"Se os clubes nacionais têm de apostar em jogadores portugueses, os jogadores portugueses também têm de apostar nos clubes nacionais?
Joaquim Evangelista disse ontem que Jorge Jesus "fala muito e deve praticar mais", quando afirma ter mais confiança nos jovens do clube do que em jogadores como o mexicano Reyes, contratado pelo FC Porto. O presidente do Sindicato dos Jogadores foi mais longe, acrescentando que "no que diz respeito aos jogadores portugueses não bastam as palavras" e que a aposta neles "é uma obrigação de Jorge Jesus e de todos os treinadores portugueses". Ora, Joaquim Evangelista exagera. Por excesso de zelo em relação aos jogadores que representa, certamente, mas exagera desde logo porque, como é evidente, as obrigações de Jorge Jesus e dos restantes treinadores portugueses são, em primeira instância, para com as respetivas entidades patronais.
A obrigação de Jorge Jesus é ganhar jogos e títulos para o Benfica, de preferência apostando no desenvolvimento dos jovens do clube. Se eles forem portugueses, tanto melhor. Depois, se cedermos à demagogia e admitirmos que os treinadores e os clubes nacionais têm a obrigação de apostar nos jogadores portugueses, teremos de perguntar se os jogadores portugueses também têm a obrigação de apostar nos clubes portugueses. Se, por exemplo, em vez de forçarem a saída para mercados mais rentáveis, mas muitas vezes desportivamente menos ambiciosos - como Chipre, por exemplo -, têm a obrigação de aceitar ganhar menos para ficarem por cá e contribuírem para o desenvolvimento do futebol português."
A obrigação de Jorge Jesus é ganhar jogos e títulos para o Benfica, de preferência apostando no desenvolvimento dos jovens do clube. Se eles forem portugueses, tanto melhor. Depois, se cedermos à demagogia e admitirmos que os treinadores e os clubes nacionais têm a obrigação de apostar nos jogadores portugueses, teremos de perguntar se os jogadores portugueses também têm a obrigação de apostar nos clubes portugueses. Se, por exemplo, em vez de forçarem a saída para mercados mais rentáveis, mas muitas vezes desportivamente menos ambiciosos - como Chipre, por exemplo -, têm a obrigação de aceitar ganhar menos para ficarem por cá e contribuírem para o desenvolvimento do futebol português."
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