"Estes otomanos curiosos que festejam o minuto 61 como se de um título se tratasse são disciplinados e perigosos. Mas depois do minuto 61 apenas levaram para se lembrar aquele passe poético em que Aimar isola Nolito e um golo do outro mundo de Gaitán que causou mais dano a estes infiéis que várias cruzadas juntas.
O Benfica fez um óptimo resultado e parte como favorita para a segunda eliminatória, mas ao contrário daquilo que muitos adeptos defendiam, Jesus esteve bem ao tirar pressão ao jogo. Ao colocar a eliminatória com apostas de 50 por cento para cada lado, o treinador manteve a exigência e responsabilidade mas baixou a ansiedade e nervosismo que outra abordagem poderia trazer. Esteve bem, antes e durante o jogo, as substituições foram certeiras, algumas até as faria uns minutos antes na minha condição de 'treinador de bancada'. Um desabafo insolente de quem olhava o banco de suplentes deste jogo; ir ao banco buscar Maxi, Nolito e Witsel não é a mesma coisa que recorrer a Weldon, Filipe Menezes ou Kardec. Este plantel é muito melhor, tem muito mais soluções e com tempo e confiança a equipa também o será.
Na Luz pairava um receio infundado, neste momento o mais decisivo é conseguir pôr os jogadores em níveis físicos bons. O modelo de jogo que Jesus impõe funciona muito bem quando há essa disponibilidade e fica muito exposto quando a equipa está cansada. Para nosso bem, também os turcos estão em pré-época.
Mas se a diesel já jogamos de forma razoável e positiva, esperem para ver a equipa a carburar com gasolina 98 octanas.
Particular alegria por ver novamente Rúben Amorim a jogar com a nossa camisola, recuperá-lo é uma grande contratação.
Lição de profissionalismo aquela que Maxi Pereira nos deu, ganhou a Copa América, foi ver os filhos recém-nascidos e regressou para jogar.
Alguns jogadores são vedetas outros são heróis. Maxi é herói."
Sílvio Cervan, in A Bola
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