"Foi no último domingo. Na véspera, o Benfica havia batido o Sporting, na Luz, eliminando, num jogo carregado de emoção, o seu arquirival da Taça. Nesse dia, minutos antes, em Loures, aonde resido, outro triunfo vermelho, frente ao Sporting, na modalidade de Futsal.
Ao cabo de uma parte da tarde de convívio, em minha casa, com o Benfica como pano de fundo, quando Luís Filipe Vieira abandonou as minhas instalações, um grupo organizado de jovens adeptos leoninos, dirigiram-lhe, de forma altissonante, alguns impropérios, demonstrando uma deplorável falta de respeito desportivo, para já não falar do devido esguardo institucional.
Morador em Loures, cidade com inúmeros adeptos benfiquistas, registei o acontecimento com particular lamúria. Da mesma forma, sublinho a postura exemplar de Luís Filipe Vieira, incapaz de responder às provocações, assumindo uma postura dignificante para o líder de uma instituição com a grandeza e o carácter do Sport Lisboa e Benfica.
No dia seguinte, o acontecimento foi notícia. No mesmo dia e nos subsequentes, recebi inúmeras manifestações de solidariedade, e repúdio pelos acontecimentos, inclusive de vários aficionados e até sócios de longa filiação na agremiação de Alvalade.
O sucedido vale o que vale. Mas vale, sobretudo, pela serenidade, mais classe de Luís Filipe Vieira. E vale pela selvajaria verbal de simpatizantes do Sporting, clube que tantas vezes apregoa superioridade moral, quando muitos dos seus apoiantes comentam arruaças de absoluta torpeza."
João Malheiro, in O Benfica
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