"Começou atrasado. Dez minutos. Quase acabava no dia das mentiras. Refiro-me, ainda, ao Benfica-SC Braga. Mas, o jogo, desportivamente falando, não foi uma mentira. Bem disputado (o que não é necessariamente o mesmo que bem jogado), com seriedade, sem a overdose de casos que alimentam o espiríto da mediocridade.
O Benfica ganhou o jogo no fim. Como o Braga havia ganho em Olhão nos derradeiros instantes. Tal como o Porto evitou a derrota em casa com a Académica. Sabemos como custa perder nessas circunstâncias e como é saborosa a vitória ao cair do pano. Fruto de uma perspectiva muito nossa que, às vezes, faz acabar o jogo antes do fim, porque o último minuto vale menos do que todos os outros, apesar de ter exactamente a mesma medida de sessenta segundos.
O Benfica ganhou um jogo em que o valoroso adversário teve mais classe do que o clássico Chelsea que, não obstante, saiu vencedor. É assim o futebol e é essa a sua magia inesgotável.
O árbitro errou algumas vezes, mas não foi o astro da noite. Ainda bem.
O Braga evidenciou ser uma equipa que já ultrapassou há muito a mediania de equipa provinciana. Está no lote dos primeiros, ainda que sem iguais pressões e exigência. Oito dos que jogaram na Luz foram dispensados ou dispensáveis nos ainda chamados três grandes. Tem um treinador jovem, sensato, inteligente e que não se esconde em desculpas esfarrapadas de mau perder.
O Benfica demonstrou, com superior orientação, uma grande determinação, superando o cansaço mental e anímico de uma derrota amarga dias antes. Em véspera de Domingo de Ramos: a Jesus o que é de Jesus e a César o que é de César."
Bagão Félix, in A Bola
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