"Para o campeonato, o SL Benfica estreou-se no ano civil de 2021 nos Açores, defrontando o Santa Clara sem 6 jogadores (Jardel, Gonçalo Ramos, Seferovic, João Ferreira, Gabriel e Cervi), todos acometidos de infecção por coronavirus. Na altura, ninguém pensou em adiar o jogo, conquanto o Vitória - Nacional da mesmíssima jornada tivesse passado para o final do mês por 6 atletas vimaranenses terem testado positivo.
A ideia de adiar partidas, só apareceu 3 jornadas mais tarde na recepção ao Nacional, a meio do Grande Surto de Janeiro. Apesar dos precedentes, inclusive dos auto intitulados impolutos de Alvalade, o pedido foi negado e o SLB teve de entrar em campo com o que tinha, onde não se incluía o Diogo Gonçalves que os madeirenses exigiam por empréstimo em troca da alteração da data do jogo.
Meros 7 meses depois, o Fantasma do Covid volta a ensombrar o campeonato e o Santa Clara coloca nos ombros do Moreirense a árdua tarefa de decidir se há jogo ou não. O que mais impressiona nisto é que quase um ano e meio depois do inicio da pandemia, a Liga de Clubes ainda não definiu regras claras e inquestionáveis para a resolução desta questão, atirando para os clubes o ônus da responsabilidade, abrindo portas aos favores e compadrios que tanto minam a transparência do futebol português.
Urge decidir de uma vez se surtos são razão para adiamentos de jogos. Se são, a partir de quantos jogadores? Ou se por outro lado, infecções são lesões, os clubes só têm mais é que se adaptar aos novos tempos e andar com as competições para a frente, como de resto faz a UEFA. Já não é só uma questão de igualdade de tratamento, é mesmo de credibilidade da competição, que precisa de tudo, menos de mais uma zona opaca."
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