"Pelo que tenho ouvido de muitos Sócios e de tantos outros adeptos e simpatizantes do Benfica, ao discursar na cidade da Praia da Vitória, na linda ilha açoriano da Terceira no passado fim de semana, o presidente Luís Filipe Vieira terá, porventura, feito uma das suas mais impressivas declarações dos últimos tempos: '-... o Benfica irá libertar todas as garantias (financeiras) que existiam dentro dessa instituição (bancária), inclusive o Estádio da Luz, que passará a ser do Grupo Benfica, sem nenhuma hipoteca'. Escassos quinze anos depois daquela (mesma) quarta semana do mês de Março de 2003, em que nos reuníamos para o derradeiro jogo da Velha Catedral (vencendo por 1-0 o Santa Clara, dos Açores), os Benfiquistas veem, já muito perto, o feliz dia em que agora voltará a ser plenamente seu o novo Estádio. Na nossa história, o antigo Estádio do Sport Lisboa e Benfica constituiu, primeiro, um remoto desígnio demoradamente sonhado; e, depois, o objectivo longamente executado e construído em família, à medida do poderoso desenvolvimento sustentado de que o Clube se foi alimentando progressivamente, com crescentes ambições sempre tomadas realidade. O novo Estádio representaria, logo após a viragem do século, toda uma outra saga, cumprida de um só fôlego, desenhado e logo consubstanciado por dois homens obstinados e incomuns - Mário Dias, o sábio construtor, incansável, e Luís Filipe Vieira, o corajoso empreendedor, arguto e visionário. Se, evidentemente, o Benfica é hoje muito mais do que o seu estádio, visto que começa no coração e se mantém no espírito de cada um de nós - milhões de mulheres e homens geograficamente tão dispersos em toda a parte e por todo o mundo, mas em conjunção indestrutível, a corporizar uma mesma ideia-forte - este conceito do que é, para nós e para Portugal, o Estádio da Luz, o Estádio do Benfica, representa fisicamente muito mais do que qualquer outro equipamento ou instalação patrimonial e constitui o símbolo maior da própria indestrutível união e do amor-próprio dos Benfiquistas. Assim, ao confirmar-nos que, por fim, o nosso Estádio volta a ser, de novo, a nossa Casa comum, só dos Benfiquistas, agora sem intermediários, nem parceiros, sem riscos e sem dúvidas nem dívidas, o presidente Vieira cumpre, mais uma vez, muito, muitíssimo, do que é o próprio Benfiquismo!"
José Nuno Martins, in O Benfica
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