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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O jogo sem balizas

" «Em qualidade de jogo fomos iguais a nós próprios. Quisemos fazer o nosso jogo de trocas de bola, de posse, de envolvências, de oportunidades de golo. Estamos satisfeitos com a nossa prestação».
Vítor Pereira, a seguir ao clássico da Luz

Esta coisa do Barcelona parece mesmo andar a fazer escola. Cada vez mais o futebol parece ser um jogo sem balizas, em que a maior preocupação é ter a bola o máximo de tempo possível e não correr qualquer risco para chegar à área adversária. Para mim é uma estratégia defensiva. Aliás, alguns jogos com maior posse de bola do Barça foram aqueles mais difíceis em que, a vencer, decidiu congelar o futebol.
Aparentemente, o FC Porto, na Luz queria fazer o mesmo. Vítor Pereira disse (no pouco que falou) que a sua equipa foi igual a si própria em qualidade de jogo. É preocupante se realmente pensar assim. Afinal, em 90 minutos, os dragões fizeram apenas dois remates perigosos - parabéns à eficácia, num lance de bola parada e aproveitando uma oferta de Artur, mas parece-me pouco para justificar a frustração com o empate. Do que vi, o FC Porto fez ainda menos que o Benfica para tentar ganhar.
Realmente, na primeira parte o FC Porto teve muito mais posse de bola que o Benfica e conseguiu anular as principais armas adversárias. Não acho que tenha tido grandes envolvências e muito menos oportunidades de golo, mas enfim. Já quanto à segunda parte faz-me confusão que possa deixar qualquer treinador satisfeito.
E depois admira-se Vítor Pereira que, com registos iguais na Liga, a maior parte das pessoas considere o Benfica mais espectacular - não necessariamente melhor, porque aquela forma aborrecida de jogar é muito eficaz para não sofrer golos. Disse o treinador do FC Porto que o Benfica só sabe jogar no pontapé para a frente. E assim marcou dois golos e teve as duas outras ocasiões do clássico."

Hugo Vasconcelos, in A Bola

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