"Há uma já velha anedota que me veio à cabeça a propósito da anunciada (ou abortada?) inclusão de jogadores e técnicos chineses na nossa 2.ª Divisão, por força de um contrato entre uma empresa chinesa e a Liga de futebol. Diz assim: um ministro chinês visitou Portugal e perguntou ao seu homólogo português quantas pessoas residiam cá. O nosso governante lá o informou «cerca de 10 milhões» ao que o ministro chinês, incrédulo, perguntou «ah, sim! Então, em que hotel estão?»
Neste caso, admito que o CEO da Ledman - assim se chama a empresa que vai dar o nome à 2.ª Liga - tenha perguntado a Pedro Proença quantos clubes há por cá. E, perante a resposta, informando da exígua quantidade quando comparada com aquele país asiático, o responsável chinês talvez tenha achado que, devagarinho ou mais rapidamente, poderiam vir «muitos charters da China», assim se concretizando a profecia de Paulo Futre de há anos.
Será que vamos trocar um sistema de quotas de chineses por patrocínios monetários? Tudo em sistema LED, que é o negócio principal do patrocinador, especializado no fabrico de painéis publicitários de alta resolução, utilizados em estádios de futebol?
A reduzida soberania portuguesa a que vamos assistindo em vários domínios fundamentais, até parece começar agora a alargar-se, ainda que muito iniciaticamente, ao mundo do futebol com um patrocinador externo com vontade de impor jogadores, tempo de utilização e técnicos em equipas dos nossos campeonatos. Entretanto, o velhinho Torreense já é chinês.
Pena não haver quotas para jovens jogadores portugueses. Mas isso é outra estória...
Bom dia!"
Bagão Félix, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!