"O Benfica defronta em 20 dias de pré-época três campeões europeus. Marselha, Real Madrid e Juventus são ementa de luxo numa pré-época em que o principal objectivo é conseguir chegar ao jogo com o SC Braga em condições de ganhar. Não deixa de ser prestigiante que o clube aqueça os motores contra equipas deste prestígio.
Como não sou de excessivas expectativas, quanto à realização de novas aquisições de jogadores, espero para ver se a qualidade de quem entrou. Não raras as vezes, e em muitas paragens, os reforços saem tremoços. No escuro, e correndo risco sério de me enganar, apostaria em Ola John como aquele que mais alegria nos vai dar. Regra geral os melhores são os que falam menos. Após o Marselha, haverá outra capacidade de análise.
Ontem um amigo dizia-me que no final do jogo FC Porto-Benfica, onde nos sagramos campeões, o aglomerado de jogadores portistas à volta de Carlos Lisboa mais não faziam que lhe pedir emprego. O ecletismo do Benfica e o seu esforço financeiro são cada vez mais dignos de destaque e elogio.
Este debate existe em todos os clubes, mas eu garanto que com metade dos salários de um Cristian Rodriguez ou um Janko qualquer, o FC Porto estaria no top da modalidade.
Sacrificar tudo às mãos do futebol é fácil mas é um erro. Esta tentação não é exclusiva do FC Porto, mas depois de acabar há muitos anos com o Voleibol e Hóquei em Campo, o FC Porto sempre fez gala de manter as suas modalidades a um nível elevado. Para nós benfiquistas ficará o consolo de lembrar o último FC Porto-Benfica com uma alegria imensa, a ver a capacidade destrutiva que as nossas vitórias provocam nos adversários.
Confesso que não rejubilo com o fim do basquete portista, lamento que assim seja, é mau para a competição, para a modalidade e para a cidade.
Académico do Porto e Vasco da Gama, não têm, por agora, condições de estar numa liga profissional."
Sílvio Cervan, in A Bola
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