"1. Um estudo do Sindicato Mundial de Futebolistas Profissionais (FIFPro) concluiu que os jogadores estão, no mínimo, três vezes mais expostos à depressão do que a média da população. Entre os inúmeros factores de risco que contribuem para esse estado psicopatológico estão no topo da lista: os litígios surdos com o treinador, fruto de um sentimento de frustração e revolta pela exclusão da equipa titular ou escassa utilização; a incompetência do staff médico e/ou as deficientes estruturas de reabilitação, que prolongam a inactividade competitiva e os impelem depois a não meter o pé, como se diz na gíria; o descontentamento provocado pela desigualdade salarial, por vezes chocante; a pressão interna e mediática a que permanentemente são submetidos; o intenso desgaste físico sem pausas para recuperação...
Em suma, um inferno de vida que os ordenados milionários, os carros de luxo e as beldades que os rodeiam não compensam. Discorde-se ou não, esta foi a conclusão.
2. Segundo a Lei de Murphy (piloto-aviador da Força Aérea dos EUA), «quando uma coisa pode correr mal, isso acontecerá sempre no pior momento possível». Desmontemos agora o puzzle, após um jejum sem fim, a equipa do FC Porto atravessa a fase mais negra dos últimos 40 anos, enquanto a clube vive numa penúria deprimente face a um passado recente. Decisões equívocas, negócios desastrosos e gestão ruinosa levaram a este descalabro, cuja consequência mais imediata é a queda a pique da cotação do plantel. Com este pano de fundo, esperava-se que o sorteio do play-off para o acesso à Champions lhe reservasse um adversário acessível e não o osso mais difícil de roer com o qual dificilmente não ficará engasgado: os italianos da AS Roma. Se querem um exemplo perfeito da Lei de Murphy, ele aqui está."
Manuel Martins de Sá, in A Bola
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