"Já não é de aqui e de agora. É universal e já vem de antanho. Falo do complexo que o clube dos viscondes (termo carinhoso com que por vezes denominamos os rivais da Segunda Circular) tem relativamente ao nosso popular Benfica.
Aquilo começou com a birra de quem tinha o dinheiro, mas não tinha o talento para jogar no Benfica e foi pedir ao avô visconde que lhe desse um brinquedo. Aquilo prolonga-se até aos nossos dias. Por vezes, vai sendo negado ou atenuado, mas no fundo resume-se sempre ao mesmo: para nós, o Sporting é um rival; para os sportinguistas, o Benfica é um complexo. Recentemente, Paulo Bento referira-se-lhe (ao dito complexo) com a constatação de que o Sporting entrara em depressão profunda com a pré-época exclamativa do Glorioso, aquando da primeira época de JJ no Benfica. Anteriormente, já João Rocha mencionava que, durante o período Roquette, havia um grupo de notáveis sportinguistas dispostos a subscrever um estranho plano de cooperação e subalternidade com o FC Porto, para afastar o Benfica do sucesso… Este mesmo complexo é visível na forma submissa como encaram a derrota perante os “amigos” portistas e a sanha incendiária (literalmente) com que encaram as sucessivas derrotas frente ao Benfica. Este mesmo complexo está bem patente no facto de terem transformado em efeméride a data dos famosos 7-1, esquecendo que nessa época o Benfica festejou mais uma dobradinha (Campeonato e Taça).
Actualmente, os nossos ainda(?) rivais vão cumprindo mais uma via-sacra no actual campeonato. Após mais uma derrota (agora treinados por um belga que se apressou a dizer que nunca veste roupa… vermelha) que os condenou a estarem um ponto acima da descida de divisão com praticamente um terço do campeonato concluído, qual é a conclusão a que chega o seu representante televisivo Rui Oliveira e Costa? «Vamos em que lugar? No 13º? Se o Benfica estivesse em 14º, a crise era metade. Dói menos, dói menos.» (dito na RTPI). E eis o ‘complexo dos viscondes’ no seu esplendor."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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