"O Benfica ganhou em Vila do Conde e encurtou a distância que falta para o objectivo principal da época. Ao contrário daquilo que tinha acontecido noutros jogos, não concordo com algumas críticas que ouvi. O jogo era difícil, o Rio Ave uma boa equipa, e o Benfica teve pelo menos quatro ocasiões de golo antes de concretizar. Exceptuando uma cabeçada de Vilas Boas na primeira parte (vi a bola dentro) não houve grande perigo do Rio Ave. Nos jogos que ainda nos faltam, temos que ser melhores e mais demolidores. Não podemos ficar ao alcance de um infortúnio ocasional ou provocado. A nossa margem de erro é não dar margem ao erro.
O resultado que interessa no clássico do Dragão é apenas vencer o V. Guimarães logo à noite (creio que o Sporting ganhará no Porto). Lembro que foi o empate do Vitória frente ao Sporting que empatou as contas de Alvalade, e foi a vitória dos de Guimarães sobre o Porto que os retirou do trilho do campeonato. Isto bastava, hoje, para termos um jogo de vários perigos. Faltam 270 minutos para tornar o sonho realidade. Essa realidade vem sendo sonhada e construída com muito trabalho (outros chamam sorte) desde o início do campeonato.
No estádio dos Arcos viveu-se um ambiente fantástico, onde a maré vermelha mostrou que é tão forte a norte como a sul. Resta agora em nossa casa e na Madeira terminar a empreitada com ainda maior competência. Segunda-feira disputamos uma meia-final contra o Sporting de Braga. É também um objectivo. Não posso entender como chegados a dois jogos de poder conseguir um título se possa facilitar nessa conquista. Aliás, nos últimos sete anos, só o Braga, e numa meia-final mal arbitrada por Marco Ferreira, nos eliminou nesta prova. A Taça da Liga não é o principal, mas é também um objectivo, e no (meu) Benfica não se deitam fora objectivos sem lutar."
Sílvio Cervan, in A Bola
temos, temos, se não se matarem a jogar contra nós.
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