"3 décadas de Mão de Vata, o irreprimível gesto técnico que colocou o cautchú em redes gaulesas e nos valeu a última final da competição maior da UEFA. Números redondos deste calibre exigem celebração condigna e já havia rascunho dela. O plano era simples, ousado e arriscado. Simples porque era um jantar com Gloriosos leitores; ousado porque pretendia-se a presença da angolana mão goleadora no repasto; arriscado porque tentaria mover montanhas para contar com a presença de José Carlos Nepomuceno Mozer, o centralão Benfiquistazorro que estava no lado errado da barricada naquele 18 de Abril de 1990.
Mozer foi o único ser humano vestido de branco e azul coninhas a não merecer a desfeita que Vata Matanu Garcia, impulsionado por mais de 120 mil almas, descarregou sobre cabeças marselhesas naquela noite de Glória. Aliás, o brasileiro foi o único ser humano que não merecia ver o seu nome associado àquele pedaço de ignomínia desportiva construído pelo magnata que veio a Lisboa ser baptizado de Bernardette.
O histórico remate de Vata foi com a mão. Não poderia ser com o ombro nem de cabeça. Sem atropelos anatómicos ou desculpas sobre hipotéticos penaltys. Só assim aquele golo poderia pavimentar a estrada para a eternidade e ter a duvidosa honra de dar nome a esta página. Aquele Marselha não se podia ajoelhar de outra forma. Foi uma Chapada se Luva Negra em tromba francesa. Um acto de Justiça Divata. E por isso o Vata nunca vai ser esquecido pelos Benfiquistas... Mozer incluído."
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