"As contas fazem-se sempre no fim. Essas são as que interessam e qualquer balanço parcial serve apenas como indicador. Mas é, ainda assim, um exercício que vale a pena fazer. Há dois ou três meses a questão nem se colocava: o Sporting estava claramente adiantado em relação aos rivais, numa situação global largamente favorável. Já tinha ganho a Supertaça (ao Benfica), estava na frente do campeonato e, ainda por cima, a jogar um futebol que convencia. O FC Porto, por seu lado, perdia-se nas dúvidas de Lopetegui e o Benfica tentava encontrar-se nas ideias de Rui Vitória. Entretanto, os dragões pioraram e as águias melhoraram. Hoje, com a temporada a meio, o quadro está alterado: o Sporting mantém a liderança no campeonato mas a qualidade do seu jogo tem perdido exuberância, com a agravante de, pelo caminho, ter sido eliminado da Taça de Portugal e também da Taça da Liga. E já antes tinha deixado escapar a Liga dos Campeões.
A surpresa maior acaba por ser o Benfica. Perdeu a Supertaça e foi afastado da Taça, mas tudo o resto navega em clima favorável. Recuperou uma desvantagem que parecia irrecuperável e está a 2 pontos da liderança que poderá valer o tri, continua na Champions e está nas meias-finais da Taça da Liga. Jogando futebol de um nível que, nos últimos tempos, mais ninguém atinge em Portugal. A pergunta tem cabimento: quem está a fazer melhor temporada? Ninguém.
Um dia com más notícias para o Sporting: o caso dos vouchers foi arquivado, o Conselho de Disciplina da FPF anunciou a instauração de um processo a Slimam e, como se não bastasse, Luís Filipe Vieira e Carrillo cruzaram-se numa rua de Lisboa... Bruno de Carvalho é capaz de ter recordado ontem a velha canção de Rui Veloso: «Parece que o mundo inteiro se uniu p' a me tramar!»"
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