"Na última jornada, o Benfica ganhou um jogo que mereceu perder, o FC Porto empatou um jogo que mereceu ganhar e o Sporting ganhou um jogo que mereceu empatar. A equipa portista continua a ser uma equipa compacta, que sabe ter a bola e circulá-la, mas tem um problema em relação a épocas passadas: permite aos adversários aproximarem-se mais da sua baliza. Há situações de aflição dentro da área do Porto que antes não se viam.
O problema do Benfica é outro: quando parecia ter encontrado a táctica e o onze ideais, eis que Rúben Amorim e Cardozo se lesionam e tudo muda.
Já é azar! Claro que Jesus podia ter tentado manter o modelo, substituindo apenas Amorim (que de dispensável passou a fundamental) por um médio de características semelhantes. E André Almeida poderia ser um bom substituto: veio também do Belenenses, onde jogava a médio, e foi adaptado no Benfica a lateral. Talvez pudesse voltar a jogar no miolo.
Mas Jesus preferiu fazer uma revolução na equipa: voltou a ter só Matic e Enzo no meio-campo, e meteu quatro jogadores à frente – Markovic, Gaitán, Djuricic e Lima – que se embrulharam uns nos outros e não construíram uma única oportunidade de golo.
Não fosse um momento de inspiração ofensiva de Matic e o Benfica podia ter jogado a noite inteira que não meteria golos. Lima está fora de forma, Gaitán, Djuricic e Markovic não podem jogar todos juntos (é nota artística a mais), Rodrigo acabou para o futebol em S. Petersburgo, Cavaleiro está muito verde. Quando falta Cardozo, não há ninguém para marcar.
Ontem, o Porto confirmou o mau resultado de sábado. Hoje é a vez de o Benfica jogar. Se a equipa recuperar o sistema e a dinâmica que mostrou contra o Olympiacos, a conversa será uma; se se mostrar tão trapalhona como contra o Braga, será outra.
Mas não deixa de ser desesperante que, depois de Jesus ter encontrado o “sistema perfeito”, duas lesões – de Rúben e Cardozo – venham estragar tudo. Penso que, sem tantas lesões, o Benfica estaria bem lançado para ser campeão."
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