"Os portugueses agora suspiram para que não haja jogo da selecção nacional, desde que passou a ser padrão meia hora antes anunciar as medidas de austeridade que lhes serão impostas. A violência do anúncio da última sexta-feira foi tal que serão poucos os que se lembram do resultado contra o Luxemburgo, e terça-feira o ministro das Finanças acrescentou razões para que o jogo contra o Azerbaijão fosse pouco importante. Bem percebo os jogadores da selecção a atirar à trave sem parar, estavam em linha com o país. Paulo Bento, no entanto, manteve a selecção na rota do triunfo e está de parabéns, mesmo percebendo que teremos de jogar muito mais para vencer a Rússia. Muito bem também a federação ao optar por preços económicos para os bilhetes e assim conseguir um estádio cheio. Numa altura de aguda crise económica e social algum bom senso das instituições e dos responsáveis é fundamental.
Na sequela das saídas e do fecho de mercado, tivemos um Benfica-Bétis para treinar, manter o ritmo e melhorar rotinas. Foi um jogo morno onde as melhores indicações vieram de Matic.
O castigo de Jorge Jesus foi o golo fora de jogo na Luz que valeu um campeonato, não foram 15 dias de suspensão.
O Benfica inicia na quarta-feira, no mítico Celtic Park, a sua difícil caminhada Europeia, não vejo razões para não acreditar, apesar das muitas dificuldades. Num ambiente absolutamente único, talvez mesmo o mais fantástico e saudável de todos os palcos mundiais de futebol, que venham pontos e golos para as nossas cores. O Celtic é o menos favorito do grupo e por isso aquele com quem é mais importante não perder pontos. Numa altura em que a Escócia está em alta, com Andy Muray e a sua inédita vitória no US Open para gáudio de Sir Alex Fergunson e Sir Sean Connery, bem pode o Benfica travar esta euforia escocesa."
Sílvio Cervan, in A Bola
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