"Se me imaginasse a ser narrador de um jogo de futebol, seria, por certo, despedido sem apelo nem agravo.
A razão é implacavelmente simples: não conseguiria ser ou parecer imparcial nos jogos em que interviesse o Benfica ou seus directos rivais.
Por isso, admiro todos os profissionais que, mesmo com a sua paixão clubísta, são capazes de ser independentes e isentos. Artur Agostinho, assumido sportinguista, é, ainda hoje, o símbolo dessa exigência e capacidade. Mas conheço profissionais que, actualmente, são exemplos desta imparcialidade. Benfiquistas, sportinguistas e portistas.
Infelizmente, também deparamos com quem disso não é capaz. Sobretudo no mais exigente escrutínio, a televisão. O caso recorrente é o da Sport TV. Há lá profissionais que nem sequer disfarçam a sua cor preferida. Por regra, azul. Quando lhes convém, não há repetições de lances duvidosos. Ou, ao invés, há repetições até fartar. Uma mesmíssima falta é «agressão» nuns casos, para nem sequer ser comentada noutros. O penalty, a mão na bola ou o fora-de-jogo, ou são «claríssimos», ou não «podemos tirar uma conclusão». Há tempos, tal eram os nervos do homem que, não tendo a (sua) equipa ganho o jogo, terminou dizendo «com esta vitória...». E no domingo, assistimos a um silêncio sepulcral sobre a insólita marcação de falta e expulsão de Javi Garcia, a palhaçada de Alan, e não só... Uma lástima!
Que venha, depressa, o fim do contrato que, ainda, obriga o Benfica a transmitir os jogos da Luz, na dita Sport TV. E esta, que se funda com o Porto Canal, em circuito mais ou menos fechado. E bom proveito!
ET - Xistra & Cardinal aceitaram arbitrar em Braga, depois de recusas de outros árbitros. Porque será?"
Bagão Félix, in A Bola
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