"1. O Madaleno, ou a Rainha de Inglaterra, como um dia lhe chamou o presidente do Benfica, é figura influente como poucas no xadrez do Futebol. Talvez por isso não se estranhe que surja nas ocasiões de estadão geralmente ladeado por um bispo e por um general (aqui a fazer as funções do cavalo). A idade consome-os aos três de forma dura e duradora, como é próprio da sua crueldade. E assim os recordaremos, inaugurações atrás de inaugurações, celebração de centenário inventado atrás de visitas papais: os três juntos, como num galheteiro.
2. Recordar é o termo certo. Não merece a pena acreditar nas fotografias. O que revelam num dia pode ser apagado no outro. O que vale é que, como dizia Iva Delgado, «a memória nunca prescreve».
3. Profissionalizam-se os árbitros à vontade do dono, tal e qual como se albardam os asnos. A partir de agora, qual será o clube que deseja ser arbitrado por um amador se tem à mão um verdadeiro profissional? E os observadores, passarão a profissionais (esta do passarão vem mais a propósito do que pensei a princípio) ou limitar-se-ão a ser amadores que classificam profissionais? E os piores classificados dos profissionais passarão por sua vez a amadores? E os melhores dos amadores? E o presidente dos árbitros vai ser profissional ou já o é?
Como tudo o que é feito em cima do joelho por gente incompetente ficam perguntas demais sem resposta. Para já, ao que parece, profissionalizam-se meia dúzia. E que meia-dúzia!!! Um oferece a camisola a um adepto do FC Porto; outro festeja títulos martelados com os jogadores e treinadores do FC Porto... E assim corre o futuro da arbitragem. Como o Azeiteiro-da-Cabeça-d'Unto à frente do galheteiro! Afinal é ele quem manda."
Afonso de Melo, in O Benfica
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