"No dia seguinte à derrota em Atenas arranjei algum tempo para voltar ao Museu do Benfica. Precisava de lamber as feridas daquela noite europeia tão infeliz e injustamente perdida e ali estava a História, o que fica depois de passarem os homens, deixando, ou não, uma marca sua no tempo. Ali, a História permanece viva, bem como a Memória de quem a fez e até os singelos adereços que ficaram como símbolos: a boina de Vítor Silva, os calções de Nené, o brinco de Vítor Baptista, as luvas de João Alves, as luvas de Manuel Bento, as botas de Eusébio, já agora as lágrimas de Toni.
O Museu do Benfica nunca está visto, há sempre outras coisas para ver mais e melhor, ou simplesmente ver de novo, e desta vez detive-me na primeira sala consagrada aos troféus mais recentes. Alguém avança um número quanto aos troféus do SLB com data de 2013? Eu respondo: 67 troféus das mais diversas modalidades e escalões. É obra! A exposição terá como jóia da coroa a magnífica taça da European League de Hóquei em Patins.
O Museu do Benfica é uma instituição viva que interage com os visitantes e que enquadra a vida e obra do SLB no tempo e no espaço que é o seu, ontem e hoje, Portugal e o Mundo. E sendo o Benfica mais que um Clube, o Museu Cosme Damião é muitíssimo mais que uma muito bem organizada colecção e exposição de troféus, de dados históricos, de áreas temáticas, de curiosidades, de elementos de estudo, servidos por tecnologia admirável. O Museu do Benfica tem alma e o momento mais alto e intenso da Viagem ao Coração Benfiquista é um tónico para dar a volta aos resultados do destino e seguir em frente na vida.
À saída comprei bilhetes para o dérbi da Taça. E fiz muito bem."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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