"Ter a possibilidade de, como atleta, servir um dos poucos clubes míticos no Mundo deveria ser encarado como um privilégio. Os privilégios agradecem-se.
Recentemente, ao ler o livro que Helena Águas escreveu sobre o seu pai, o nosso José Águas, percebia-se o sentimento de permanente agradecimento que o grande José Águas tinha para com o Benfica, os seus colegas de equipa e os adeptos do clube. A todos, em vários momentos, José Águas agradecia. Além disso, agradecia o privilégio de poder ter servido o Benfica com tal dignidade que acabou por fazer parte do património simbólico de todos nós, benfiquistas.
A vida deu-me o privilégio de trocar ideias, conversar e debater o Benfica com muitos dos que foram (e são) faróis do benfiquismo e exemplos de gratidão para com o Benfica. Desde Nené a Rui Costa, passando por Pietra ou Toni, todos demonstram, nos pequenos gestos, nas expressões que utilizam e nas ideias que veiculam, uma gratidão ao Benfica apenas ao alcance dos que sabem ser humildes na grandeza. São-no naturalmente, sem gestos calculados, sem teatralizar o sentimento, ou seja, são-no genuinamente. Perceberam que, pela sua conduta, passaram a fazer parte da história simbólica do Benfica. E, também por isso, não desperdiçam o privilégio de ficar com as pessoas, os adeptos, os benfiquistas, na sua história.
Alcançar este patamar não se consegue a beijar o emblema, a envergar a braçadeira de capitão ou a fazer declarações de circunstância. Consegue-se com respeito pelo Benfica e gratidão honesta pela possibilidade de se tornar um símbolo para milhões de pessoas. Uns sabem perceber o tempo, o espaço e o modo. Esses são os que ficam. Outros nunca perceberão sequer o tema abordado neste texto. Esses são os que passam."
Pedro F. Ferreira, in A Bola
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