"Vitória frente ao Anderlecht garante Liga 2.
O Benfica alcançou, 4ª feira, um triunfo histórico, ao impor-se ao Anderlecht (3-2), naquele que foi o primeiro êxito de sempre de uma equipa portuguesa na capital belga, a contar para as competições da UEFA. Mas se, com este resultado, a Liga Europa está já assegurada, a continuidade na Champions League permanece em dúvida. Caberá à derradeira ronda decidir o assunto. Se Benfica, se Olympiakos.
Nova corrida, nova viagem, que é como quem diz, nova partida, nova equipa. Jesus "ressuscitou" Fejsa, que não actuava há já dois meses, e colocou-o a jogar ao lado de Matic, no corredor central, à frente do quarteto defensivo, enquanto Enzo e Gaitán tratavam dos flancos. Como se não bastasse uma tal inovação, a provocar, por arrasto, maiores mudanças, também André Almeida foi chamado, sobre a hora, para substituir, na lateral-esquerda, Sílvio, que não passou no "aquecimento".
O Anderlecht, que está longe da equipa temível que encantou a Europa - assim justificando a irredutibilidade que até agora manteve (em casa) com portugueses - entrou sem complexos, procurando ganhar vantagem, pois só assim poderia alimentar esperanças de prosseguir a sua aventura europeia. E, perante a inoperância ofensiva do Benfica, com Lima e Markovic sem grandes espaços nem inspiração, foram os belgas que se abalançaram mais no ataque.
Mitrovic foi a sua principal referência, obrigando Artur a algumas intervenções, mas também Bruno e Gillet se salientaram. Seria, porém, o central Mbemba a fazer o golo que a sua equipa tanto perseguira, num lance em que, após um canto, há um fora de jogo posicional de outro elemento que o árbitro entendeu não interferir na acção do guarda-redes.
O Benfica reagiu e não demorou a chegar ao empate, com a equipa da casa, estática, a ver Matic cabecear sem oposição, depois de livre de Enzo. O golo, que já era reflexo da subida de rendimento dos encarnados, lançou ainda mais a equipa para a frente, figurino que se manteve no início da 2ª parte, e que conduziu ao 1-2 (Mbemba, p.b. 52'), um resultado que constituía, então, o corolário de um ascendente indiscutível.
Aguentar a vantagem passava a ser o desafio seguinte, mas aí o Benfica sentiu dificuldades no teste, tanto mais que o Anderlecht nunca deixou de acreditar na recuperação. De imediato, entrou Acheampong para revitalizar as acções atacantes dos belgas e, um quarto de hora depois, Vargas, enquanto no Benfica o esgotado Gaitán cedeu o lugar a Sulejmani, outro que foi resgatado ao "exílio", pois há largo tempo que não jogava.
As alterações de um lado e de outro deixavam perceber uma maior agressividade ofensiva por parte do Anderlecht e isso terá determinado o 2-2 (Bruno, 77'), numa fase em que os belgas mais carregavam em busca de um melhor resultado. Mas Jesus ainda não tinha esgotado todas as munições. E, com o meio-campo bem preenchido, arriscou então o ataque com a entrada de outro avançado, Rodrigo.
É verdade que a equipa ainda passou por alguns momentos mais delicados, mas a ambição de uns pode ser a salvação de outros. De tanto se "esticar", o Anderlecht foi apanhado em contra-pé. Lima, Sulejmani e Rodrigo na finalização, construíram o 2-3 mesmo ao cair do pano. Desta vez, e contrariando histórias recentes, Jesus teve um final feliz, que ele, em boa verdade, também fez por merecer. E, para além disso, acabou (honni soit...) com a maldição de Bruxelas."
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