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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Visão: React - Debate

Debate

O Benfica Somos Nós - S05E21 - Tondela...

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Guinness? Só se for cerveja.

250

Backstage | Benfica vs. FC Porto - O Clássico

Entrevista: Ana Catarina

Observador: Decisão - Nuno Gomes ou Humberto Coelho. Um deles será vice-presidente

As conclusões precipitadas das eleições do Benfica


"É apenas certo que Rui Costa e Noronha Lopes foram os mais votados a 25 de outubro e que a 8 de novembro começa tudo do zero. O mais que se disser pode ser manifestamente exagerado.

A esmagadora afluência dos sócios do Benfica nas eleições de 25 de outubro não produziu já um presidente. É, para começar e de uma forma simples, até por tratar-se de assunto que justificaria reflexão maior, um testemunho do interesse massivo num clube que está mais vivo que frágil ou moribundo (como muitas pessoas, dentro e fora do universo encarnado, se esforçaram por defender), de um clube com raízes tão profundas como ímpares na sociedade portuguesa, sem desprimor ou menosprezo por qualquer outro. O recorde internacional de número de votantes nas eleições de um clube desportivo —mais de 85 mil sócios — justificaria, até, uma análise complexa, para a qual nem sequer me sinto habilitado a arriscar.
É, neste momento, apenas certo — para lá desse grande momento de benfiquismo e de civilidade, em circunstâncias que até poderiam abrir caminho a situações complicadas, considerando as diferentes sensibilidades alimentadas, muitas vezes, por populismo, acusações ofensivas e mentes dominadas por radicalismos — que Rui Costa e João Noronha Lopes foram os mais votados e que vão discutir a segunda volta.
Será sempre fácil, já alguns dias passados do ato eleitoral, tirar conclusões precipitadas, mas serão poucas as que podem resistir como um menir à erosão de argumentos. Incontestável, porém, é que Rui Costa ficou mais perto da maioria absoluta que Noronha Lopes ficou de Rui Costa. Cada um, depois, pode espremer os números para que estes possam dizer-lhes o que mais interessa para alimentar diferentes narrativas.
De torturadores de números a quem padece de idadismo, de quem pensa que o Benfica, ou Portugal, é só Lisboa e arredores, a quem vive na bolha das redes sociais, de quem acreditou cegamente em sondagens a quem ficou cego com chegadas coreografadas com direito a foguetório, de quem sofre de soberba a quem sofre de ignorância, são muitos aqueles que lutam por ignorar a realidade da votação. Que, é preciso reforçar, se esgotou naquele dia.
Tanto Rui Costa como João Noronha Lopes, pelas declarações que produziram ainda no domingo, depois de conhecidos os resultados, coincidem, e bem, na ideia de que vão começar do zero, apesar dos diferentes estados de espírito. O primeiro disse que tentaria não perder quem nele votou e tentaria conquistar os outros, o segundo que não daria por adquirido nem por perdido qualquer voto. Não só é o mais prudente e racional como manifesta terem percebido, agora ou bem antes, isso pouco interessa, a complexidade do Benfica, as diferentes sensibilidades de sócios e adeptos.
Até ao dia em que os sócios voltarão a votar, agora para a decisão final, o Benfica jogará com V. Guimarães, no Minho, e Leverkusen, em casa. Há uma semana escrevi que, provavelmente, não haveria alguém que mudasse a intenção de voto pelos resultados recentes da equipa. Continuo a acreditar que acontecerá o mesmo. Já discordo de quem defendeu que os resultados da equipa pouca influência tiveram nos resultados da votação. Entendo que bastaria a Rui Costa outros e melhores resultados (talvez só no fim da última época) para vencer à primeira volta — é apenas uma convicção que ninguém poderá desmentir, nem, na verdade, poderei confirmar.
Para finalizar, o acesso e uso ilegítimo de dados pessoais de que se queixaram alguns sócios é um assunto muito sério que João Noronha Lopes deveria esclarecer melhor. Não tenho a menor dúvida sobre a integridade do candidato e de que está acima de qualquer suspeita, mas não lhe basta dizer que se trata de um não-assunto quando admitiu que «eventualmente algum dos voluntários pode ter passado isso a outra pessoa»."

Benfica: a mãe de todas as decisões


"Há memórias que pesam mais do que vitórias. Rui Costa vive dentro da sua. O ícone que criou protege-o e aprisiona-o, e o Benfica chega a uma encruzilhada de alma. A responsabilidade é tremenda

Rui Costa navega na jangada que é o ícone que criou enquanto jogador, desde a formação ao regresso antes do adeus, do benfiquismo exacerbado que o leva aqui e ali a lágrimas de gratidão, da resistência natural à mudança e do medo do desconhecido. Não foi o pouco que fez e o muito que não fez durante os últimos quatro anos enquanto capitão de um barco abandonado pelos lugares-tenentes um atrás do outro, que lhe garantiram 42% dos votos, nem o projeto populista, aí parecido com os dos outros, ainda que escrito com quatro ou cinco bullets no PowerPoint, que nunca comprometem, e ainda assim alegadamente copiados noutro divulgado bem antes.
Não foram os títulos, não foram as modalidades, não foram as contas, não foi o património criado, não foi o carisma ou a esperança que irradia da sua liderança em definitivamente deixar o quase e conquistar troféus, entregando a hegemonia prometida ao clube. Foi tudo o que está acima e ainda o medo do bicho-papão, que antes era gordo, careca e rasgava contratos, e agora é visto, por algum vidente dos tempos modernos, nos gestos e palavras dos outros cabeças de lista.
Se o futebol português precisa de um Benfica forte, Rui Costa apresenta-se como dirigente medíocre, sem legado, e teima em escapar de ser julgado por este. Noronha Lopes e todos os outros foram já sim julgados pelo que não têm.
A maior parte dos 85 mil escolheu a rotura, já que Vieira também estava contra Rui Costa. Essa é a leitura do copo meio-vazio, por muito que o atual presidente queira beber do meio-cheio. Porque era ele que estava em escrutínio. Mas Noronha Lopes, o mais votado dos outros, falhou. Focou-se demasiado no quanto Rui Costa havia sido mau que se esqueceu de explicar como ele próprio era bom. Foi ingénuo face aos ataques menos corretos de que foi alvo, porém não percebeu que, quando os olhos viravam para si, estava nu. Agora, é o momento de «o quê» virar «como», e de se construir num candidato bem mais forte.
A olhar à distância, depois de ter defendido a mudança e de ver o que esta significou para FC Porto e Sporting, tenho afirmado que Rui Costa não tem condições para mais quatro anos. Mantenho. De qualquer forma, a decisão é de quem vota. Os sócios irão assumir, no dia 8, uma das decisões mais importantes da história do clube, talvez até com novo recorde. E arcar com toda a responsabilidade! Eu respeitarei a minha: a de manter um olhar crítico construtivo sobre o eleito. Seja quem for."

As eleições do Benfica e o descontentamento fiel


"A primeira volta das eleições no Sport Lisboa e Benfica revelou-nos muito, mas acima de tudo um dado que merece reflexão: apesar das críticas, da contestação e da aparente esperança de parte da massa adepta numa alternativa, quem ficou em vantagem foi Rui Costa. O resultado obrigará a uma segunda volta, e, salvo um acontecimento extraordinário, a psicologia do comportamento coletivo aponta para a manutenção dessa vantagem por Rui Costa.
Este não é um artigo que pretenda analisar os resultados das eleições em si, ou a competência ou não competência dos candidatos, nem sequer indicar a melhor alternativa para clube, trata-se apenas de uma análise sobre comportamento. E o comportamento coletivo dos sócios benfiquistas confirma algo que a psicologia há muito estuda: a mudança custa. Mesmo quando há descontentamento, mesmo quando há falhas identificadas, mesmo quando existem alternativas formais, a opção pela mudança apenas ocorre quando se juntam dois elementos: uma crise intensa e uma alternativa de líder carismática capaz de mover as massas.
Rui Costa lidera a Direção e, apesar das críticas sobre a gestão e resultados desportivos, na hora de votar os sócios bateram recordes de participação e aparentemente a tendência poderá ditar a continuidade.
A psicologia explica. E explica bem. O ser humano tem aversão à perda e tendencialmente procura conforto no conhecido. A teoria da aversão à perda, amplamente estudada por Daniel Kahneman, mostra que as pessoas preferem não perder o que já têm do que ganhar algo novo e potencialmente melhor. Esta tendência conservadora não se baseia apenas em lógica racional, mas num instinto emocional profundo. A liderança de Rui Costa, ainda que criticada, representa uma zona de conforto emocional. É o conhecido. Noronha Lopes, por oposição, representa o incerto, e o nosso cérebro não gosta de incertezas.
Por outro lado, não podemos desconectar as eleições do contexto e, estrategicamente em tempo útil, Rui Costa mudou de treinador e não escolheu um qualquer, escolheu José Mourinho. A substituição de Bruno Lage por um dos treinadores mais carismáticos e reputados do futebol mundial alterou completamente o cenário simbólico. Esta decisão teve um impacto emocional evidente, devolveu esperança, mudou o foco da crítica e criou um novo vínculo emocional com os sócios. Do ponto de vista psicológico, esta jogada foi um exemplo claro da utilização do viés de recência: os acontecimentos mais recentes têm mais peso na decisão do que os mais antigos. A chegada de Mourinho, mesmo sem ainda resultados práticos, ativou o imaginário coletivo e reposicionou Rui Costa como agente de mudança, ainda que sem mudar de rosto. Ou seja, este movimento desportivo, mas também estratégico, atenuou qualquer contexto de crise que pudesse estar a emergir.
Adicionalmente, a tomada de decisão sobre a não mudança não se dá apenas pelo contexto, mas também pela alternativa ou falta de uma alternativa mobilizadora como pareceu ser o caso. Os candidatos eram muitos, mas em abono da verdade, com exceção de Luís Filipe Vieira, que já tinha um passado com história (para o bem e para o mal), nenhum dos candidatos apresentava um perfil de liderança carismático capaz de mobilizar massas em prol de uma mudança. A teoria do carisma, proposta por Max Weber, descreve o líder carismático como alguém que inspira, agrega e impulsiona. E a verdade é que a figura vista como potencial alternativa, Noronha Lopes, não conseguiu esse efeito. Começou forte, mas ao longo da campanha e na proximidade às urnas foi reunindo sobre si alguma desconfiança. A política também vive de perceção, e a perceção de falta de clareza ou de consistência compromete a confiança. E a confiança é a base da mudança.
A segunda volta trará um novo momento de decisão, mas a não ser que Noronha Lopes consiga, num curto espaço de tempo, transformar a sua imagem, inspirar confiança e criar uma conexão emocional com os sócios, tudo indica que o desfecho será a confirmação da continuidade.
A grande lição deste processo eleitoral é clara: mesmo quando há vontade de mudança, ela só acontece se for acompanhada de segurança emocional, confiança e identificação simbólica. Caso contrário, para o ser humano, o descontentamento é mais tolerável do que o salto para o desconhecido."

Porque voto Noronha Lopes na segunda volta?


"Para chegar à pergunta do título do texto, sinto-me na obrigação de contextualizar os leitores para a mesma. Como sabem, o Sport Lisboa e Benfica foi eleições no passado dia 25, numas eleições históricas, quer pelo número de votantes (foi atingindo o recorde mundial de mais de 85000 associados), pelo número de candidatos à Presidência da direção (6), pela primeira candidatura independente de um só órgão social (liderada por João Leite e apoiada pelo movimento Servir o Benfica e pela candidatura Benfica Vencerá), mas também pela possibilidade de uma segunda volta, caso nenhum dos candidatos consiga uma maioria absoluta.
E foi exatamente este cenário que se verificou no dia 25, com o Presidente em funções, Rui Costa, obter cerca de 43% dos votos e o segundo candidato mais votado, João Noronha Lopes, obter cerca de 30% dos votos, obrigando, assim, as eleições a ter uma segunda volta, que se realizará no próximo dia 8 de novembro.
Quem me conhece, sabe que votei na lista C, encabeçada por João Diogo Manteigas, mas como não passou à segunda volta, abriu-se-me um dilema: em quem votarei na segunda volta? Após algum pensamento, que já o tinha feito, em análise dos diversos cenários eleitorais prováveis, acabei por decidir o meu voto, que será para João Noronha Lopes. E passo a explicar o porquê.
João Noronha Lopes não representa a mudança que eu considero que o Benfica urgentemente necessita (pessoalmente, considero que o Benfica precisa de uma mudança e uma rutura ao nível de 1926), mas apesar disso, não deixa de representar uma mudança face ao regime que temos instalado no clube desde 2003.
O Sport Lisboa e Benfica está envolvido numa teia de conflitos de interesses e negociatas que apenas prejudicam e têm prejudicado o clube nas últimas décadas. O Presidente em funções, Rui Costa, ao contrário do que se indica, não tenho pouca experiência associativa no Benfica, tendo sido diretor desportivo e administrador da SAD durante cerca de 13 anos, conhecendo bem portanto, as teias que estão envolvidas no clube.
Ao mesmo tempo, Rui Costa foi sempre apontado como o “sucessor natural” de Luís Filipe Vieira, o que NOS leva a pensar qual será o interesse do Rui Costa em acabar com essas mesmas teias (pessoalmente, acho que nenhum).
É verdade que Rui Costa cumpriu uma das suas grandes bandeiras eleitorais, o processo de revisão estatutária, que foi muito participado e do qual eu sinto um profundo orgulho de ter contribuído. Mas logo a seguir, durante mais de 6 meses nunca se ouviu falar de um regulamento eleitoral, sendo que é apresentado em setembro uma espécie de regulamento, quase uma cópia chapado do regulamento de 2021, numa Assembleia Geral em que nem foi permitida a discussão nem a admissão de propostas de alteração ao mesmo documento. Por mais evidente, tornou-se natural que o chumbo fosse inevitável; pessoalmente, considero que foi uma jogada da direção para ter argumentos para se justificar do facto de não ter feito o seu simples trabalho (Sílvio Cervan deve ter estado muito ocupado para não ter tido tempo de fazer um simples regulamento).
Passemos ao plano desportivo, talvez aquele que mais envergonha os benfiquistas - um mandato simplesmente desastroso. Um campeonato, uma taça da liga e duas supertaças em 16 títulos oficiais disputados é manifestamente miserável para a dimensão do Sport Lisboa e Benfica. Um mandato em que existiu um autêntico corrupio de jogadores e treinadores, não sei naturalmente possível a criação de estabilidade num plantel, o que dificulta a manutenção da já pouca cultura ganha dor existente atualmente no clube.
O ponto financeiro também não está em muito melhores condições, pois o Benfica não se conseguiu qualificar para a Liga dos Campeões, uma época em que as contas podem rapidamente descer para níveis vermelhos e preocupantes.
Este é o Benfica do Rui Costa; este é um Benfica que, honestamente, acho que nenhum benfiquista quer ver e, por isso, acima de tudo, não quero que Rui Costa continue à frente dos destinos do Sport Lisboa e Benfica.
E se numa segunda volta, temos uma candidatura de mudança e uma do status quo, quem defende a mudança deve votar nessa candidatura, mesmo não acreditando não há 100%, como é o meu caso, mas sei que o Benfica irá mudar alguma coisa.
Citando Vasco Gonçalves, um grande benfiquista e filho do treinador que venceu o primeiro campeonato nacional de Sport Lisboa Benfica, Vítor Gonçalves: “ou se está com revolução ou se está com reação!! Não terceiras vias nem pode haver neutros”.
Por isso, por tudo o que escrevi acima, no dia 8 votarei João Noranha Lopes. Estarei com ele até ao fim desta corrida eleitoral. Desejo muito boa sorte a Noronha Lopes e que dia 8 seja eleito o 35º Presidente da história do Sport Lisboa e Benfica.
Viva o Velho Clube Campeão,
viva o Sport Lisboa e Benfica"

Aí está Jaime Cancella de Abreu a rebentar com os "PULHAS" todos!! Carrega Jaime!! 👏🏽👏🏽👏🏽


Distinguiria ele Eusébio de Adrien?


"Se determinado candidato à Presidência da República por acaso vencesse as eleições não deixaria de ter piada ver como reagiria às conquistas PORTUGUESAS alcançadas por atletas de origem estrangeira, seja por paternidade ou local de nascimento.
Distinguiria Eusébio (ah, espera, nessa altura Moçambique era Portugal e assim é que era bom...) de Adrien Silva, porque este é loiro e fala francês?
Que faria quando tivesse de condecorar Francis Obikwelu, Pepe ou Pichardo? Claro que com a nova e imprescindível lei da nacionalidade tudo pode vir a ficar mais claro.
Mas mesmo assim já parece tarde para o eventual sonho de ver uma Seleção Nacional integralmente ariana.

De chorar por mais
Blopa nasceu em Cascais. Não sei se os pais estavam cá há tempo suficiente, mas felizmente foi antes desta lei.

No ponto
Tem problemas de calendário (que podem ter solução) mas a verdade é que a Taça da Liga conquistou o seu espaço.

Insosso
Que os dois candidatos restantes à presidência do Benfica elevem o nível que (não) teve a campanha da 1.ª volta.

Incomestível
Não se entende como os jogadores, sabendo que existe VAR, insistem em puxões, empurrões e cotoveladas nas áreas."

BF: Prestianni ganha lugar a Schjelderup?

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - SC Braga viveu outubro de sonho

Observador: E o Campeão é... - Benfica consegue os resultados, mas está a convencer?

Observador: Três Toques - Dois meses sem um copo de vinho? Dá até direito a emoção

Zero: Saudade - S04E08 - A letra D: aqui, Diogo Jota é titular indiscutível

Zero: Fantasy - Jornada 10: Dicas ousadas, ronda de Sporting, FC Porto e Benfica e os retornos

SportTV: Futebol Arte - Nélson Oliveira e Gonçalo Nogueira

Mata Mata - Eleições no Benfica e o treinador sensação: Vasco Botelho da Costa em destaque

Central: Benfica - Inter (1965) | Um Erro Inesperado Que Custou Caro

BolaTV: Lado B #13 - Afinal ainda existe Vini e Virgínia

PortugueseSoccer: Liga Portugal Match Day 10, Benfica Election Surprise, Porto Stays in First, Cristiano 1,000 goals?

ESPN: Futebol no Mundo #504

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

BolaTV: MotoGP - Vira O Disco E Continua A Ser Estranho

Na final four


"O Benfica venceu o Tondela por 3-0 e qualificou-se para as meias-finais da Taça da Liga. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Missão cumprida
José Mourinho considera: "Mais de 50 mil pessoas num jogo dos quartos de final da Taça da Liga, a meio da semana, à noite, acho que é uma coisa fantástica e merecedora de mais da nossa parte. A vitória é normal, é mais que justa, é incontestável, mas eu esperava mais, principalmente na 1.ª parte."

2. Homem do jogo
Considerado o Man of the Match, Lukebakio pensa no coletivo: "Estava à procura do golo para ajudar o meu clube. Para nós, foi muito importante conseguir este resultado em casa, para os nossos adeptos, porque no ano passado ganhámos o título. Acho que é muito importante para o clube ganhar novamente este troféu."

3. Ângulo diferente
Veja, de outro ângulo, os três golos marcados pelo Benfica ante o Tondela.

4. Triunfo no clássico
Em hóquei em patins, o Benfica recebeu o FC Porto e ganhou por 4-2.

5. Outros resultados
Em Malta, o Benfica goleou o Loznica-Grad 2018, por 9-0, no jogo da 1.ª jornada do Grupo 3 do caminho A da Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League.
A equipa feminina de voleibol do Benfica prossegue na qualificação para a CEV Champions League. Na 2.ª ronda obteve o apuramento após ganhar o golden set no reduto do CD Heidelberg Las Palmas.
A equipa feminina de basquetebol foi derrotada, por 109-58, na visita ao BAXI Ferrol em mais uma jornada da fase de grupos da EuroCup Women.

6. Jogos do dia
A equipa B recebe o Paços de Ferreira às 18h00 no Benfica Campus.
Em Malta joga-se a 2.ª jornada da Ronda Principal da UEFA futsal Champions League, com o Benfica a defrontar o Riga (15h30).

7. Contributo internacional
Cristina Prieto está na final da Liga das Nações ao serviço de Espanha.

8. Candidatura ao Guinness World Records
O Sport Lisboa e Benfica pretende registar o maior número de sócios participantes numa eleição de um clube desportivo que, recorde-se, atingiu os 86 297 votantes. O desafio é agora chegar aos 100 mil na segunda volta.

9. Halloween
No dia 31 de outubro (sexta-feira), das 18h00 às 00h00, as portas da Catedral abrem-se para uma experiência única e misteriosa, pensada para todas as idades."

História Agora


Futsal Feminino: 3-0

Lições federativas


"O futebol mundial atravessa uma fase de transformação profunda, projetada em mudanças ambiciosas no calendário competitivo. Uma das novidades mais marcantes este ano foi o Mundial de Clubes que se juntou a outras competições já existentes em termos de seleções, como a Liga das Nações e os jogos de qualificação para o Mundial-2026.
A gestão de carga e a possibilidade de aumento de lesões tem sido tema diário e um dos bons exemplos disso foi a fase final da Liga das Nações de 2025, disputada entre França, Alemanha, Espanha e Portugal. A Seleção lusa foi a menos afetada por lesões entre as quatro finalistas e certamente que esse fator contribuiu para a vitória final.
A relação de confiança entre a Federação Portuguesa de Futebol e os clubes continua a ser um elemento essencial para o bom funcionamento do futebol em Portugal, especialmente no que diz respeito à Seleção sénior principal, bem como ao desenvolvimento de jovens talentos e credibilidade institucional.
A manutenção de contacto entre departamentos médicos e técnicos dos clubes para avaliar o estado físico dos jogadores tem sido uma constante. Provavelmente será a base para sermos ainda mais candidatos a campeões do Mundo. Qualquer problema de confiança que possa surgir quando jogadores regressam lesionados ou em má forma aos compromissos da seleção, atrasam sempre o sucesso comum.
Exemplo recente de uma tensão indesejada tem sido a França, com constantes problemas entre o Paris Saint-Germain (vencedor inequívoco da última UEFA Champions League) e a Federação Francesa de Futebol por convocar jogadores que, segundo o clube, estavam lesionados ou em recuperação. Isto inclui casos recentes de Ousmane Dembélé e Désiré Doué, ambos convocados pela seleção francesa e que ficaram posteriormente lesionados. O Paris Saint-Germain enviou uma carta a pedir protocolo de coordenação médica mais transparente e colaboração mais eficaz entre clube e federação.
Parece fácil concluir que se o jogador está apto a competir, está presente. Caso esteja lesionado, haverá outras oportunidades. Até porque só fisicamente capaz é que será uma verdadeira mais-valia. Mais recentemente, houve outra polémica entre o clube parisiense e a federação, após a dispensa de Bradley Barcola da seleção com diagnóstico de lesão crónica na coxa direita. Essa informação, contudo, não foi de todo confirmada pelo PSG.
Caso recente de um bom exemplo, refere-se à Seleção Portuguesa através do médio João Neves (também jogador do PSG). Convocado numa fase inicial, acabou por ser dispensado da convocatória da Seleção Nacional devido a uma lesão no tendão da coxa esquerda, contraída durante a partida do PSG contra a Atalanta. A Direção de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol, em colaboração com o departamento médico do PSG, avaliou que o jogador não estava em condições físicas para participar nos jogos de qualificação para o Mundial-2026 frente a República da Irlanda e Hungria. Comunicação e colaboração simples e eficaz, não só para as pretensões coletivas como também individuais do atleta. A convocatória para um compromisso de seleção é um momento único e benéfico para todos, mas que exige equilíbrio entre oportunidades, desgaste físico e planeamento para que o jogador, o clube e a seleção tirem o máximo proveito desta parceria.
Existe outro tipo de situações que apesar de poderem estar associadas a uma possível defesa do atleta, têm o efeito contrário. Nicolás Otamendi jogou pela seleção argentina contra a Venezuela em setembro de 2025, apesar de estar lesionado, contrariando a decisão do seu clube. O selecionador Lionel Scaloni confirmou que Otamendi «foi jogar lesionado, às vezes contra a decisão do clube dele, e isso diz muito», destacando a dedicação extrema do jogador ao seu país. Obviamente que este episódio gerou uma grande controvérsia, já que o Benfica nunca divulgou qualquer lesão do jogador, capitão por sinal. A situação levantou questões sobre a comunicação entre o clube e a seleção, bem como sobre a gestão de lesões e o compromisso dos jogadores com as suas seleções nacionais.
Em média, durante a fase de qualificação os jogadores ficam entre 7 a 10 dias afastados dos seus clubes a cada janela temporal de compromissos internacionais. A janela típica contempla a chamada para apresentação à seleção que geralmente ocorre 3 a 4 dias antes do primeiro jogo, para fazerem treinos, avaliação médicas e preparação técnico-tática ao jogo. Normalmente são disputados 2 jogos oficiais por janela, com intervalo de 2 a 4 dias entre eles. Depois do último jogo, os jogadores costumam ter mais 1 a 2 dias para descanso e viagem de volta ao clube.
O desempenho de uma seleção nacional de futebol depende, em grande parte, da qualidade e da condição física dos jogadores que a compõem. É comum observar que as principais vitórias das seleções estão ligadas a uma forte base de atletas que chegam bem preparados fisicamente, muitas vezes provenientes de clubes dominantes nos seus campeonatos nacionais. O ritmo intenso das ligas onde os clubes são campeões também ajuda a preparar os jogadores para a exigência física e emocional dos torneios internacionais.
Quando uma seleção nacional consegue reunir um núcleo sólido de jogadores provenientes de clubes de topo, isso reflete-se diretamente na coesão tática, bem como na capacidade de responder às exigências físicas e estratégicas dos adversários. Por outro lado, lesões ou cansaço físico de jogadores importantes, frequentemente condicionados pelo excesso de jogos nos clubes, podem comprometer significativamente o desempenho da seleção. Há uma interdependência clara.
Uma boa relação entre federações e clubes reforça a necessidade de gerir a carga de trabalho dos atletas, protegendo a sua integridade física e, consequentemente, o desempenho coletivo. Se pensarmos por esta via e considerando que se é campeão do Mundo em pormenores, desta vez levamos vantagem sobre os dois últimos campeões do Mundo: França (2018) e Argentina (2022)."

❤️ O sonho do Gabriel!

O Benfica ainda não sabe quem será o presidente, mas em Otamendi terá sempre um general


"Otamendi chegou aos 250 jogos com a camisola do Benfica, o dobro dos que fez pelo FC Porto, e marcou o primeiro golo da carreira de grande penalidade. A celebração de uma figura intemporal coincidiu com a confirmação de que Lukebakio é o dono do virtuosismo nos encarnados. Nos quartos de final da Taça da Liga, contra o Tondela (3-0), Mourinho fez algumas poupanças, mas nada que atrapalhasse o apuramento para a Final Four

Houve momentos em que nenhuma das 22 cabeças queria ter os pés no campo. O pouco entusiasmo que a Taça da Liga tem para dar advém da oportunidade de desenjoarmos das figuras de sempre. Porém, não pudemos contar com o contributo de José Mourinho para tal refresco.
Otamendi é uma estátua no onze e está há 250 jogos a comandar a defesa. Nem os 37 anos num calendário estreito para o repouso o despregam da equipa inicial. Habituados à sua tatuada presença estamos. Apenas nos causa surpresa vê-lo a marcar grandes penalidades, exercício que a sua mente maturada tem mais do que capacidade para fazer.
A leveza da terceira competição na hierarquia nacional fez com que a mão de Afonso Rodrigues na grande área, mal foi detetada, levasse o capitão a assumir a cobrança do castigo. Fê-lo exemplarmente, anotando o primeiro golo da carreira do ponto níveo nas redondezas da baliza e abrindo caminho para a vitória contra o Tondela (3-0) e o apuramento para a Final Four.
Os argentinos parecem ser os últimos tradutores da linguagem do amor ao futebol. Otamendi jogou num FC Porto muito melhor do que a versão média apresentada pelo Benfica desde que o central chegou à Luz. Vamos esperar pelo que dirá no final da carreira quanto a uma eventual preferência, mas compromisso nunca lhe faltou. Neste momento, tem exatamente o dobro de encontros vestido de encarnado e uma inexplicável conexão ao símbolo. Com o estatuto de campeão do mundo, em certos momentos do percurso, a realidade foi que o Benfica precisava mais de Otamendi do que Otamendi do Benfica, sendo as atitudes do próprio a apelarem ao contrário. A meio de um processo eleitoral, o Benfica ainda não sabe quem será o presidente do clube no futuro. Em Otamendi, terão sempre um general. Com os seus erros, mas um general.
Avesso à ingestão do exemplo, António Silva demorou poucos minutos a demonstrar na receção aos beirões habilidade para ser apanhado desprevenido. O lapso foi corrigido antes do contemplativo Yefrei Rodríguez rematar desde a boa posição que tinha conquistado.
Um meio-campo com Leandro Barreiro nunca vai ser o esplendor da imaginação. Esse capítulo ficou ao cargo de Lukebakio, insistente a soçobrar defesas na ala direita. O contorno de adversários ficou incompleto por culpa de Lucas Cañizares, subtituto de Bernardo Fontes.
O Tondela alterou dez jogadores face à receção ao Sporting para o campeonato. Na passagem que a equipa de Ivo Vieira fez pela centrifugadora, um Félix, genes futebolísticos que o Benfica tanto procurou no mercado de verão, mostrou-se na Luz. Tratou-se de Hugo e não João, o mais cobiçado dos irmãos e aquele que conquistou as bancadas antes de rumar ao Atlético Madrid.
No ponto de desunião entre Brayan Medina e Rémy Vita entravam os passes verticais de Sudakov. A Franjo Ivanovic saíram-lhe frustradas as tentativas de ganhar preponderância em relação ao suplente Pavlidis. Lucas Cañizares ia levando a melhor sobre o croata.
Um centímetro impediu o Benfica de estar à deriva na partida. A assistência de calcanhar com que Lukebakio abrilhantou a jogada concluída por Sudakov foi realizada para lá do enfiamento do árbitro assistente. A equipa de José Mourinho estava a ter um desempenho aceitável. Contra o campeão da II Liga, é certo, mas aceitável. O aumento da margem acabaria por chegar com nota artística à mistura. Richard Ríos quebrou a cintura de João Afonso e serviu Lukebakio para o encosto.
Para não deixar dúvidas de que a posição tem um dono firme, Pavlidis arrebatou mais um golo para a coleção de 13 que já leva esta época. Rémy Vita perdeu a bola onde não devia e Leandro Barreiro, desempenhando o tipo de funções em que pode ser útil, cruzou para o grego.
José Mourinho preferiu claramente cimentar processos do que encontrar novas alternativas. Mesmo com intervenções mais relevantes do que o costume de Samuel Soares, Leandro Barreiro e Ivanovic, o Benfica pressionou o carimbo para deixar uma marca mais nítida em vez de cunhar outro espaço na folha. Foi mais do que suficiente para sobrecarregar a agenda de janeiro com uma ida a Leiria para a Final Four, onde vai defrontar o SC Braga."

SERVIÇOS MÍNIMOS RUMO À FINAL FOUR


"BENFICA 3 - 0 Tondela

00 a fanzone é o meu barómetro. Será que passamos os 40 mil nas bancadas hoje?
15 se só tivesse entrado agora na Catedral não tinha perdido absolutamente nada. Já dei até praqui uns bocejos... se estivesse no sofá em casa já estaria a roncar forte e feio
30 depois de uma jogada individual do Lukebakio aos 18 minutos, que chutou quase na linha para defesa apertada do redes, agora o segundo momento de frisson da noite: uma bojarda do Ivanovic, descaído sobre a direita para mais uma defesa apertada do gajo que, é certo e sabido, vai ser o melhor em campo.
38 um tempão para o VAR confirmar um penalti que o apitador não viu, tal e qual sábado. Não está Pavlidis? El Capitan trata do assunto: um-zero!
47 vieram com ganas para a segunda parte: recuperação alta, Barreiro, Lukebakio com bela assistência de calcanhar e Sudakov de primeira, com o pé esquerdo, dois-zero. O VAR precisa de tanto tempo para validar um golo? Olha, olha, o Lukebakio estava fora de jogo. Um centímetro? Brincadeira...
63 o Tondela joga muito pouco, é verdade, mas o Benfica também não está a ajudar a animar isto. Entraram Prestianni e Pavlidis para agitar o nosso jogo ofensivo. Bem precisamos...
75 no meio de tanto passe falhado e tanta jogada inconsequente, aquele meio metro de gente, 25 nas costas, que corre com a bola como se não houvesse amanhã, cai no goto do tribunal. Vai colecionando boas jogadas que tem invariavelmente concluído com passes para os gajos de camisolas pretas.
Passámos os 50 mil!!! Ninguém bate os adeptos do Benfica! Mereciam um jogo melhor.
82 olhem lá o patinho feio Ríos: um tró-ló-ló, outro tró-ló-ló, toma lá Lukebakio que andas à procura do golo. Dois-zero! E não demorou nada para o apitador lhe dar um amarelo, ao Ríos, está de acordo com o nosso futebol de estufa.
90+1 o Samu também gosta de tró-ló-lós!
90+4 e o Pavlidis ainda foi a tempo de molhar a sopa. Este é fera, não há volta a dar-lhe. Sai uma vénia aqui do meu lugar de fundador.
90+6 serviços mínimos rumo à final four. Sábado espera-se melhor em Guimarães, sábado precisamos de melhor em Guimarães."

Organizado, o Benfica está. Mas só muito de vez em quando joga à bola


"Vitória sem contestação sobre o Tondela, mas com poucos remates e ainda menos momentos de encantar

O Benfica está na final four da Allianz Cup, mas a vitória por 3-0 sobre o Tondela com que lá chega esteve longe de encantar.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, José Mourinho dissera que nesse dia as águias só trabalharam organização ofensiva. Organizados, realmente, estiveram, nestes quartos de final da Taça da Liga. E a vitória foi mais que justificada, considerando que a equipa de Ivo Vieira, mesmo não tendo ido à Luz com bloco muito baixo, ou só preocupada em defender, não criou um lance de golo. Mas faltou bom futebol, e num jogo perante um adversário mais forte, o pouco que o Benfica cria raramente dará para marcar e, consequentemente, vencer.
Mas talvez a organização seja o primeiro passo. A forma como as águias souberam reagir à perda de bola, matando à nascença a maior parte dos contra-ataques do adversário – com Barrenechea, nesse capítulo, em papel de destaque –, é uma mudança refrescante em relação ao que se viu nos últimos tempos na Luz.
Faz sentido que Mourinho comece por aí. Mas é bom que não demore a dar o passo seguinte, o de pôr a equipa a jogar à bola.
Sim, o Benfica teve momentos muito bons. O golo anulado pelo VAR por fora de jogo de um centímetro, por exemplo, a abrir a segunda parte, é uma bela jogada coletiva, com Barreiro a servir Lukebakio e o belga a dar de calcanhar para a finalização de primeira de Sudakov.
O 2-0, de Lukebakio, também – não só as fintas de Ríos na área, mas a forma como o colombiano ganhou espaço para arrancar, em combinação com Pavlidis e Barreiro.
Mas foi quase tudo. Sim, há um bom passe de Aursnes a desmacar Ivanovic aos 30’, com remate cruzado do croata para boa defesa de Cañizares. E há o terceiro golo, recuperação de João Rêgo em zona avançada, cruzamento imediato de Barreiro e finalização perfeita de Pavlidis.
Mas são momentos de qualidade individual, mais do que futebol coletivo. E poucos mais houve.
Aliás, para um Benfica que mudou apenas cinco jogadores no onze, e os que lançou de novo têm sido utilizados com regularidade, não eram corpos estranhos (mesmo assumindo a importância de Pavlidis ou Ríos na equipa), chegar ao fim do jogo com apenas 11 remates contra os suplentes do Tondela (só Medina tinha jogado de início contra o Sporting, para a Liga, no domingo, e saiu lesionado ao intervalo…) é pouco, muito pouco.

Penálti caído do céu
E convém não esquecer a forma como a história do jogo sorriu ao Benfica: com um penálti caído do céu, aos 41’, por mão de Afonso Rodrigues.
A análise da correção da decisão do árbitro deixo para Pedro Henriques, comentador de A BOLA. Mas não gosto de um futebol onde faça sentido aquilo ser penálti. O extremo do Tondela é atropelado por Barreiro; tem o braço aberto, porque está a equilibrar-se no domínio da bola, mas o médio do Benfica está a menos de meio metro dele quando toca a bola na direção da mão de Afonso Rodrigues. O árbitro, na justificação da decisão, referiu que o braço não estava em posição natural; o que não é natural, para mim, é que os árbitros tenham agora de ser especialistas em mecânica do movimento para perceber o que é natural ou não…
Otamendi converteu, trazendo até alguma recompensa justa às águias, que sem terem feito muito já tinham estado perto do golo por Lukebakio e Ivanovic. 
Aquele golo brilhante anulado por um centímetro logo a abrir a segunda parte (48’) deu esperança aos mais de 50 mil adeptos que foram à Luz de que o jogo pudesse melhorar de qualidade nos derradeiros 45 minutos. Infelizmente, não foi o caso. Tirando um remate cruzado, um pouco ao lado, de Ivanovic, aos 59’, só na reta final a partida animou, já com Pavlidis, Ríos e Prestianni em campo e com o Tondela a tentar arriscar (na mesma sem criar perigo) um pouco na procura do empate.
Foi isso que deu espaço para o ataque rápido do 2-0, foi isso que ajudou à recuperação em zona ofensiva para o 3-0. Um resultado demasiado gordo para quem tem organização mas pouco futebol."

Pavlidis pintou a cor um filme a preto e branco


"A exibição do Benfica só escapou ao cinzento a meio da segunda parte, com a entrada do avançado grego. Não foi jogo para grandes exibições individuais, ainda que o Tondela pouco tenha ameaçado no ataque

Melhor em campo: Vangelis Pavlidis, 7
O resultado marcava 1-0 aos 64 minutos quando Pavlidis teve ordem para substituir Franjo Ivanovic e entrar em campo. Além do resultado incerto, o Benfica também parecia ter perdido um pouco o controlo da partida, com o Tondela a aproximar-se mais da sua área. Não foi imediato, porém a equipa de José Mourinho ganhou com o passar do tempo uma referência mais próxima — em termos territoriais e de ligação — do que o croata, capaz de segurar a bola e combinar, alimentando cada vez mais transições. Aos 83', participa ativamente na jogada do 2-0, na qual contribuem ainda Barreiro, Rios e Lukebakio, e no quinto minuto de compensação marcou, de primeira, o terceiro da sua equipa, agora a passe do luxemburguês. No tempo em que esteve em campo fez quase tudo bem.

SAMUEL SOARES (5) — Noite calma. Controlou a profundidade e só fez uma defesa, a fechar.

AURSNES (6) — Dos primeiros a animar o ataque. Lançou Sudakov (4'), que não finalizou, e Ivanovic (30'), com o croata a obrigar Cañizares à primeira boa defesa, e apareceu ele mesmo na frente, como quando não segurou passe letal de Lukebakio, já na área (21'), e não aproveitou a bola longa de Otamendi para cruzar bem para Ivanovic (32'). Sempre em jogo.

ANTÓNIO SILVA (5) — Estava atrasado na jogada mais perigosa do Tondela na primeira parte, num raro erro de Aursnes, que não segurou a bola de frente para a própria baliza. Valeu-lhe a lentidão de Yefrei Rodríguez e a recuperação do resto da equipa. De resto, noite descansada.

OTAMENDI (6) — Disse a Mourinho que queria jogar e carimbou o 250.º encontro pelas águias com o 1-0, de penálti, num pontapé cheio de confiança e manha suficiente para enganar Cañizares. Sempre perigoso nas bolas paradas ofensivas. Lá atrás, tranquilo qb.

DAHL (4) — Nova exibição cinzenta do sueco. Cumpre no seu papel na organização defensiva, porém, mais à frente, é incapaz de desequilibrar. Deixou muitas vezes Schjelderup demasiado só, a lidar com dois ou três rivais pela frente, o que obrigava o norueguês a reciclar muitas vezes a posse.

ENZO (6) — Dominador na maior parte das ações, percebe-se a importância que tem não só como referência defensiva, mas também como elemento determinante para o desdobramento da equipa para o ataque. O passe sai-lhe sempre redondo do pé direito, mas precisa de trabalhar o pior, o esquerdo, e também o excesso de confiança.

BARREIRO (6) — Ofereceu-se à construção e sempre que não o pressionaram ligou-se com os colegas como na jogada do golo anulado por 1 centímetro (!) aos 48' ou mesmo no 2-0, todavia, quando mais apertava à sua volta mais hesitava e a equipa não progredia. Sem bola, voltou a fazer movimentos de rotura para a área, a fim de surpreender, contudo esteve bem vigiado. Ainda assistiu Pavlidis.

LUKEBAKIO (6) — A equipa reconhece-lhe destreza no 1x1 e chama-o muitas vezes a esses momentos, ainda que nem sempre com o espaço necessário para que tenha maior sucesso. Duas boas jogadas no primeiro tempo: aos 13', ultrapassou o rival direto e não conseguiu encaixar o passe com a diagonal de Schjelderup e, seis minutos depois, fintou Vita e rematou contra o corpo de Canizares. Desapareceu até marcar o 2-0, numa simples tapinha.

SUDAKOV (6) — Parece crescer em confiança a nível do passe de rotura. Grande desmarcação de Aursnes aos 23, muito bem a servir Ivanovic perto do intervalo e a libertar Schjelderup antes da hora de jogo. Injusta a anulação do golo que marcou, pela beleza da finalização com o pé esquerdo.

SCHJELDERUP (5) — Demasiado só para poder ter impacto no ataque posicional, ainda que tenha tomado algumas más decisões quando apareceu a conduzir transições. A sua melhor iniciativa surgiu aos 59', quando serviu Ivanovic para o tiro.

IVANOVIC (5) — É avançado de explosão no remate, porém teve guarda-redes atento pela frente aos 30' e, aos 59, atirou ligeiramente ao lado. Pouco alimentado, ainda assim trabalhou.

PRESTIANNI (5) — Mexe sempre com o jogo, pela velocidade que acrescenta, mas precipita-se na tomada de decisão.

RÍOS (6) — Entrou muito bem no encontro. Já depois de carregar a bola em alguns ataque, virou do avesso Afonso Silva antes de oferecer o golo a Lukebakio e ainda obrigou Cañizares a bela intervenção.

JOÃO REGO (-) — Cinco minutos em campo.

TOMÁS ARAÚJO (-) — Entrou para ser lateral e dar um pouco de descanso a Aursnes."

Benfica Podcast #573 - 2 Wins and a Delay

Terceiro Anel: React - Mourinho...

Zorlak: Tondela...

Esteves: Tondela...

BI: Rescaldo - Tondela...

Vinte e Um - Como eu vi - Tondela...

Terceiro Anel: Tondela...

BF: Tondela...

5 Minutos: Tondela...

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Vermelhão: Tranquilidade chegou tarde...

Benfica 3 - 0 Tondela


Vitória na Taça da Liga, em jogo morno, mas com um resultado justo, que pecou pelos golos da confirmação terem chegado tarde... O Benfica fez algumas alterações, o Tondela também alterou muito, acabou por montar um esquema mais defensivo, o que acabou por evidenciar as dificuldades do Benfica, a atacar blocos mais fechados!

No 2.º tempo, com a entrada de alguns titulares, e com o Tondela a arriscar um pouquinho mais, acabámos por jogar melhor, em transições, com espaços, marcando dois excelentes golos...

Teria sido muito arriscado mudar demasiado o 11, mas discordei da titularidade do Otamendi, independentemente dos números redondos, o António deveria ter sido titular... O plano passaria por resolver o jogo cedo, e depois substituir alguns titulares, mas com os golos a surgirem tarde, a gestão ficou mais complicada...

O MVP foi o Lukebakio, pelo toque de magia que dá aos lances, mas se calhar não merecia o prémio! A verdade é que não houve jogadores em grande evidência! Eu até gostei do Barreiro que dentro das suas limitações esteve muito bem, com participação nos golos...!!!


O penalty assinalado pelo VAR, é duvidoso, pessoalmente não concordo com este critério, mas é consistente com os penalty's assinalados a favor dos Dragartos! O golo anulado ao Sudakov, por fora-de-jogo de 1cm foi completamente absurdo (Vasco Marques foi o AVAR, fixem o nome, vai longe seguramente...)!


Mas a cereja em cima do bolo, foram mesmo as jogadas onde os jogadores do Benfica foram rasteirados e o árbitro assinalou falta contra o Benfica!!!


Agora, no Sábado, com menos de 72 anos, temos jogo em Guimarães. Um Vitória mais fraco do que tem sido habitual, mas mesmo assim uma equipa sempre complicada em casa. Ainda por cima, no início do Inverno chuvoso! Pessoalmente teria adiado este jogo com o Tondela, mas... A margem de erro é inexistente, com o Pinheiro no apito, o grau de dificuldade ainda será maior...

Liderança reforçada...

Benfica 4 - 2 Corruptos

Vitória, mais uma vez sofrida, sem necessidade. Cheirou a goleada, mas no 2.º tempo, com os apitadeiros a empurrarem os do costume, acabámos por garantir a vitória, nos últimos segundos, com o golo da tranquilidade...

Goleada em Malta...

Benfica 9 - 0 Loznica

Obrigação cumprida em Malta, na estreia da Ronda Principal na Champions do Futsal!
Até nestes jogos mais fáceis se nota as melhorias na consistência da equipa...

Agora segue-se o Riga, provavelmente a equipa mais complicada nesta fase.

Sofrimento...

Las Palmas 3 - 0 Benfica
Golden Set: 0-1
25-18, 25-19, 25-17
10-15

Depois da vitória na Luz, creio que as jogadoras pensaram que a eliminatória estava encaminhada, e as Espanholas mais bem preparadas, e com muita atitude defensiva, acreditaram e acabámos por fazer um mau jogo...
Com a salvação a chegar no Golden Set!

Depois da derrota no fim-de-semana na Luz, com as Corruptas, a equipa começa a dar maus sinais. A lesão da Dixon debilitou bastante o nosso ataque, mas temos jogadoras que têm que jogar mais...

Muito mau...

Ferrol 107 - 58 Benfica
24-6, 26-12, 30-23, 27-17

Continuamos a jogar sem duas jogadoras que ainda não foram contratadas e hoje sem a Soeiro, fizemos uma 1.ª parte desgraçada com 18 pontos, em 20 minutos!!!

Martim...

Glorioso e inesquecível dia na história do Benfica


"A retumbante afluência eleitoral iluminou um dia glorioso e inesquecível para a história do Benfica, reforçando a sua expressão internacional. Um recorde mundial de votantes alcançado numa jornada feliz, bem organizada e que retrata a grande dinâmica do clube. A votação obtida, largamente recordista, ultrapassa, em muito, o melhor resultado eleitoral, mesmo somado, dos dois rivais nacionais.
Este era o contexto em que equipa do Benfica regressava à Luz com o peso de mais uma derrota na UEFA Champions League, transportando o cansaço físico e o desgaste anímico de quem perde quando precisava de pontuar. À partida, para mais um jogo de campeonato que era imperioso vencer, o cenário não era, assim, o mais propício. Porém, as eleições, consideradas por muitos como um problema em dia de jogo, viriam a funcionar, com o orgulho renovado do clube, como um importante condimento para a vitória. O ambiente de euforia clubística resultante da expressiva vitória eleitoral, por si só, elevava o jogo a uma jornada de consagração, mas que faltava confirmar no campo. Agora, o natural desejo de que no próximo dia 8 se repita mais um dia exemplar e à Benfica.

Goleada feliz
Quanto ao jogo, o Benfica entrou pressionante, empurrando o Arouca para próximo da sua área. A equipa visitante defendia as suas alas com rigor, contrariando a atual referência que Lukebakio representa na ala direita. No lado oposto, as dificuldades que o Benfica tem tido na criação atacante contavam, agora, com o regressado Prestianni, que funcionou como o maior agitador da equipa. O Arouca acabaria por colaborar, com intervenções faltosas na sua própria área, que deram os dois golos iniciais, ainda muitos dos orgulhosos eleitores se sentavam. Prestianni é alguém, disse-o Mourinho, que dificilmente consegue fazer o jogo inteiro. É daqueles jogadores que lembram as crianças. A gestão física não existe. Joga sempre no limite, até não poder mais. Uma rara irreverência que contagiou colegas e adeptos, com contributo direto na vitória conseguida. Pavlidis e Lukebakio, parceiros do ataque, estiveram ativos, mas bem tapados pela tática defensiva arouquense.
Já no meio campo o Benfica teve dificuldades. As equipas dependem muito dos seus médios, quer na defesa, quer no ataque e ainda nas necessárias ligações. Desta vez o talentoso Sudakov não esteve em dia, provocando até, com um passe paralelo perdido, a melhor oportunidade ao adversário. Rios e Enzo também estiveram abaixo do nível exigido. Muitos passes falhados e perdas da posse de bola foram permitindo que o Arouca dividisse o jogo. O esforço a que esta tripla intermediária esteve sujeita no recente confronto europeu também terá determinado o seu menor rendimento. No final, um dia feliz, celebrado com uma goleada com mérito, mas também resultante da fragilidade defensiva visitante.

Falar sem mudar
Os referidos duelos entre equipas nacionais e inglesas só atualizaram aquilo que é uma das nossas maiores limitações competitivas atuais. Nada de novo, portanto. O ritmo e a intensidade, dos quais muito se fala ma em relação aos quais pouco ou nada se muda, são ainda mais essenciais no contexto europeu, onde crescem as dificuldades. Reconhecendo que a função de arbitrar é especialmente difícil e sempre será, não poderemos, ainda assim, fazer algo que melhore a nossa arbitragem e valorize o nosso futebol? Penso ser possível. O perfil do nosso árbitro é de intenso gosto pelo apito, quase paixão, assinalando ligeiros contactos, num desporto de contacto, e parando constantemente o jogo. É só verificar o tempo útil de jogo, o número de faltas e cartões mostrados e compará-los com outros campeonatos. Os números não enganam. Será assim tão complicado mudar? Cristiano Ronaldo, quando saiu de Portugal para Inglaterra, teve que inverter o seu apurado instinto para o mergulho, quando percebeu que ninguém por lá apreciava essa habilidade. Um bom exemplo de alguém que chegou ao topo.

Egolândia
Muitas vezes a capacidade e o talento futebolístico convivem na mesma pessoa com a arrogância, o egoísmo e o descontrole emocional.
Vinícius Júnior, especialista em conflito, é o exemplo de alguém que cabe nesta descrição, desta vez confrontando o seu treinador Xabi Alonso, já consagrado enquanto treinador e lenda enquanto jogador do Real Madrid. O que fazer neste tipo de choques, ainda por cima públicos? Yamal é outro dos casos bem atuais, neste caso, de desvario juvenil e défice educacional a precisar de orientação. Tão bom quanto irresponsável, aceitará algum reparo, do alto da sua fortuna pessoal? Os pais ajudarão? Os golos, a fama e o poder económico não podem validar todas as atitudes. Este foi um fim de semana rico em incidências tristes, que não valorizam os implicados. O que dizer também de Lautaro Martinez e Antonio Conte, jogador e treinador em triste confronto, num dos mais importantes clássicos do futebol italiano? Sabemos que o futebol profissional é um meio competitivo em que o stress é enorme e desgaste também, quer no banco, quer no campo, mas não foi sempre assim? Quando os episódios se passam entre portas,tornam-se bem mais fáceis de gerir. É verdade que as redes sociais vieram também alimentar os conflitos, mas os artistas devem ter a capacidade e a destreza de exigir mais de si mesmos."