"Argentino marcou em momentos essenciais; Zivkovic cada vez melhor no meio-campo
Nota principal para Cervi
1. Parece-me, logo à partida, justo destacar o papel fundamental de Cervi, autor dos dois primeiros golos do Benfica, qualquer deles em momentos substanciais da partida - no começo, primeiro, e numa fase de reacção ao golo do empate ao adversário, depois - e resultantes de grandes execuções, um remate decidido no 1-0, um livre perfeitamente marcado no 2-1.
Franco Cervi, ademais, voltou a apresentar capacidades singulares, assumindo-se como componente incontornável nesta equipa do Benfica, puxando para ele um estatuto que talvez nunca antes tenha conhecido de águia ao peito.
Zivkovic como Krovinovic
2. Aproveitando o balanço da já terminada análise individual ao argentino segue-se outra, ao sérvio Zivkovic, que voltou a actuar no meio-campo, em lugar que pertencera ao croata Krovinovic até à lesão grave deste. Na verdade, Zivkovic tem demonstrado ânimo na interpretação da tarefa, procurando a bola, pedindo-a aos companheiros, abrindo linhas de passe, arrogando as responsabilidades do jogo sem exagerar em individualismos. O golo que marcou, já no final do encontro - mero ponto final numa história que já estava contada, note-se - serve tão-só para salientar o trabalho do agora médio benfiquista. Zivkovic parece capaz de render Krovinovic no onze com regularidade.
Análise geral: primeira parte
3. No global, o Benfica entrou melhor, jogando de forma audaz, sem permitir ao Portimonense trocas demoradas de bola e muito menos, contra-ataques. Só no final deste período, nos últimos dez minutos, a equipa algarvia deu ar da sua graça; mas o Benfica foi dominador nos primeiros 45 minutos, chegando com mérito ao 1-0, ainda que sem alcançar um resultado mais cómodo do que a vantagem tangencial que tinha.
Análise geral: segunda parte
4. Na segunda parte a equipa da casa mudou o rumo dos acontecimentos. Ou pelo menos tentou. E de certa forma, diga-se, conseguiu. O Portimonense reentrou, empurrando o adversário, conseguindo cruzamentos, cantos, trocas de bola perto da área. O 1-1, nesse sentido, adivinhou-se e cumpriu-se.
Foi então que reapareceu Cervi, contra a corrente do jogo. Aquele livre directo - marcado com precisão de craque - acordou o Benfica para o que faltava. Decisivo na execução e no momento."
Álvaro Magalhães, in A Bola
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