"Não é por acaso que a Itália é uma das maiores potências do futebol mundial. Os transalpinos sempre tiveram uma ideia muito clara do que era preciso fazer para manter vivo o clacio, quer através da adopção de políticas adultas, que visaram o progresso da modalidade e do negócio, quer também recorrendo à dura lex, sed lex quando foi preciso meter ordem na casa, nomeadamente nos anos do Totonero e do Calciocaos. Para que se tenha uma ideia do que vale o futebol italiano, bastará dizer que a nível de clubes venceram por doze vezes a Liga/Taça dos Campeões (Portugal tem quatro); por nove vezes a Liga Europa/Taça UEFA/TCF (Portugal tem duas); e por sete vezes a Taça das Taças (Portugal tem uma). No âmbito da selecção principal, Itália tem um título europeu (como Portugal) e sagrou-se quatro vezes campeão do Mundo (Portugal tenta...).
É verdade que na última década houve algum atraso dos clubes italianos, que demoraram a reagir ao ataque das ligas espanhola e inglesa, que monopolizaram os melhores jogadores e também à exemplar organização dos alemães, que mantêm cheios os estádios da Bundesliga. Porém, aquilo a que assistimos hoje é ao regresso pujante da Itália do futebol. Começaram por meter na ordem as tribos mais violentos das claques, passaram, depois, à fase da renegociação dos direitos televisivos e, com os estádios mais pacificados e os cofres mais cheios, abalançaram-se a contratações mais ousadas, de que CR7 é o expoente máximo. Infelizmente, por cá continuam demasiado ténues os sinais de uma defesa da indústria do futebol e os principais clubes continuam entretidos em guerras de alecrim e manjerona."
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