"Tantos adjectivos elogiosos já foram utilizados para caracterizar o desempenho de Bruno Lage na semi-época da estreia ao serviço da equipa principal do Benfica, que qualquer encómio de sobra soará sempre a redundância. Na verdade, nem mesmo os mais optimistas esperariam tanto, levando em conta encarnada se encontrava no 4.ª lugar a 7 pontos da liderança, tendo ainda se de deslocar ao Dragão, a Alvalade, a Braga e a Guimarães.
Daí em diante, não só venceu categoricamente em todos esses estádios, como recuperou os pontos de atraso, igualou o recorde de golos, e chegou ao ambicionado título. Fê-lo com nota artística elevadíssima, empolgando os adeptos - mesmo aqueles que, não sendo do Benfica, simplesmente apreciem o bom futebol.
O jovem técnico benfiquista não brilhou apenas pelos resultados e pelas exibições. Também deixou marca pelo discurso de humildade e fair-play, bastante distinto daquilo que é habitual no futebol português. Mostrou que para ganhar não é necessário gritar, nem desrespeitar os rivais. Deu um exemplo de desportivismo que não pode deixar de ser sublinhado. Se Lage recolhe hoje o apoio da unanimidade da nação benfiquista, também é preciso dizer que a próxima época lhe trará novos desafios.
Mais do que nunca, o Benfica será o alvo a abater, e todos os restantes treinadores irão esforçar-se por tentar anular o seu modelo de jogo.
Depois de tão sumptuosa estreia, Bruno Lage tem agora a oportunidade de mostrar que o seu êxito nada teve de circunstancial, e que estamos perante um técnico ao nível dos melhores da história do clube e do país."
Luís Fialho, in O Benfica
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