"É sobretudo na Europa de Leste (ex-URSS e seus satélites) que há os gloriosos, bélicos e propagandistas genéricos de regime: CSKA (Clube do Exército), Lokomotiv, Torpedo, Spartak, Sparta, Dínamo (Dínamo de Kiev, de Tbilissi, Zagreb e até de Dresden na antiga RDA), Zenit, Estrela (Vermelha de Belgrado ou Steua de Bucareste) Partizan, Rapid (de Bucareste e até de Viena).
Acrescem os relacionados com a origem eslava como Slavia, Slovan assim como Levski, Dukla e Shatar (nome de um antigo sindicato da URSS). Só a Polónia - não por acaso - resistiu a esta avalanche de nomes (apesar de ter o Legia que quer dizer legião) e os magiares pelas características não eslavas do seu idioma (mas tem Vasas...).
Na Europa Central, incluindo a Alemnha há Viktoria e Viktorie para todos os gostos.
Por fim, regista-se a circunstância de quase todos os clubes israelitas serem Hapoel (de Haifa, Jereusalém, Telavive, o que coube em sorteio ao Estoril, Hapoel Ramat Gan, ao todo são 39!), Maccabi (Nazaré, Haifa, Netanya, Tel Aviv, 15 no total!) ou Beitar (Jerusalém e mais 10).
Trata-se de uma divisão algo política e ideológica que, de vez em quando, dá problemas. Hapoel, em hebraico, está ligado à palavra trabalhados e a Histadrut que representa uma poderosa organização sindical de esquerda. Maccabi (conotada com o centro político) advém de um exército rebelde judeu, os Macabeus, e simboliza a resistência. Beitar, conotado com a direita, resulta de um expressão ligada a movimentos sionistas juvenis.
Já o APOEL cipriota é o acrónimo de Athletikos Podosferikos Omilos Ellion Lefkosias, que quer dizer Clube de Futebol Atlético dos Gregos de Nicósia."
Bagão Félix, in A Bola
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