"É de estranheza a primeira reacção ao Walking Football, mas essa reacção logo dá lugar a um quase espanto de 'como é que não pensei nisto antes?', quando nos apercebemos de que, apesar da idade, o jogo da infância está ali de novo à mão de semear, não para ser visto, mas para ser jogado, de novo!
Só podia ser futebol: que outra coisa no mundo mistura gente de todas as qualidades e idades tão diferentes acima de 50 anos? O que tem a Maria, de 93 anos, reformada (mas não retirada), em comum com o José, de 55, ainda a trabalhar pelo bem comum no Exército Português? Por incrível que pareça, jogaram juntos no sintético da Luz, e a equipa trouxe da Holanda um fantástico troféu 'Fair Play' conquistado em pleno campo do SBV Vitesse. Foi uma ocasião especial, na realidade os dois jogam regularmente em equipas separadas: a Maria num grupo mais heterogéneo em que a camaradagem e o desporto espalham saúde e combatem a solidão e as agruras da vida. O José numa equipa competitiva, que evoluiu a cada treino e exige aos atletas que façam o mesmo a andar que os jogadores a correr em campo: jogar, dar espectáculo e marcar golos.
E desengane-se quem ficar a pensar que não há futebol nisto, só porque é a andar e o campo, como as balizas, é menor. Há futebol, sim, senhor... E muito!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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