"Olhando para o calendário e tendo em conta o cenário conhecido, a temporada 2018/19 do futebol do Sporting vai ser preparada por Bruno de Carvalho. O dia de ontem aprofundou bastante essa convicção, é nisso que o presidente dos leões está a pensar. Em tese, se o Conselho Directivo do Sporting se demitir, haverá marcação de eleições, que dificilmente deixarão de ocorrer no mês de Julho; se houver Assembleia Geral (AG) para destituição da Direcção, o tempo até que se retome a normalidade será ainda mais longo. Em qualquer das situações, mesmo num quadro de gestão corrente, será Bruno a definir a época leonina de 2018/19.
Aqui chegados, o problema agudiza-se, porque estão esgotadas, na prática, quaisquer hipóteses de relacionamento entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, por um lado, e entre o presidente do Sporting e um número significativo de jogadores com relevância no seio do plantel, por outro.
A entrada de Augusto Inácio (que não se dá com Jesus) nesta equação, assim como a promessa de Bruno de Carvalho de não voltar ao banco, parece ser a prova de que o presidente não pensa em renunciar na reunião de amanhã e está a criar uma narrativa para o futuro. Nestas derradeiras peças do puzzle, uma contradição surge, insanável: não é possível louvar o regresso, com a entrada de Inácio na estrutura, à matriz original do projecto, quando esta mudança foi ditada por uma Juíza de Instrução Criminal.
PS - Jaime Marta Soares tem tentado evitar a guerra civil no Sporting e nem sempre tem sido bem compreendido. Está a realizar um trabalho deveras ingrato mas sem dúvida patriótico."
José Manuel Delgado, in A Bola
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