"Foi publicada a classificação dos árbitros: nos primeiros lugares ficaram os árbitros que mais fizeram para que em primeiro lugar ficasse o clube que venceu o campeonato. Perante isto, defendo que o árbitro classificado em primeiro lugar receba um apito de ouro ou, como os tempos são de crise, um apito dourado. Seria justo e adequado.
Por falar em árbitros, estou curioso para ver no que vai dar todo o processo em torno de Paulo Pereira Cristóvão. Particularmente, no que respeita à explicação, certamente competente e convincente, que dará acerca do tal depósito em numerário na conta bancária de um fiscal de linha. Tenho a convicção de que a Justiça portuguesa chegará à peregrina conclusão de que as motivações do senhor eram puramente pessoais e que nada tinham que ver com o clube de que era vice-presidente.
Por falar em despudor, um grupo de deputados da nação convidou para jantar e recebeu, na Assembleia da República, um conhecido dirigente desportivo que acolhe árbitros em casa, para aconselhamento familiar (mais uma das tais explicações competentes e convincentes), na antevéspera de um jogo da sua equipa. No meio de tamanho desconchavo, lá acabei por concordar com o tal dirigente, quando disse que “infelizmente o número de estúpidos não tem diminuído”. Também lamento isso e, perante essa evidência, resta-me esperar, paciente e serenamente, que esse número comece a diminuir… Como escreveu Ary dos Santos, “Isto vai, meus amigos, isto vai”"
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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