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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Gestos que fazem um grupo

"Um bom treinador faz um grande grupo (em antítese da grande verdade de que só os maus líderes fazem «fraca a forte gente»)

Marcelo Rebelo de Sousa: um presidente à Benfica
1. Completou-se, anteontem, um ano desde a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa. Um Presidente à Benfica (embora seja do Sporting de Braga)!
Parabéns, Senhor Presidente da República!

Unir para formar uma equipa
2. Recentemente, Rui Vitória afirmou (e muito bem) que é de «pequenos pormenores que se fazem grandes equipas».
Como os momentos como os que todos presenciámos, nos últimos jogos do Benfica, a provar a tal união, que ajuda a ganhar.
E o que ele está - novamente - a fazer é construir uma nova e grande equipa.
À semelhança do que aconteceu a época passada, quando a maior parte o olhava com desconfiança e com descrença na sua capacidade de ganhar e de construir uma equipa.
Um grupo!
Aquelas palavras foram ditas num determinado contexto, imediatamente após um gesto de grande profissionalismo, de solidariedade e de entreajuda de um jogador para com um colega seu.
No jogo com o Leixões, para a Taça CTT, quase via postal, Jonas - o marcador habitual de grandes penalidades - cedeu a Mitroglou a marcação de um penalty.
Um gesto que não passou a ninguém em claro.
Como não passou, também, em claro a reacção do banco ao grande golo de André Almeida, nesse mesmo jogo.
Ou, no jogo de domingo passado, frente ao Tondela, os festejos do primeiro golo, após as dificuldades iniciais.
Ou, ainda, e também nesse jogo,pela forma como vibraram com o golão de Rafa - por ter sido, efectivamente, um grande golo, de levantar o estádio, e por ter sido ele, em particular, a marcar... o seu primeiro de muitos (como esperamos) ao serviço do Benfica.
Gestos e reacções que fazem um grupo.
E que significam muito a quem assiste, mas sobretudo para quem os orienta e lidera.
Porque, na verdade, um bom treinador faz um grande grupo (e antítese da grande verdade de que só os maus líderes fazem «fraca a forte gente».)

Benfica - Tondela
3. No passado domingo repetiu-se o que tem acontecido nos últimos jogos. Uma primeira parte com muitas dificuldades para ligarmos os vários sectores - inclusivamente as diversas fases ofensivas - que teve consequências na última linha.
De facto, no primeiro tempo, o Benfica não conseguiu desmontar a estratégia do Tondela.
Mérito para o adversário, que nos criou imensas dificuldades, evitando quase sempre lances de perigo, mas, essencialmente, grandes oportunidades para o Benfica, anulando qualquer tipo de movimentos.
Quase irrepreensível - até a defender, embora não espelhado no resultado - esse Tondela!
Uma equipa muito coesa defensivamente.
Por outro lado, tão decisivo quanto a estratégia defensiva, o antijogo do Tondela, concretizado, sobretudo, pelo seu guarda-redes.
Ao invés, uma segunda parte totalmente diferente: dinâmica e com grande ligação entre sectores.
Como se houvesse todo um novo mundo.
Porque passámos a ter o que nos faltara: as movimentações e... os golos.
Jogando e fazendo jogar.
De forma criteriosa e com grande rigor.
Com pormenores extraordinários.
Só assim se conseguiu ultrapassar a estratégia do adversário - e as várias assistências ao seu guarda-redes (uma por cada 2 defesas... já para não falar na eternidade que precisava para marcar cada pontapé de baliza)!
Com aquele adicional de alma à Benfica, porque - como tenho vindo a dizer - só um Benfica assim, em cada jogo, ultrapassará toda e qualquer adversidade.
Um Benfica feito de jogadores a transbordar de mística - mesmo que não tenham aqui nascido, mas que aprenderam a ser do Benfica - que também farão dessa mesma raça e do seu querer um Benfica (tetra)Campeão.

Os passos de uma longa caminhada
4. Este será o nosso maior desafio: o tetra. E, para que isso possa acontecer, só com um Benfica forte e unido. Sem que seja necessário o Presidente e o Treinador prometerem títulos (até porque, sabemos agora, promessas dessas só no tempo do Apito Dourado... por muito que isso custe a alguns).
Ganhar é o nosso objectivo.
Estamos a meio de uma longa caminhada.
No caminho para o sempre ambicionado tetra.
Com plena consciência dos obstáculos que teremos de ultrapassar.
Sem desvalorizar ou menosprezar nenhum dos clubes que nos irão defrontar.
Mas sabendo que a decisão deste campeonato passará, muito, por Braga, onde iremos na 22.ª jornada, mas por onde passarão todos os outros candidatos nesta segunda volta.
Ainda falta muito campeonato.
E muitos pontos para discutir, para ganhar, perder e recuperar.
O que se avizinha não será fácil.
E se não o será para nós, imaginem para outros candidatos que não jogam nada e cujo plantel vale muito menos que o nosso.
E que vão entrar num ciclo de jogos de enorme dificuldade: deslocação ao Estoril; recepção ao Sporting (o que me vou rir... o Sporting, a partir de agora, a só se preocupar com Braga e Porto, pela aspiração recentemente actualizada) e deslocação a Guimarães.
A tal superequipa, a quem - segundo os próprios - não assinalam 2 penalties, em média, por jogo, ou mais, especialmente quando não ganham... porque jogam muito pouco.
Ou seja, por culpa e incompetências próprias.
Mas com muita permissividade dos árbitros.
Porque nunca os ouvi confessar que foram beneficiados, apenas muito prejudicados quando o normal é acontecer o contrário... como no fim da semana passada.
Com a certeza de que farão tudo o que puderem para nos condicionar, impedindo o nosso treta.
Por isso, não tenho dúvidas: vamos voltar a ter de recorrer ao «olho por olho, dente por dente».
Seja contra quem for.
Acreditem!

Gonçalo Guedes
5. Gonçalo Guedes foi o mais recente menino bonito da Luz, lançado, a par de outros tantos jovens jogadores, a partir da nossa formação.
O menino que se impõe como um dos imprescindíveis da equipa (e dos sócios e adeptos)!
Não obstante as adversidades que foi tendo ao longo do seu percurso, nunca teve receio do desafio.
A par de Bernardo Silva, André Gomes, Renato Sanches, Lindelof, Nélson Semedo, entre tantos outros, fez da ambição, vontade e disponibilidade as suas maiores armas.
Sendo, efectivamente,uma aposta ganha.
Demonstrando que, no Seixal, se consegue conciliar o crescimento com mudança de paradigma, mas, muito especialmente, formação com vitórias.
Esta semana soube-se que Gonçalo Guedes sairia para o Paris Saint Germain.
Continuará a jogar entre os melhores.
E será, certamente, bem recebido por Angel Di Maria, para, nas horas de lazer, procurarem saber novas do seu - deles - Benfica.
Do Benfica, de nós todos, fica a gratidão (mútua, por certo) e a promessa de o queremos ver em Maio, juntamente com Renato Sanches, no Marquês
- Miklos Fehér.
Fez ontem... 13 anos!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

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