"A Casa do Benfica nas Caldas vestiu as ruas da sua cidade de encarnado durante três dias.
'A alma do Benfica sempre foi e sempre deverá ser a sua massa associativa', lê-se na nota introdutória, assinada pelo presidente Borges Coutinho, no Relatório e Contas de 1972. A expressão máxima dessa simbiose entre Clube e sócios ocorreu em Julho de 1972, durante o I Encontro Nacional do Benfica, um evento inédito no desporto português, organizado pela Casa do Benfica nas Caldas da Rainha.
Sem olhar a esforços e com o apoio do Clube, da Direcção-Geral do Turismo e da Câmara Municipal caldense, a cidade da Estremadura viveu uma das mais grandiosas manifestações de 'ideal clubista'. Com o objectivo de se conhecerem e mostrarem a todos 'que somos realmente uma família', o evento reuniu representantes do Benfica além e aquém-fronteiras que fizeram das Caldas da Rainha a capital do Benfica durante três dias.
O vasto e aliciante programa incluía desfiles de núcleos benfiquistas pelos vários pontos da cidade, colóquios onde se discutiram as relações sociais e desportivas do Clube, concursos de cinema amador, sardinhadas na mata Rainha D. Leonor regadas a água-pé e até ofertas para os participantes que se deslocassem à cidade com o meio de transporte mais original!
O ponto alto do Encontro foi a Noite de Chama Benfiquista, um sarau artístico que decorreu no recinto desportivo do Caldas SC, o Campo da Mata. A noite começou com a actuação do coro da Universidade de Ohio (EUA), composto por 150 jovens, seguida de interpretações de folclore da Suíça, Itália, França e Portugal, pelo Orfeão do Benfica. Houve também um momento de leitura de poesia acerca da cidade das Caldas da Rainha e uma actuação memorável de Fernando Tordo. A noite fechou com uma fogueira 'vibrantemente «à Benfica»', ateada pelos campistas do Clube.
Este evento, 'que beneficiou o desporto e o turismo', foi a confirmação de que o Sport Lisboa e Benfica não se confina aos limites da capital e que mesmo os sócios que vivem distanciados do centro 'mantém bem alta e viva a imorredoura chama benfiquista'. Para casa, o Benfica trouxe um emblema com o brasão das Caldas da Rainha, a Medalha de Mérito Desportivo da cidade, com a qual foi agraciado, e 50 mil escudos que conseguiu angariar para a construção da Cidade Desportiva.
Para saber mais sobre o associativismo do Clube, visite a área 16 - Outros Voos, no Museu Benfica - Cosme Damião."
Marisa Furtado, in O Benfica
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