa direito - só teve direito a uns minutinhos no meio-campo na última jornada com um Leiria de recurso... -, só pode estar espantado, e feliz com a evolução do André...
Cresceu muito, no músculo, e na cabeça... E se o ano passado, a desculpa para não convencer, era o facto de jogar adaptado a defesa direito - fora da sua posição natural... -, este ano apesar de continuar a jogar, na maior parte das vezes, na mesma posição, de defesa direito, já me convenceu, e pelos vistos, também convenceu o treinador e a Direcção!!!
O jogo com o Spartak a trinco, também foi muito bom, nota-se que está confiante, e muito bem fisicamente, já que ganha praticamente todos os duelos defensivamente.
Renovou hoje até 2018, com a justa melhoria salarial, tem tudo para fazer carreira no Benfica - não creio que vá ser assediado pelos grandes Clubes Europeus, por várias razões, inclusive as posições que joga -, se mantiver a cabecinha no lugar, e não cometer os erros de outros - recentemente... -, tem tudo para ser um dos homens da casa, no plantel...
"Tudo parece normal no mundo do futebol. Nem uma surpresa. O Benfica ganhou com facilidade ao Celtic de Glasgow, porque é muito melhor que os escoceses. Os de Glasgow trouxeram a Lisboa quase 10 000 adeptos em festa porque têm uma das mais fantásticas massas adeptas do mundo. O Chelsea do novo rico russo, despediu o treinador campeão da europa e vencedor da Taça de Inglaterra há quatro meses. O Barcelona ganhou com facilidade na Rússia, como ganhará todos os jogos deste grupo em que se aplique porque é uma equipa óptima.
FC Porto e Benfica conseguiram apuramento sem sobressaltos na Taça de Portugal por serem melhores que os oponentes. O Benfica não conhece o adversário da Taça de Portugal porque teve em sorteio um algoritmo de tantas variáveis que cansa só de ver.
Jorge Jesus diz que é possível um brilharete em Barcelona e eu acredito no Spartak em Glasgow. Haver duas hipóteses é melhor que uma.
O milionário Manchester City voltou a falhar na Liga dos Campeões mesmo com mais um jogador que o seu adversário. O FC Porto conseguiu o apuramento europeu com a mesma naturalidade com que Braga o não fez. O Zenit com jogadores medianos não sai da mediania porque dinheiro não é tudo. Até fica aborrecido constatar tanta normalidade.
O Benfica tem no Olhanense, no jogo de amanhã, um adversário mais duro que o Celtic. Estou seguro que os algarvios chegam mais de duas vezes à nossa baliza como fizeram os simpáticos escoceses. Sábado teremos um adversário com índices de agressividade muito altos e que só a competência que temos mostrado poderá vencer sem sobressaltos.
No entanto convém, sempre que possível não abusar da vantagem mínima. Em jogos aparentemente controlados, as vantagens escassas prestam-se a perigos desnecessários.
Além disso há várias vantagens cardíacas para os nossos adeptos tão cheios de emoções fortes."
"Há quem consiga encontrar problemas em todas as soluções, assumindo as dores presentes, os prantos estridentes e os agouros videntes. Agem como se a sua voz fosse a que no Coro da Tragédia Clássica inspirava a catarse feita de horror e piedade.
Recentemente, carpiram-se dores e anunciaram-se desgraças pelas colunas de opinião, porque o nosso Benfica ficaria uns meses sem Luisão. O problema gritava-se na orfandade de uma defesa, no consequente descalabro do meio-campo, na impossibilidade de sucesso do ataque e (só faltou dizerem isso mesmo!) expandir-se-ia até ao esmorecimento do público. Anunciava-se o sofrimento e a catástrofe.
No entanto, a solução chegou, veio de dentro do plantel, sob a forma de uma espécie de “deus ex machina” com mais de uma época de casa e direito a preparação prévia na humilde equipa B. Jardel foi solução e trouxe novas e diferentes valências para a defesa, acabando por se impor naturalmente como mais uma opção válida. Ou seja, contrariando as vozes da tragédia anunciada, encontrou-se mais uma peça angular para a equipa. Como resultado, o coro trágico regressou para dizer que, afinal, nesta solução reside um novo problema: o de ter de escolher apenas dois de um grupo de três excelentes futebolistas.
Chegados a este ponto, observamos que a presença da solução equivale à falta de alimento para crónicas e perorações de quem vive à custa de crises alheias. Logo, há que criar crises sucessivas, provocá-las, espicaçá-las e promovê-las. Apenas assim vão ganhando o sustento. Os ditos inventores de problemas transformam-se numa espécie de relógios parados que, carpindo agoiros ao minuto, nos dizem ufanos duas vezes por dia que eles são os donos da verdade da hora certa. Ou seja, com tanta tragédia anunciada nem se apercebem de que, normalmente, são eles os principais actores de uma comédia em tom de opereta bufa."
Mais uma vitória arrancada com muito suor... algo já habitual nesta equipa!!!
A Benfica TV só transmitiu o relato - imposição da UEFA que não permite a transmissão de jogos de futebol nos mesmo horários das Competições Europeias!!! Como não vi o jogo, não vou fazer grandes apreciações à partida...
Mas vou fazer uma meia-mea-culpa !!! Sempre achei que o estatuto de semi-Deus, que o Miguel Rosa tem, num determinado grupo de Benfiquistas, exagerado... Nunca duvidei do Benfiquismo do Rosa, nem da sua entrega total aos jogos, mas sempre achei que para um médio-ofensivo lhe faltava alguma coisa, para ser jogador da equipa principal do Benfica. Continuo a pensar que ele tem algumas limitações, para a posição que actualmente joga - nas alas, de preferência na esquerda -, mas em compensação tem demonstrado uma apetência pouco habitual para os golos. No futebol, muita coisa pode ser trabalhada, treinada, melhorada, mas o instinto goleador de cada jogador, é algo que se tem, ou não... e o Miguel Rosa apesar de não ser um ponta de lança, é um goleador!!! Não é um driblador, não é um desequilibrador nas faixas, não tem velocidade supersónica, também não é o organizador de jogo que já foi - nos juniores -, mas além da raça, e do espírito vencedor, é um goleador... O Ola John por exemplo, creio que será um grande extremo do Futebol Mundial, mas não me parece que no futuro seja um goleador, vai marcar golos, mas nota-se alguma 'vergonha' no remate... O Futebol Mundial está cheio de exemplos de grandes goleadores, com limitações técnicas noutras áreas, em Portugal, na formação, este tipo de jogador é normalmente desvalorizado - só gostam dos brinca na areia!!! -, e por isso é que na Selecção Nacional temos que aturar os Postigas desta vida!!!
Para cumulo do azar - do Rosa -, o plantel principal do Benfica tem nalgumas posições poucas opções, mas a de flanqueador ofensivo, é onde temos mais jogadores!!! Creio que em Janeiro o plantel do Benfica vai sofrer alguns ajustamentos, sendo possível a venda do Nolito ou do Gaitán, se isso acontecer, creio que o Rosa vai ter mais oportunidades na equipa A, e ele bem merece...
PS1: Só espero se isso acontecer, que os críticos de sempre, não se queixem dos resultados da equipa B, já que esta equipa sem os golos do Miguel Rosa, irá perder muitos pontos!!!
PS2: Sei que haveria alguns perigos - lesões, castigos -, mas o André Gomes - que tem jogado pouco na equipa principal - poderia ser utilizado neste tipo de jogos...
"O Benfica é o furacão 'Sandy' do futebol português. Por onde passa apaga a luz. Aconteceu o ano passado e neste já aconteceu em Paços e em Moreira de Cónegos
O Benfica é o furacão Sandy do futebol português. Por onde passa apaga a luz. Aconteceu em novembro do ano passado em Braga. Este ano já aconteceu em Paços de Ferreira, por finais de setembro, e em Moreira de Cónegos, na última sexta-feira.
Dirão os nossos adversários que é muito bem feito. Que é o merecido castigo pelo apagão no Estádio da Luz que impediu o FC Porto de festejar às claras o título de 2011.
São coisas diferentes, respondemos nós. Na luz, o jogo já tinha acabado e para lá da portentosa exibição de inexistência de fair-play no que ao assunto dizia respeito, ficou claro nessa noite da Luz que a culpa tinha sido do electricista de serviço que, por sinal, permanece anónimo até aos dias de hoje.
Não foi, portanto, falha técnica. Foi falha humana.
Em Braga, Paços de Ferreira e Moreira de Cónegos, foi sempre falha técnica a ditar os cortes na corrente eléctrica que interromperam os três jogos.
Esta é uma grande diferença.
A explicação para o estranho fenómeno tem sido adiantada pela imprensa. Dizem que a culpa é dos ratos que roem os fios e os cabos dos estádios fazendo com que estourem os disjuntores porque, descarnados, não aguentam a pressão.
Como no conto dos irmãos Grimm, o Benfica só se safa dos ratos se contratar o flautista de Hamelin sempre que viajar para os distritos de Braga e do Porto. Isto se o fenómeno não se estender a outros distritos do país. Com o flautista de Hamelin em acção os ratos, já se sabe, não têm sorte nenhuma. O que seria excelente noticia quer para o Benfica, quer para o público em geral, quer para a reputação dos electricistas.
POR norma não gosto de avançados que jogam de costas para a baliza. Mas há sempre um dia...
O quarto golo do sueco Zlatan Ibrahimovic à Inglaterra é uma violência, é um exagero, um descaramento. Não se faz. Em comparação com a bicicleta de longo alcance do sueco, todos os outros golos do ano parecem pífios. O portento de Ibrahimovic, no entanto, não conta para atribuição do prémio Puskas 2012 com que a FIFA homenageará o melhor golo do ano.
Os dez nomeados já estavam escolhidos e a votação a decorrer quando o sueco apontou daquela forma indescritível o seu quarto golo à selecção inglesa. Regulamentos são regulamentos, nada a obstar. E a justiça, ainda que tardia, haverá de chegar. O golo de Ibrahimovic, garante a FIFA, pode entrar na corrida para o prémio Puskas de 2013 porque no que diz respeito a golos fabulosos o ano civil do futebol mundial vai de novembro a novembro.
Ficamos, assim, perante uma situação curiosa: ainda não se sabe quem vai ganhar o prémio para o melhor golo de 2012 - Messi, Neymar, Falcao, Bem Arfa... etc... - mas o prémio do golo de 2013 já está entregue ao avançado sueco do Paris Saint-Germain. E ainda faltam quarenta e tal dias para o réveillon.
Noutro tipo de concurso que patrocina, a FIFA, no entanto, bem podia emendar a mão em relação ao reconhecimento devido a Ibrahimovic, aproveitando para meter na ordem dois tipos que também jogam maravilhosamente bem à bola mas que se estão a tornar dois grandes chatos com as suas picardias, vedetismos e ciumeiras mútuas: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Era dar a Bola de Ouro, troféu que consagra o melhor jogador do ano, ao artista sueco e ver se em Chamartín e em Nou Camp baixavam um bocadinho a garimpa. É que já não se pode ouvir tanta discussão científica sobre quem é o melhor do mundo, se o português se o argentino.
É o sueco, estúpidos.
NO preciso momento em que a selecção portuguesa jogava no Gabão, num particular de futebol, jogava também a selecção espanhola - campeã da Europa e do Mundo - o seu agendado particular no Panamá. Portugueses e gaboneses empataram a duas bolas enquanto noutro ponto do mundo - também bem longe do conforto do velho continente - os espanhóis venciam os seus anfitriões panamianos por 5-1, pudera se são campeões do mundo...
A fazer fé na imprensa, também os respectivos cachets reflectiam a disparidade entre as selecções ibéricas. Os portugueses receberam 800 mil dólares e os espanhóis 1 milhão e meio. Aceita-se. Honra aos melhores.
Do lado da roja foi o Barcelona quem emprestou mais jogadores a Del Bosque, seis. Do lado das quinas, foi o Sporting de Braga quem cedeu mais jogadores a Del Bento, outros seis. Não tenho conhecimento de protestos do presidente do Barcelona e do presidente do Sporting de Braga apenas se ouviu uma constatação cheia de senso: um clube não se pode ufanar de ter um montão de jogadores seleccionados e, ao mesmo tempo, protestar contra o abuso das escolhas do maldito seleccionador.
No entanto houve quem se queixasse em Portugal. E escutando os queixosos até parece que a única finalidade da ida da Selecção ao Gabão foi a de provar à sociedade que o doutor Isaltino Morais, que patrioticamente se inscreveu na excursão, não tem medo de andar de avião, nem para lá, nem para cá. Não sei a quem é que isto pode ofender, com toda a franqueza.
O Gabão, que nos recebeu, é um país africano e notou-se algum desdém e soberba branca no modo como alguns queixosos se referiam, por exemplo, às condições de terreno. Foi isto o mais lamentável de toda a polémica. No próximo dia 6 de fevereiro, a Selecção Nacional volta a jogar outro particular, desta vez com a Espanha, provavelmente em Vigo. A Espanha, que nos vai receber, é um país vizinho, europeu. Mesmo que em Vigo o relvado esteja uma grande porcaria ninguém se lembrará de lhe chamar capim.
LEIOnum jornal a notícia de que o treinador do FC Porto tem vindo a melhorar em muitos aspectos, essencialmente na comunicação, porque trabalha agora com um coach, ou seja, com um treinador de treinadores. Leio noutro jornal que o treinador do FC Porto comentou o sorteio da Taça de Portugal que lhe pôs o Sporting de Braga no caminho, falando em bolinhas amestradas. Está-se já a ver que o treinador é dos bons.
Ai, Sertanense, Sertanense, Sertanense...
NA terça-feira, o Benfica fez um bom resultado com o Celtic mas foi caso para se dizer, com alegria, que a exibição foi muito melhor do que o resultado. O Benfica entrou bem, fez um golo cedo pelo ex-improvável Ola John - que muito me faz lembrar uma versão juvenil do actor norte-americano Tracy Morgan - e voltou a estar em altíssimo plano na primeira meia hora da segunda parte.
O Celtic não sendo uma equipa extraordinária, longe disso, continua a ser o grande candidato ao apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões. E a culpa não é do Barcelona por ter perdido em Glasgow. A culpa é do Benfica por ter perdido em Moscovo com uma exibição pardacenta e desconcentrada.
É muito provável que o Benfica, nesta temporada de 2012/2013, prossiga a sua carreira europeia na Liga Europa. Compreendo a angústia do tesoureiro do clube mas para mim, simples adepta, a Liga Europa vem muito mais a calhar em termos competitivos e de hipóteses reais do que a Liga dos Campeões.
Mesmo assim confio numa boa atitude em Barcelona e numa presença dignificante. Com Messi ou sem Messi."
"Aproximamo-nos do Natal. Cada vez mais apressado no seu chegar, na razão directa da nossa idade. Ontem foi e hoje está quase a ser.
Se o Natal na sua versão religiosa está relacionado com a Luz do Verbo, o Natal na sua versão mais mundana e comercial está relacionado com luzes e néones.
Mas este ano, com a crise, não há verba e, por isso, luzes é o que vai minguar. No futebol, já começou tal tendência: no jogo entre o Benfica e o Moreirense houve dois apagões: o primeiro porque o sorteio não quis que o jogo fosse na Luz; segundo porque aos 78m lá veio o oportuno apagão do norte, para copiar o da cidade dos cardeais e de Paços de Ferreira. Má sina quando o Benfica vai da Luz para a luz dos outros... há sempre jogo de luzes! No último jogo com a agravante de o apagão ser em Moreira, imagine-se de... Cónegos em vésperas natalícias. A crise chegou mesmo ao Natal!
Luz houve antes no jogo luzido em Vila de Conde, em que Jesus (Jorge) e seus discípulos se encontraram com Espírito Santo (Nuno) e seus arcanjos. Mas, no fim, fez-se luz por obra e graça de Lima depois de uma epístola de Salvio (seja).
Este fim-de-semana espero bem que Jesus e seus seguidores tenham luz para derrotar em Olhão na Luz. Com Lu(i)são e talvez Lu(i)sinho. E assim lançar mais luz sobre o campeonato e ter luz verde(!) para começar a dar à luz o campeão nacional.
Enquanto isso, com Natal sem luzes e subsídio, só resta a esperança de ainda (quando?) ver uma luz ao fundo do túnel. E saudar quem Jesus vestiu de Pai Natal em versão holandesa para entregar a prenda natalícia... aos católicos do Celtic: «Ola John!»"