"Terminou a fase de grupos das competições europeias de futebol e o balanço português deve considerar-se agridoce.
Por um lado, duas equipas lusitanas acederam aos oitavos de final da Champions, o que coloca a Liga portuguesa muito bem situada, a par de Itália e França, com um representante menos que Inglaterra e Alemanha e com menos dois que a Espanha. Ou seja, só a Liga portuguesa acompanha as Big Five do futebol europeu.
Identificado este lado solar das provas da UEFA na óptica nacional, há que não esconder o lado lunar, frio, escuro e pejado de perigos. Que começa logo pelo facto de não haver portugueses na Liga Europa, um mar onde é normalmente mais acessível pescar pontos que sustentem o ranking da UEFA, onde a posição lusitana é periclitante. Depois, olhando para os números e sem que seja preciso torturá-los, verifica-se que em 72 pontos possíveis na fase de grupos, as equipas nacionais não somaram mais do que 28, o que dá uma percentagem medíocre de 38,8%.
Dito tudo isto, não será possível olhar para o futuro sem a preocupação de quem sabe que a actual situação (esta época está à beira de ser ultrapassado pela Rússia) nos coloca na antecâmara de perder um dos representantes directos na Champions. O quadro emergente remete-nos para uma vaga certa na Liga milionária (campeão) e outra (vice-campeão) na terceira pré. Até hoje, com três crónicos candidatos ao título, havia espaço na Europa rica para todos. O futuro virá mostrar um cenário em que a competição interna será ainda mais feroz."
José Manuel Delgado, in A Bola
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