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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Um Benfica sem soluções

"Benfica Europeu é apenas uma miragem, e na antevisão ao grupo feita pelo Maldini (aqui) já havia sido referido que para poder entrar nas contas do apuramento, o Benfica necessitaria de alterações quer à forma de jogar, quer às opções técnicas.
- Também a presença ou não de Seferovic na equipa poderá trazer um Benfica diferente. Numa competição onde se paga muito caro a eficácia, será importante que Raul de Tomas assuma um papel de menor serviço e maior finalização.
- Há potencial individual e principalmente colectivo para enfrentar o grupo com a expectativa de o superar, mas decisões importantes terão de ser tomadas – Quer nas escolhas inicias quer no equilíbrio defensivo da equipa quer nos momentos de transição defensiva, quer sobretudo na opção pelo pressing, que é sempre mais facilmente contornável quanto melhor forem os adversários. 
Naturalmente que nada é garantido quanto à eficácia de possíveis trocas – Nada garantia que fosse um melhor Benfica. A questão de fundo é perceber-se que aquele Benfica que joga por Portugal muito dificilmente poderia aspirar a triunfar num grupo competitivo.
O que se seguirá na temporada muito provavelmente exigirá mudanças a Bruno Lage. O nível do onze inicial do Benfica é baixo – Pizzi é o caso mais visível: Um jogador que porque surge em vários momentos com notoriedade – Golo e Assistência, é tido como um dos melhores da equipa, mas que já desde o jogo da Supertaça vem somando um número de perdas (segundo indicador mais importante do jogo, logo a seguir ao de golos) inacreditável para quem quer jogar no Benfica, bem como uma percentagem de passe baíxissima – Em cima da inépcia nos momentos defensivos! Regra geral, só mesmo muito golo poderá compensar tal “emperramento” da fluidez de jogo e ausência do processo defensivo.
Mas também Seferovic é sempre um elemento com imensa dificuldade para acrescentar ofensivamente. Não consegue devolver uma bola em boas condições, e isso é tão grave e limitativo do processo ofensivo quanto a sua incapacidade em zonas de finalização. E ainda nem se chegou à inexistência (depois da lesão de Chiquinho) de alguém que possa ser eficiente e eficaz no espaço central, entre linhas, na posição de segundo avançado…
Os encarnados não têm nível individual para a prova milionária (onde até vários dos jogadores que se apresentam bem na Liga NOS cedem – Grimaldo, à cabeça), mas têm alguns jogadores com mais potencial de fora do que alguns dos que vêm sendo chamados a jogo – E mesmo para um possível sucesso dentro de portas, parece que será necessário tomar algumas decisões diferentes e difíceis! sobretudo entre os jogadores mais avançados. Embora de momento o cenário não pareça nada animador, quando do banco a primeira opção para a ala é um ineficaz Caio, há dois caminhos a tomar, e um deles Bruno Lage já seguiu um deles na temporada passada, logo que pegou na equipa: 
a) Manter tudo tal como está e acreditar que é apenas uma má fase de uma série de jogadores (que verdadeiramente só tiveram uma / duas épocas de nível alto nas suas carreiras)
b) Inovar, procurando retirar rendimento de novos elementos, deixando cair quem não está a render 
Embora o problema deste Benfica seja bastante mais de natureza individual, e não causado pelo seu treinador, este não tem tempo para lamentos e terá de ser sempre solução. Depois da “noite de núpcias” entre treinador e plantel, surge o momento para o primeiro “rompimento”."

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