"Foi arquivado o processo dos vouchers que tanta tinta fez correr e colocou o Benfica numa posição ingrata. Afinal, a montanha pariu um rato, o acórdão da Liga mostra como as ofertas dos encarnados se enquadram naquilo que a UEFA postula como actos de cortesia e, ainda mais, enfatiza que nem o próprio Bruno de Carvalho acreditava que estivéssemos perante um ato de corrupção. Recordados como o presidente do Sporting revelou o caso - durante um combate de luta livre à moda do parque Mayer contra Pedro Guerra no Prolongamento da TVI - é de espantar, de facto que nem ele acreditasse na teoria da corrupção. Daí a pergunta, que traduz uma preocupação legítima que transcende o arco do sectarismo e advoga uma política saudável que potencie, a indústria do futebol: se nem ele acreditava na tese da corrupção, porque carga de água decidiu carregar de forma tão desabrida contra o Benfica, arrastando o nome do rival pela lama?
A rivalidade entre Benfica e Sporting tem sido, ao longo dos últimos 110 anos, a principal força motriz do desporto em Portugal. Cresceu entre Damião e Stromp, desenvolveu-se nas lutas de Trindade e Nicolau, viu o esplendor dos Violinos e a glória europeia encarnada dos anos sessenta, assistiu a equipas fantásticas dos dois clubes no hóquei em patins, no basquetebol, no andebol, testemunhou o ouro olímpico de Carlos Lopes e Nélson Évora.
Não merecia, esta gesta centenária, o que Bruno de carvalho protagonizou neste lamentável caso dos vouchers. Não merecia a história do Benfica, nem merecia a história do Sporting. Se o presidente do Sporting acreditasse que o Benfica estava a ter comportamentos corruptores, tinha todo o direito de acusá-lo. Mas, porque o fez, se nem ele mesmo acreditava nisso? Uma história lamentável..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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ResponderEliminarComeçou a lavagem-branqueamento em relação á acusação gravíssima de corrupção que o SLB se viu indevidamente acusado.
ResponderEliminarAcordem Benfiquistas