"Com o campeonato a entrar na recta final e as duas equipas mais fortes a mostrarem do que são feitas, vão começar os números de malabarismo e de contabilidade criativa. Aqueles que se assumem sempre como candidatos, mas que nunca chegam a lado nenhum já apontam a mira a uma improvável conquista europeia no futebol. Diz-se 'areia para os olhos' quando assim acontece. É a melhor forma de desviar atenções de cerca de 20 milhões de euros desbaratados em três épocas numa equipa técnica que não alcançou o objectivo de um clube que vai para 17 anos de jejum no campeonato nacional. Já para não falar do circo do 'quero, posso e mando' que aconteceu na mais recente reunião geral do rebanho desta quase igreja circunstancial do reino da fantasia. Do lado do ainda líder da tabela classificativa começam os problemas. O banco de suplentes está cada vez mais curto devido a surtos gripais colectivos e lesões de fadiga - mas a equipa médica do SL Benfica é que está sempre sob escrutínio.
No outro banco, o do departamento financeiro, já ninguém sabe o que fazer quando, no fim desta época, perceberem que não terminam (pelo quinto ano consecutivo) no primeiro posto da Liga. E, para piorar a situação, as dívidas surgem de todos os lados. É que nem a meio de um jogo de futebol eles podem estar sossegados, tal a urgência de liquidar uma dívida a um clube amigo. A meio do jogo estavam a perder, no intervalo desembolsaram 784 mil euros, e no final, já estavam a ganhar. Isto, sim, é engenharia financeira ao mais alto nível. Daquela a que já nos habituaram em cheques para pagar viagens a árbitros com nomes mascarados ou quando assobiam para o lado sempre que a UEFA fala em fair play financeiro. Não perdem pela demora."
Ricardo Santos, in O Benfica
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