"A vitória de um Benfica que está com a chama bem acesa chegou num último assomo de fé.
A acção dos baixinhos
1. O Vitória de Setúbal entrou muito bem no jogo e fez um golo logo aos três minutos, por Costinha. Nesta fase, o Benfica errou muitos passes e não dispôs de oportunidades. A partir sensivelmente dos 20 minutos, os encarnados começaram a tomar conta das operações, sobretudo pelo lado esquerdo, com os três baixinhos desse flanco - Grimaldo, Zivkovic e Cervi - a serem decisivos para esse controlo do jogo. O golo das águias, autoria de Raúl Jiménez, apareceu após um excelente cruzamento de Rafa. Até final da primeira parte, o Benfica continuou a dominar o encontro, com uma excelente reacção à perda de bola - Fejsa decisivo.
Sadinos bem trabalhados
2. No início da segunda parte, o Benfica voltou a entrar bem mas o Vitória de Setúbal, sempre muito bem organizado, reagiu a preceito e começou a dividir o jogo e criou duas oportunidades para marcar, com destaque para o falhanço de Edinho. Num Estádio do Bonfim muito bem composto - praticamente cheio - e com um excelente ambiente, a equipa de Rui Vitória sentia, por esta altura, muitas dificuldades em impor-se na partida. Notava-se que os sadinos são uma equipa muito bem trabalhada pelo treinador José Couceiro, com princípios bem assimilados.
Rui Vitória arrisca
3. Rui Vitória decide, então, colocar Seferovic e retirar Rafa, alterando o sistema táctico de 4x3x3 para 4x4x2. O treinador do Benfica arriscou, passou a jogar em dois para dois no meio-campo e o Vitória de Setúbal estendeu-se no campo e criou perigo. Os sadinos acreditavam que, pelo menos, sairiam com um ponto do encontro, mas, numa altura em que Salvio já estava em campo, Jardel a jogar a ponta de lança e Cervi a defesa esquerdo, o argentino sofreu o penalty, convertido por Raúl Jiménez. Foi num último assomo de fé de um Benfica que está com a chama acesa que os encarnados chegaram à vitória.
Jiménez, um cubo de gelo
4. A estratégia do Benfica foi condicionada pela lesão de Jonas no aquecimento, com Raúl Jiménez a ser o eleito para render o brasileiro. O mexicano tem uma forma diferente de estar no terreno, é mais posicional do que o número 10, mas acabou por ser o homem do jogo, ao marcar os dois golos. Destaque para a forma muito fria como converter a grande penalidade já nos descontos, quando todas as emoções estavam perfeitamente ao rubro."
Diogo Luís, in A Bola
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