"Há o palhaço rico, o palhaço pobre e o palhaço «morcõuê».
Provocador, arrogante, descarado e também muito rico, que, para além de fazer rir os seus fundamentalistas seguidores, se diverte em festas e em regionais comemorações de conquistas duvidosas.
E fala, fala muito, provoca e é deselegante para com as pessoas que o traumatizam sem querer desde a infância. Compreende-se a doença. Este palhaço sempre foi inferior e tem complexos! E há complexos que por muito tratamento psicológico que se faça... não se curam. Vive este palhaço de graves perturbações psicológicas e de vez em quando no meio de um turbilhão de apalpadelas e abraços lá vem a história deste Arlequim!
Este palhaço desgraçado vivia no meio de um triângulo amoroso com Colombina e Pierrôt e teve o condão de fazer rir mais de mil palhaços num salão com as suas declamações e piadas de mau gosto.
«Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo
amor de Colombina
No meio da multidão».
Mas o Arlequim era um enganador. Se não veja-se a definição histórica dessa figurinha: «Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos. Desbochado, adorava pregar partidas aos outros personagens e depois usava a sua agilidade para escapar das confusões criadas».
Os avisos do palhaço Arlequim têm de alertar de uma vez por todas os que não levam a sério estes disfarces. No meio da euforia dizem-se muitas verdades inconvenientes e propagam-se desejos incontidos. Depois há sempre quem faça disso temas desinteressantes.
Não. São muito mais importantes que aquilo que possamos pensar. É preciso estar de olho aberto!"
João Diogo, in O Benfica
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