"Júlio César foi um jogador diferente.
Não são necessárias muitas palavras para honrar a passagem de Júlio César pelo futebol. Aquele a quem foi ao longo dos anos atribuído o cognome de “o imperador” despediu-se ontem de uma actividade que fica a marcar a sua vida, saindo pela mesma porta por onde tinha entrado, ou seja, a porta grande.
Permaneceu em Portugal durante quase quatro anos, deixando sempre para as gentes do futebol a imagem de um cavalheiro que se respeitou e soube respeitar os outros.
Por isso, choveram ontem durante toda a tarde e noite mensagens dirigidas ao guarda-redes, provenientes dos mais diversos quadrantes e personalidades, e que só confirmam que a sua carreira nos deixa a imagem de um homem e de um jogador diferente.
Não vale a pena recordar aqui o extenso rol de sucessos que foi acumulando nos diversos clubes e países por onde passou.
Campeão europeu pelo Inter de Milão no tempo de José Mourinho, campeão nacional por diversas vezes, titular indiscutível do escrete canarinho, Júlio César teve momentos empolgantes, e também alguns pelos quais não gostaria de ter passado.
Neste caso, recorda-se, por exemplo, a final do Campeonato do Mundo disputado no Brasil vai para quatro anos, em cuja final sofreu sete golos frente à selecção da Alemanha.
Ninguém sabe se Júlio César vai ou não continuar ligado do futebol, embora tudo pareça apontar que a sua continuidade não passe de uma miragem.
Isso não invalida, no entanto, que aqui lhe deixemos um aceno especial por esta sua passagem por uma modalidade que lhe fica a dever não somente grandes serviços como jogador, mas também, e sobretudo, uma imagem como homem que todos gostaríamos de ver sempre decalcada pelos seus pares."
Meia-final contra a Alemanha.
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