"O duelo contra Portugal, no dia 25 de junho, em Durban, pela última rodada da primeira fase da Copa do Mundo, vai ser especial para Luisão. O zagueiro da seleção brasileira mora há sete anos em Lisboa, se sente em casa nas terras lusitanas. A esposa Brenda Mattar nem tem vontade de voltar a morar no Brasil. A filha Sophia já fala um português com sotaque.
- Ela já diz "queres", chega e fala "dá licença, pá (pai)" - lembra Brenda Mattar.
Não é só a filha de dois anos de Luisão que já incorporou no vocabulário palavras típicas de Portugal. O zagueiro também já fala...
- Guarda-rede (goleiro); golo (gol); avançado (atacante)... no início estranhei um pouco, fiquei meio perdido com as instruções dos treinadores. Mas agora estou acostumado com tudo - garante.
Se perguntar a Sophia qual é o seu clube do coração, ela vai responder de primeira: "Benfica". Aos dois anos, a filha do casal adora ir ao estádio torcer pelo pai e ver a famosa águia, símbolo do time português. Luisão já tem dupla nacionalidade. Adora comer peixe, curte o bom vinho e o azeite português.
- Já tenho o passaporte e agora só falta o bigode (risos). Mas isso nem pensar - disse Luisão, que tem tatuado no antebraço direito o nome da filha.
Ídolo no Benfica, Luisão vai viver uma emoção diferente quando for enfrentar Portugal. Para completar, ele deve enfrentar o amigo Liedson na Copa do Mundo.
- Agora estou bastante identificado com o país, com tudo. É o país que eu vivo, que acolheu toda a minha família. Então não queria que tivesse o duelo. Espero que cheguem os dois países classificados. Mas quero vencer para voltar por cima (risos) - disse Luisão, que é o 19ª personagem da série de reportagens especiais do Jornal Nacional sobre os 23 convocados pelo técnico Dunga.
Aos 29 anos, Luisão está bem adaptado a Lisboa. A família sente-se feliz em Portugal. Em casa, não falta picanha e feijoada. Ao contrário da maioria dos jogadores brasileiros que jogam na Europa, voltar a morar no Brasil não está nos planos.
- São dez brasileiros aqui no Benfica. A gente até brinca que pode virar uma escola de samba.
Luisão é uma pessoa caseira e que adora ficar com a família. No pescoço, o zagueiro carrega um cordão com as letras "L" e "B", inicias do próprio nome e da esposa.
- Fico aqui sem problema. Adoro aqui. Me adaptei super bem. Se ele quiser ficar aqui para sempre, eu fico. Adoro fazer compras (risos). Aqui é muito parecido com o Brasil. A única diferença é que não tem a nossa família. Às vezes só sinto saudade de algumas comidas. E quando está frio, do clima de lá - disse a esposa Brenda.
Luisão, que é fã do Grupo Fundo de Quintal, é de uma família que tem o futebol no sangue. O pai Amaral jogou no Amparo na década de 80 e atualmente é professor de uma escolinha. O irmão Alex Silva faz sucesso no São Paulo, já fez até companhia a Luisão na seleção. E o caçula Andrei está começando a fazer sucesso nas divisões de base do Benfica.
- Só a Andressa se salvou. Minha filha não joga bola. A Andressa, não (risos) - brinca Dona Arlete, mãe do zagueiro.
- São três jogadores de futebol na família. Eu cheguei bem, o Alex Silva também. E o Andrei está começando. A sorte dos meus pais é que a outra é menina (risos). O futebol está no sangue, na genética. A gente acostumava seguir o meu pai. Ele já tinha parado, mas sempre vivia neste ambiente. E a gente foi indo pelo mesmo caminho. Não éramos cobrados pelo meu pai para sermos jogadores. Mas a gente seguiu o mesmo caminho. - completa Luisão.
A família Silva parece combinar em tudo. Os três irmãos não apenas seguiram no futebol como escolheram a mesma posição.
- Só não saiu nenhum atacante para ganhar muito dinheiro. Todo muito joga atrás. A gente sempre preferiu defender (risos) - disse Luisão.
Até no visual, os irmãos Silva parecem estar entrosados. Luisão, Alex Silva e Andrei preferem o estilo "máquina zero".
- As únicas pessoas que têm cabelo aqui em casa sou eu e minha filha. Só as mulheres na família também tem cabelo. Faz muito tempo que comecei a raspar. Desde a Taça São Paulo sou assim. É o meu visual. Acho que também não teve muita escolha (risos).
- Ela já diz "queres", chega e fala "dá licença, pá (pai)" - lembra Brenda Mattar.
Não é só a filha de dois anos de Luisão que já incorporou no vocabulário palavras típicas de Portugal. O zagueiro também já fala...
- Guarda-rede (goleiro); golo (gol); avançado (atacante)... no início estranhei um pouco, fiquei meio perdido com as instruções dos treinadores. Mas agora estou acostumado com tudo - garante.
Se perguntar a Sophia qual é o seu clube do coração, ela vai responder de primeira: "Benfica". Aos dois anos, a filha do casal adora ir ao estádio torcer pelo pai e ver a famosa águia, símbolo do time português. Luisão já tem dupla nacionalidade. Adora comer peixe, curte o bom vinho e o azeite português.
- Já tenho o passaporte e agora só falta o bigode (risos). Mas isso nem pensar - disse Luisão, que tem tatuado no antebraço direito o nome da filha.
Ídolo no Benfica, Luisão vai viver uma emoção diferente quando for enfrentar Portugal. Para completar, ele deve enfrentar o amigo Liedson na Copa do Mundo.
- Agora estou bastante identificado com o país, com tudo. É o país que eu vivo, que acolheu toda a minha família. Então não queria que tivesse o duelo. Espero que cheguem os dois países classificados. Mas quero vencer para voltar por cima (risos) - disse Luisão, que é o 19ª personagem da série de reportagens especiais do Jornal Nacional sobre os 23 convocados pelo técnico Dunga.
Aos 29 anos, Luisão está bem adaptado a Lisboa. A família sente-se feliz em Portugal. Em casa, não falta picanha e feijoada. Ao contrário da maioria dos jogadores brasileiros que jogam na Europa, voltar a morar no Brasil não está nos planos.
- São dez brasileiros aqui no Benfica. A gente até brinca que pode virar uma escola de samba.
Luisão é uma pessoa caseira e que adora ficar com a família. No pescoço, o zagueiro carrega um cordão com as letras "L" e "B", inicias do próprio nome e da esposa.
- Fico aqui sem problema. Adoro aqui. Me adaptei super bem. Se ele quiser ficar aqui para sempre, eu fico. Adoro fazer compras (risos). Aqui é muito parecido com o Brasil. A única diferença é que não tem a nossa família. Às vezes só sinto saudade de algumas comidas. E quando está frio, do clima de lá - disse a esposa Brenda.
Luisão, que é fã do Grupo Fundo de Quintal, é de uma família que tem o futebol no sangue. O pai Amaral jogou no Amparo na década de 80 e atualmente é professor de uma escolinha. O irmão Alex Silva faz sucesso no São Paulo, já fez até companhia a Luisão na seleção. E o caçula Andrei está começando a fazer sucesso nas divisões de base do Benfica.
- Só a Andressa se salvou. Minha filha não joga bola. A Andressa, não (risos) - brinca Dona Arlete, mãe do zagueiro.
- São três jogadores de futebol na família. Eu cheguei bem, o Alex Silva também. E o Andrei está começando. A sorte dos meus pais é que a outra é menina (risos). O futebol está no sangue, na genética. A gente acostumava seguir o meu pai. Ele já tinha parado, mas sempre vivia neste ambiente. E a gente foi indo pelo mesmo caminho. Não éramos cobrados pelo meu pai para sermos jogadores. Mas a gente seguiu o mesmo caminho. - completa Luisão.
A família Silva parece combinar em tudo. Os três irmãos não apenas seguiram no futebol como escolheram a mesma posição.
- Só não saiu nenhum atacante para ganhar muito dinheiro. Todo muito joga atrás. A gente sempre preferiu defender (risos) - disse Luisão.
Até no visual, os irmãos Silva parecem estar entrosados. Luisão, Alex Silva e Andrei preferem o estilo "máquina zero".
- As únicas pessoas que têm cabelo aqui em casa sou eu e minha filha. Só as mulheres na família também tem cabelo. Faz muito tempo que comecei a raspar. Desde a Taça São Paulo sou assim. É o meu visual. Acho que também não teve muita escolha (risos).
-Cabelo só em foto de criança. (o pai de Luisão também raspa o cabelo). Desde os 16, ele começou a raspar. O Alex e o Andrei seguiram o mesmo caminho - conta a mãe Arlete.
Nascido em Amparo, cidade do interior de São Paulo, Luisão teve uma infância sem luxo.
- Tivemos momentos difíceis. E não tínhamos recursos para dar os presentes que eles queriam. O mais importante é a educação, que conseguimos dar bem isso para eles. Essa experiência de vida de que passamos foi muito bom - disse Arlete.
A família Silva morava em uma casa simples em Amparo. Não tinha asfalto. Para sair de casa, os irmãos usavam uma tática para não sujar os pés até acabar a estrada de terra.
- Era quase um quilômetro até o asfalto e, às vezes, a gente queria ir para o centro da cidade. Para não chegar com o tênis cheio de poeira ou de lama quando chovia, a gente colocava um saco de plástico em cada pé. Quando chegava no asfalto era só tirar e chegar com o pé brilhando (risos) - lembra o zagueiro do Benfica.
O futebol era a principal diversão na infância. O problema era arrumar um campinho. Por isso, Luisão improvisava um gol na rua mesmo. Azar de Dona Jacira, a vizinha da família Silva.
- Como era uma rua de terra, sem saída, a gente fazia o gol bem em frente a porta da casa dela, onde ficavam umas flores. A gente acabava com tudo. Batia e quebrava. Mas ela sempre se dava bem com a gente. Era uma ótima vizinha. Tenho que comprar um jardim novo para ela (risos) - lembra Luisão.
- Esses garotos jogavam bola e acabavam com minhas flores. Botei uma cerquinha até para ver se adiantava. Mas eles nunca fizeram malcriação - garante Dona Jacira.
Chamado de Ander pelos pais, outra diversão era colecionar álbuns de futebol. Luisão gostava de imaginar como seria ser famoso e ser uma das figurinhas.
- Falava para meus pais que um dia vou estar aqui. E hoje eu sou uma figurinha. Até brincamos porque saiu um álbum lá e ela logo tirou a minha figurinha.
Agora, o zagueiro é uma figurinha carimbada. Alvo de desejo de fãs por todo o mundo."
in Globo Esporte
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