"Se eu fosse leitor do jornal do Incrível estaria agora, muito provavelmente, a imputar-lhe a autoria de mais uma avassaladora revelação, mas como nunca li esse periódico presumo que tenha sido através dos diários desportivos que para tal fui alertado. Porém, devo confessar que, infelizmente, já não tenho bem presentes os respectivos contornos. Retenho apenas que era algo de muito, mas mesmo muito inteligente, e ainda mais original. Mas era realmente o quê, em termos concretos? Seria a obrigatoriedade de todas as equipas de futebol terem uma quota para atletas femininas? Não, não me parece. Devia ser qualquer coisa desse género - ou espécie? - mas sei que não era bem isso. Resolvo então tentar averiguar. Logo à primeira tentativa, truz! Bingo! Encontro isto: 'O acordo de patrocínio entre a Liga de Clubes e a multinacional chinesa Ledman foi apresentado esta segunda-feira em Pequim. Em comunicado, a Liga de Clubes refere que «os pormenores da parceria a celebrar entre Ledman e a Liga Portugal serão divulgados em tempo oportuno»'. Não sei quando será esse tempo oportuno. Sei que no dia seguinte se soube algo mais desta epifania: passaria a ser obrigatória a inclusão de jogadores chineses nos 10 melhores classificados da Liga 2. Perdão, da Liga Ledman. Ledman essa que acabou, num segundo momento, por corrigir o primeiro anúncio, falando apenas da intenção de «enviar 10 jogadores e 3 treinadores assistentes para os 10 clubes de topo da Liga 2.» Mas sendo a Ledman uma empresa especialista em optoelectrónica pergunto-me se não seria melhor fazer antes um protocolo com os nossos árbitros? É que se passassem a ver melhor também melhoraria a chamada verdade desportiva. Ainda por cima sendo Proença um antigo árbitro..."
Paulo Teixeira Pinto, in A Bola
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