"Rafa era chamado com regularidade à seleção nacional, mas muito pouco utilizado. Depois da derrota frente à Sérvia - em que nem sequer jogou - e a presença no Mundial ter ficado em risco e o lugar do Fernando Santos ameaçado, foi usado como bode expiatório para desviar atenções. A Federação PF pôs a circular o rumor de que o Rafa tinha uma «personalidade complicada» e «falta de compromisso» nos trabalhos da equipa das quinas.
O que se seguiu foi um chorrilho de notícias vergonhosas a colocar em causa o seu profissionalismo e sem que ninguém – repito, ninguém - da Federação PF tivesse saído em sua defesa. Deixaram-no totalmente exposto à condenação em praça pública. Mas eis que, quando nada o fazia prever, o Rafa lhes devolve o golpe, e precisamente onde mais dói. Absolutamente sublime!
O selecionador Fernando Santos, tarde e a más horas, veio desmentir o rumor de forma sucinta, porém, curiosamente, não voltou a convocar o Rafa. E no seu lugar convocava quem? O trambolho de um Otávio, o jogador naturalizado mais desnecessário de sempre para um lugar onde sobejam bons jogadores portugueses. Mas, bem sabemos, havia fretes a pagar...
Desde então, o Rafa sempre fora das convocatórias, com Otávio, Gelson Martins, Trincão, Pote e outros que tais a serem convocados. Só ele saberá o que ouviu e sentiu.
A realidade é que agora, provavelmente na sua melhor forma de sempre, só foi convocado porque o labrego do Otávio se encontra lesionado. O Rafa, e muitíssimo bem, mandou o selecionador à merda. E fê-lo na cara porque pelos vistos tem algo que falta a alguns: orgulho próprio e carácter. Mostrou ser um homem grande e com memória. Deixou-os pousar e enfiou bem fundo. Os meus sinceros parabéns. Tem o meu eterno respeito.
O Rafa merece, indubitavelmente, todo o nosso apoio. Não só pela difícil e corajosa decisão que tomou, como, e principalmente, pelo que tem feito dentro campo com o manto sagrado vestido: luta, joga, marca, assiste. No Benfica, com Roger Schmidt, está nas sete quintas. Festeja os seus golos e - pasmem-se – até é o que mais festeja os golos dos colegas de equipa. É deixá-lo assim por muitos e bons anos.
Por fim, se me permitem a sugestão, proponho que no próximo jogo, no estádio da Luz, ele seja ovacionado e aplaudido de pé. Será o nosso pequeno tributo, uma mensagem de força e respeito, porque ele merece. Tem sido várias vezes injustiçado, e é um dos nossos!"
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