"O Papa Francisco, de visita a Moçambique, deu Eusébio como exemplo de superação às novas gerações, alguém que apesar de ter nascido num ambiente desfavorecido, foi capaz de marcar um lugar na história. O desporto tem este condão igualitário, onde o que impera é o talento e o que faz diferença é o carácter, independentemente do estatuto social ou da conta bancária. Através do desporto, terra das oportunidades, tudo é possível e esta mensagem é tão mais relevante quanto as condições de vida forem difíceis. Não foi a primeira vez que um Papa usou o futebol como metáfora para a vida. Em 1983, antes de defrontar a Roma, a equipa foi Benfica foi recebida no Vaticano por João Paulo II, que falou directamente aos jogadores, em português, durante um quarto de hora, lembrando-os da responsabilidade que tinham, associada à vida que lhes era permitida, enquanto exemplos para a juventude. Trinta e seis anos volvidos, este tema não só continua actual, como ganhou relevância. A globalização varreu fronteiras e, para o bem e para o mal, o que os líderes das redes sociais fazem, no instante seguinte, está por toda a parte.
Frederico Varandas deu uma entrevista à Sporting TV onde ficou clara a dimensão ciclópica da tarefa que tem em mãos. Já se sabia que a herança era pesada e que o escrutínio ia ser apertado. Mas, para além de uma explicação demasiado insuficiente quanto aos termos e razões da saída de Bas Dost, houve uma pergunta que ficou por fazer: se o Sporting tivesse ganho ao Rio Ave, Marcel Keizer, apesar de líder na Liga, era despedido? E se não fosse, para onde ia a narrativa de fim de ciclo de Varandas?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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