"Sinceramente, gostei muito de ser surpreendido com a súbita notícia da OPA do Sport Lisboa e Benfica sobre a Benfica Futebol, SAD, que nos chegou na passada segunda-feira. Achei que se trata de mais uma atitude que confirma a personalidade singular do Presidente Luís Filipe Vieira, no seu permanente desígnio de consolidar o 'Benfica dos Sócios'. Em boa verdade, aliás, se aqui há uns meses eu tivesse perscrutado as segundas leituras que, já nessa ocasião, se podiam inferir do que ele afirmou quando foram sucessivamente anunciados, primeiro, o termo do pagamento do Estádio; depois, a aquisição da Benfica Estádio, SA pelo Clube; e, a seguir, a compra da BTV, SA pelo Sport Lisboa e Benfica, já teria suposto que, mais tarde ou mais cedo, em face da realidade das diversas áreas patrimoniais e dos elementos activos que hoje integram o universo empresarial do nosso Sport Lisboa e Benfica, Luís Vieira determinaria este novo e decisivo momento do Clube...
Logo desde que, em 2003, o Presidente e as suas equipas de trabalho reorganizaram e foram reerguendo a fantástica dimensão do Benfica do séc. XXI, o rumo que estabeleceu, sob a forma de uma promessa que felizmente obteve o esmagador acolhimento dos Sócios do Glorioso, tinha este mesmíssimo objectivo que agora vemos cada vez mais perto da definitiva consolidação: devolver o Benfica aos Sócios.
A decisão agora tomada fica com um novo marco essencial na história do Grande Clube. Mais do que um momento histórico, ou um sinal de gestão ágil, oportuno e prudente, representa, em si, o mais significativo símbolo destas duas décadas do que realmente pode o Benfica.
Considero histórico este momento, porque me parece ser verdadeiramente único e irrepetível, no que, hoje, a vista me permite alcançar, se olharmos para o futuro. É uma decisão ágil e oportuna, porque, beneficiando de uma conjuntura financeira muito favorável - já de si propiciada pela segura gestão que a Direcção do Clube e a Administração da Benfica, SAD souberam construir com total determinação, coerência e consistência - ambas as entidades sabiamente aproveitaram a benigna circunstância para assumir, de uma vez.
E, por fim, consiste inquestionavelmente numa resolução prudente, porque no contexto global tão peculiar e convulsivo, mas também tão exposto e tão volúvel, como o que hoje caracteriza a 'indústria' do futebol no cenário universal, nunca será demais toda a cautela que Luís Filipe Vieira quiser usar ante os predadores que porventura ousassem ver no Benfica uma presa apetecível.
Mas, em caso algum podemos deixar de ter presente que esta OPA só assume o valor e o significado especial de constituir um marco essencial na nossa história, porque o Benfica pode.
E, enquanto 'os outros' vão rezando aos santinhos deles, o Benfica faz. E vence-os. E há de vencê-los cada vez mais. Porque só o Benfica pode."
José Nuno Martins, in O Benfica
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