"Foi no pretérito 5 de Outubro, por coincidência aniversário da República. O Sport Lisboa e Saudade comemorou 69 anos. A estrutura representativa dos antigos jogadores do Benfica caminha para as Bodas de Diamante num momento de grande vitalidade e insuspeito companheirismo, que nem o cruzamento de gerações distintas consegue atenuar.
Como diria o Chico Buarque, um apaixonado por Futebol, 'foi bonita a festa, pá'. Desde manhã, na Luz, começaram a afluir muitos jogadores que escreveram história, eles que vestiram a honraram o manto sagrado do Clube.
Estive com o Eusébio, o Artur Santos, o José Augusto, o Cruz, o Vítor Martins, o Humberto Coelho, o Carlos Manuel, o Pedro Mantorras. Tantos e tantos outros. Afinal, os filhos mais queridos de um família com milhões de membros.
O mítico Sport Lisboa e Benfica, a sua expressão universal, o seu carácter aglutinador deve-se, antes de mais, àqueles que o serviram. Esses que entusiasmaram, num longo percurso centenário, legiões de fãs, de adeptos, de simpatizantes.
Esses que deram mais substância às nossas vidas emocionais, que provocariam hemorragias colectivas de agrado.
Foi um privilégio participar na comemoração e ter feito uma alocução sobre o livro lançado pelo Tuna, um antigo júnior da casa, também jornalista e excelente contador de histórias com o singular picante da bola. Falou-se muito de saudade? Óbvio que sim. Mas qual é a melhor maneira, também (e sobretudo) no Benfica, de comemorar e dignificar o passado? Só pode ser construir o futuro. Com novas realizações, com novas proezas, com novas epopeias."
João Malheiro, in O Benfica
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