"A nova temporada trouxe, desde logo, densa polémica em torno da arbitragem.
No ano passado foi o Benfica a vítima do Sistema - que pretendeu decapitar a equipa, então considerada como a principal favorita à conquista do título. Este ano, um renovado Sporting, carregado de aquisições e de esperança, parece ter sido alvo de idêntica estratégica. O ponto em comum é fácil de identificar, e reside naqueles que, sempre que necessário, podem contar com a mão amiga dos seus heróis de estimação.
Como qualquer benfiquista, não gosto do Sporting. Mas, competições à parte, independentemente de uma ou outra declaração inflamada, de um ou outro comportamento condenável dos seus adeptos, reconheço que o nosso vizinho e rival constitui, juntamente com o Benfica, o duo dos maiores clubes portugueses daquilo a que eu chamaria o arco da responsabilidade.
Nos últimos anos, tolhidos por uma rivalidade cega e doentia, por um sentimento de inveja e de ciúme para com o nosso crescimento, e para com a nossa clara superioridade dentro do campo, a postura institucional dos 'leões' foi equívoca, inviabilizando, em momentos históricos determinados, que o Futebol português fosse definitivamente libertado das amarras que ainda o envolvem. Com novos dirigentes empossados, a esperança numa plataforma de entendimento e compreensão comum ganhou novos argumentos, e creio que esta pode ser a altura certa para encetar esse caminho. Até porque o Benfica não pode, nem deve, esquecer o que lhe sucedeu no ano passado, por esta mesma altura.
O combate pela verdade, que o Benfica assumiu sozinho, está muito longe do seu epílogo, e carece de apoios. Será que se pode confiar neste Sporting para, por fim, assumir as suas responsabilidades, deixar de assobiar para o lado, evitar gritos estéreis, e caminhar lado a lado connosco (e com quem mais se queira juntar) nesta difícil luta? Creio que beneficiariam ambos com isso, pois, com resultados decididos apenas pelos jogadores, tanto o Benfica, como o Sporting, ganhariam mais vezes."
Luís Fialho, in O Benfica
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