"De novo, a excitação à volta dos galardões FIFA a atribuir no início do próximo ano. De novo, a dupla Ronaldo/Messi, com um 'jogador de honor' um intruso terceiro para fingir que pode ganhar e compor o ramalhete. E, de novo, os excitados defensores do português e do argentino a clamar pela justiça do seu e a reclamar pela injustiça do outro.
Já aqui o escrevi, mas volto ao assunto. O troféu é quase sempre entregue a um jogador atacante, que marque golos. Os outros fazem parte do colectivo, os atacantes beneficiam do colectivo. As individualidades só quase existem no chamado 'último terço'. O guarda-redes que evita o golo tem menos peso mediático que o ponta-de-lança que o marca. Os defesas centrais e laterais, os médios, sobretudo os defensivos, fazem o 'trabalho sujo',
A história dos 'heróis' premiados assim o evidencia à saciedade. Desde 1956, dos 60 títulos para o melhor jogador do ano (sob diferentes designações, iniciativas e regras) só por uma vez um guarda-redes - o inesquecível Yashin - saiu na frente. Defesas e 'trincos', muito poucos: o indiscutível Franz Beckenbauer (duas vezes), os também germânicos Matthias Sammer e Lothar Mattaus e, há 10 anos, o italiano Fábio Cannavaro. Em suma, em 60 títulos individuais, só 6 (10%), foram atribuídos para 'trás do meio-campo'.
Uma curiosidade: Maradona nunca foi o vencedor, apesar de ter jogado 11 anos na Europa (Barcelona, Napoli e Sevilha)!
Depois da bola de ouro desta semana (tantos troféus existem que, confesso, já os confundo) Cristiano Ronaldo vai vencer, com mérito o da FIFA, ainda que, curiosamente, me pareça que nem ele, nem Messi tenham feito uma época notável."
Bagão Felix, in A Bola
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