"Esta é uma das crónicas mais difíceis que escrevo neste nosso jornal. O momento que vivemos exige-o. Nas últimas duas semanas, o nome do Sport Lisboa e Benfica tem sido falado por toda a parte e não por boas razões. A detenção para interrogatório de Luís Filipe Vieira e a suspensão das duas funções enquanto presidente provocaram uma revolução nos nossos dias enquanto benfiquistas. A chegada de Rui Costa a presidente, também.´
Num dia temos como líder o homem que tirou o SLB das profundezas financeiras e desportivas em que vivia no fim do século XX. No dia seguinte, vejo chamar ao cargo mais alto do clube o Maestro, meu ídolo da juventude, símbolo do Glorioso. Seria uma transição perfeita se não tivesse acontecido desta forma.
Não sei o que vem aí, não tenho poderes de adivinhação, não sou advogado nem juíz, não tenho amigos em locais de decisão. Sou um adepto que, acima de tudo, quer o que for melhor para o Sport Lisboa e Benfica. A justiça seguirá o seu caminho, e aguardarei tranquilo pelo desenrolar deste mediático e polémico processo judicial.
Para já, o que desejo é estabilidade e confiança para estas semanas decisivas que temos pela frente. Seguindo a longa tradição democrática do clube, acredito que serão os sócios a decidir o que querem para o futuro. Espero que tomem essa decisão, quando for tempo para isso, com pragmatismo, convicção e verdadeiro amor ao nosso clube. Sem dedos apontados, sem a sobranceira de quem ganha nem a azia de quem perde. Sem vandalismo, sem se esconderem atrás de argumentos que podiam bem ser dos nossos rivais. O tempo é de pensar apenas naquilo que nos une: o Sport Lisboa e Benfica."
Ricardo Santos, in O Benfica
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