"Num clube que é, simultaneamente, um dos maiores do mundo, radicalmente democrático e vivido com uma paixão absoluta que a comunicação social amplifica, qualquer incerteza é, imediatamente, um potencial tsunami.
Muito se tem especulado sobre a instabilidade, a indefinição e as possíveis saídas e entradas no plantel. Com a dificuldade extra do treinador em lidar com um plantel mais enriquecido e em definir o seu onze que na época anterior parecia óbvio desde o primeiro dia.
Neste contexto o jogo de Barcelos tinha um potencial de risco elevado e um deslize seria muito comprometedor pelos efeitos que poderia gerar. Felizmente, a equipa não permitiu que isso acontecesse. O Benfica apresentou-se bem, dominou completamente o jogo durante cerca de 60 minutos e chegou com naturalidade ao 2-0, com destaque para Rafa e Di María. Só que, a seguir, consentiu o golo do Gil e a equipa intranquilizou-se e esteve perto de dar galo. Ao contrário de algumas opiniões que vi, Schmidt mexeu bem e valeu a entrada de Musa para repor a tranquilidade e a justiça no marcador.
Uma vitória muito importante sobretudo quando, na próxima jornada, o Benfica recebe na Luz um dos grandes do Minho, o Vitória de Guimarães que, neste momento, é líder. Lidera a par dos crónicos rivais do Benfica que, neste fim de semana, voltaram a ser bafejados pela arbitragem com expulsões perdoadas a Gyokeres do Sporting e Eustáquio do F. C. Porto, para além de uma grande penalidade muito duvidosa, no jogo de Vila do Conde.
Ao contrário da expulsão de Musa no Bessa: situações iguais, decisões diversas."
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